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domingo, 25 de dezembro de 2011

Que crise?



Os indicadores mostram que o fôlego da economia brasileira está muito longe de acabar.


  • Alta de 3,2%* PIB
  • Desemprego - 5,8% - a menor taxa em 9 anos para o mês de outubro
  • Inflação - 5,3% - taxa anualizada - dentro da meta
  • Geração de Empregos - 2,2 milhões (de Janeiro a Outubro)
  • Massa real de rendimentos das famílias - alta de 5,7% em 2011
  • Operações de crédito - alta de 14% (de Janeiro a Outubro)
  • Exportações - US$ 234 bilhões (de Janeiro a Novembro) - recorde histórico
  • Investimentos diretos externos - R$ 56 bilhões (só no 1º semestre)
  • Superávit primário - R$ 118,6 bilhões (de janeiro a outubro) ou 3,5% do PIB
  • Comércio - alta de 7% em 2011 em comparação com 2010**
* Estimativa oficial do governo
** Estimativa da Fecomercio-SP
Fontes: IBGE, Unctad e Banco Central

Diretora do FMI alerta que economia global está em perigo

 
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou que a economia mundial está em perigo e pediu a união dos europeus diante da crise da dívida que tem ameaçado o sistema financeiro global.
Na Nigéria, na semana passada, a diretora do FMI disse que a previsão do Fundo de 4 por cento de crescimento mundial em 2012 poderia ser revista para baixo, mas não deu nenhum novo número.
"A economia mundial está numa situação perigosa", afirmou ela a um jornal francês, em entrevista publicada neste domingo.
A crise da dívida, que entra em 2012 depois que uma cúpula europeia no início do mês acalmou apenas temporariamente os mercados, "é uma crise de confiança na dívida pública e na solidez do sistema financeiro", declarou Lagarde.
Líderes europeus planejam um novo tratado para aprofundar a integração econômica na zona do euro, mas não é certo que o novo acordo irá conter a crise, que começou em 2009 na Grécia e agora ameaça a França e mesmo a poderosa Alemanha.
"A cúpula de 9 de dezembro não alcançou termos financeiros detalhados o suficiente e foi muito complicada nos princípios fundamentais", afirmou Lagarde.
"Seria bom se os europeus falassem como uma só voz e anunciassem um cronograma simples e detalhado", completou. "Os investidores estão esperando. Grandes princípios não impressionam".
Parte do problema, segundo ela, têm sido as reivindicações protecionistas nos países, tornando "difícil formar uma estratégia internacional contra isso".
De acordo com Lagarde, "os parlamentos reclamam de usar dinheiro público ou garantir o apoio do seu Estado para outros países. O protecionismo está sendo debatido, e o cada um por si está ganhando terreno."
Ela não especificou a que países se referia.
Países emergentes, que tinham sido os motores da economia mundial antes da crise, também estão sendo afetados, disse Lagarde, citando China, Brasil e Rússia.
"Esses países vão sofrer com a instabilidade", afirmou ela na entrevista.

Fonte: Reuters/Uol Economia

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