Causou furor (e tem causado ainda) a declaração dada recentemente pelo fundador e ex-CEO da McAfee, uma das mais prestigiadas fabricantes de programas antivírus do mundo, quando afirmou que particularmente não usa nenhum software para se
proteger de pragas ou ataques cibernéticos e que pensa mesmo que o mercado nesse setor encontra-se ultrapassado.
Ainda segundo o excêntrico empresário, a tecnologia por trás dos programas de antivírus é antiga e irrelevante, visto que os crackers e hackers de hoje são mais rápidos do que
eles. Opinião esta que é também dividida com outro figurão do ramo, o presidente da Symantec, Bryan Dye, que disse que os programas de proteção fracassaram em sua principal missão: a segurança dos dados de informática.
Apesar de todo o viés sensacionalista que carregam as falas desses dois grandes nomes do mundo digital, tais declarações não chegam a ser nenhuma novidade. Até o usuário mais básico tem noção de que tais sistemas são importantes para a manutenção de certa tranquilidade ao navegarmos no ciberespaço, por exemplo, mas que, ainda assim, nunca foram nem serão (aí entra a dose de achismo meu) cem por cento confiáveis.
E que, para além de qualquer parafernália digital, é o comportamento cauteloso das pessoas somado a atenção com os conteúdos que baixam ou executam em sites na internet, por exemplo, que tornarão maiores ou menores os sempre presentes riscos a que estamos expostos.