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SÃO LUÍS, MARANHÃO, Brazil

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

O anel de Giges e o 'Um anel': a invisibilidade e a corrupção da alma

Fonte: Chat GPT



Por Rogério Rocha



Platão, em sua clássica obra "A República", nos apresenta ao mito do anel de Giges, uma joia capaz de dar ao seu portador a habilidade de se tornar invisível. Com essa passagem, o filósofo nos provoca a refletir o seguinte: será que, ao ocultar dos olhos alheios seus atos e comportamentos, uma pessoa conseguiria manter uma postura ética? 


Já em "O senhor dos anéis", do escritor J.R.R. Tolkien, encontramos o 'Um anel', objeto cobiçado e que oferece imenso poder a quem o detém, mas que, por outro lado, corrompe seus portadores, revelando neles os desejos mais abjetos.


Esses dois anéis, famosos pelas funções que desempenham nos livros citados, acabam por tratar do mesmo dilema: o poder absoluto sobre o outro — ou sobre si mesmo — pode nos mostrar quem realmente somos. De igual modo, ambos representam a força da tentação e a fragilidade humana diante da ausência de limites e controle.


O anel de Giges confronta a ética e a justiça como escolhas conscientes, enquanto o 'Um anel' de Sauron simboliza a destruição do caráter pelo desejo insaciável de poder. Portanto, a existência desses artefatos serve para levantar a mesma questão de fundo: quem seríamos se ninguém pudesse nos ver agir ou obstaculizar os desejos que impulsionam nossos comportamentos?


Tanto Platão quanto Tolkien parecem sugerir que o nosso maior desafio está em resistir à corrupção e fazer o que é certo, praticando o bem, mesmo quando ninguém está observando. Afinal, a maior prova de caráter de um indivíduo perante a sociedade talvez seja justamente a de resistir à tentação de usar um poder capaz de levá-lo à ruína.


E você, como reagiria se tivesse um desses anéis em suas mãos?

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