Por Max Milliano Melo
As crianças nascem
saudáveis e brincam com os amigos naturalmente. No fim da primeira
infância, porém, surgem as crises. Parecendo um ataque epilético,
garotos e garotas se contorcem e precisam ser amparados. Apesar de o
problema surgir por volta dos 4 ou 5 anos, é na adolescência que a
situação se torna extremamente grave. As crises passam a ser constantes e
cada vez mais fortes. Os jovem ficam apáticos, não querem comer e
enfrentam episódios de espasmos na cabeça. As famílias temem que o mal
seja contagioso, e muitas abandonam seus filhos. Outras os amarram em
árvores para que eles, em crise, não caiam no fogo, em rios ou em
penhascos. A vida se arrasta, até que, um a um, os atingidos pela doença
terminam por sucumbir.
A situação dramática dessas crianças que vivem no sul da África é acompanhada por um agravante. Os médicos pouco podem fazer por elas. Não existe tratamento. Na verdade, os especialistas nem sequer sabem o que vem causando o mal. Os primeiros casos foram relatados pela médica canadense Louise Jilek-Aall, em 1960, na região de Mahenge, cidadezinha isolada nas montanhas da Tanzânia. “As pessoas com epilepsia eram temidas, pois acreditava-se que a doença fosse contagiosa”, contou Louise à revista Science, que, na edição desta semana, traz um especial sobre o mal misterioso. “Eles foram evitados pelos outros. Alguns morreram por maus-tratos”, relata a atual professora emérita da Universidade da Columbia Britânica, em Vancouver, no Canadá.
A situação dramática dessas crianças que vivem no sul da África é acompanhada por um agravante. Os médicos pouco podem fazer por elas. Não existe tratamento. Na verdade, os especialistas nem sequer sabem o que vem causando o mal. Os primeiros casos foram relatados pela médica canadense Louise Jilek-Aall, em 1960, na região de Mahenge, cidadezinha isolada nas montanhas da Tanzânia. “As pessoas com epilepsia eram temidas, pois acreditava-se que a doença fosse contagiosa”, contou Louise à revista Science, que, na edição desta semana, traz um especial sobre o mal misterioso. “Eles foram evitados pelos outros. Alguns morreram por maus-tratos”, relata a atual professora emérita da Universidade da Columbia Britânica, em Vancouver, no Canadá.
Fonte: Correioweb