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SÃO LUÍS, MARANHÃO, Brazil
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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

FIM DE NOITE


Por Rogério Rocha

 

Quando cheguei ao Bar do Léo, o vento morno da madrugada de São Luís envolvia o bairro do Vinais. Aquele leve mormaço, muito comum durante as noites de verão, era um convite para tomar umas cervejas e jogar conversa fora.

Como sempre, lá estavam, nas paredes daquele reduto boêmio da cidade, as famosas capas de discos de vinil, cassetes e caixas de CD's, que se destacavam sob a iluminação fraca que vinha do teto. Aliás, o espaço é cheio de relíquias de vários períodos da nossa música, tendo uma decoração marcada pela presença de uma dezena de itens dignos de serem encontrados num bom antiquário.

Há anos vinha tentando encontrá-lo, mas as nossas vidas não ajudavam. Naquele dia, porém, o vento da sorte soprou a nosso favor. Com o bar estranhamente vazio, encontrei meu amigo sentado em um lugar mais escondido, bebendo uma gelada.

Quando cheguei à mesa, já encontrei a segunda garrafa pela metade. Notei minhas mãos suadas. Talvez pelo nervosismo ou, quem sabe, pela temperatura um tanto elevada para o final da noite. Enfim, não é sempre que se tem a oportunidade de tomar umas com um gênio da música no bar mais cult da cidade.

Dei-lhe um abraço forte, retribuído com um sorriso e um convite para que me sentasse na cadeira ao lado. Ficamos mais de duas horas conversando sobre tudo o que puderem imaginar. De discos voadores a símbolos mágicos, de filosofia a budismo, do Egito aos Estados Unidos, passando pela música, obviamente. Afinal, a música sempre foi a praia dele.

— E então, Rogerito, é verdade que o rock virou uma espécie de servidor público que bate ponto? Tá só mesmice? – perguntou com a voz levemente arrastada.

— Olha... sei lá! Acho que ainda existe uma certa atitude em algumas figuras, mas é algo muito raro. O gênero está perdendo vigor; muitos nomes estão morrendo ou se aposentando. Acho que a música está sendo engolida pelo lixo das playlists do Spotify – respondi.

Meu amigo gargalhou de forma estridente ao ouvir meu comentário.

— Olha, meu rei, vou te contar! Quando comecei, em 1973, a gente gravava num estúdio com mesa de quatro canais e um técnico de som. Mas a coisa era séria. Hoje, é um horror de gente desafinada, qualquer um quer ser cantor. E dá-lhe autotune em toda música sem qualidade.

Nesse momento, o som de um disco de vinil entoou os primeiros acordes de “Tente outra vez”, tocando baixinho. O seu Léo, dono do bar, atrás do balcão, limpava os copos americanos com a destreza de um ourives, enquanto olhava para a gente.

— E as letras das músicas de hoje, meu amigo? Você gosta? – perguntei.

— As letras são descartáveis: cabem num hit de três minutos, não dizem nada, não trazem mensagem... Não fazem minha cabeça nem cabem no meu coração.

Fiquei em silêncio por alguns instantes, saboreando minha cerveja e remoendo nossas reflexões. No ambiente, àquela hora vazio, ecoava a voz do Paul na triste e bela “Golden slumbers”.

De súbito, meu companheiro de mesa virou-se para o balcão e falou:

— Ô, seu Léo! Manda aí qualquer música romântica do Elvis! Deu vontade de ouvir agora.

O dono do bar virou-se lentamente, com expressão de raiva e disse:

— O que é isso? Não, aqui não. Você não leu a plaquinha na parede? É expressamente proibido ao freguês pedir música aqui.

— Como assim, meu senhor?

— Aqui tem lei! Eu faço a lei e crio a regra. O cliente não pede música. Quem manda na seleção sou eu. – reforçou o dono da casa.

Indignados, entreolhamo-nos e balançamos a cabeça, impressionados com a situação. Descontentes com o comportamento daquele tipo autoritário, começamos a contestá-lo.

—Ah, entendi… O mestre põe o que quiser, quando quiser, e o Zé Mané que ouça caladinho. Muito bem! Temos aqui um quartel da ditadura cultural vestido com roupa de cult.” – retruquei num tom debochado.

O silêncio seguiu-se àquelas palavras em tom de revolta. A transgressão verbal pairou no ar como gás procurando faísca para o fogo, quase uma bomba prestes a explodir. Sem demora, o proprietário do bar dirigiu-se ao único garçom ainda na casa, determinando:

— Acabou o expediente! Vamos fechar. Retire esses dois daqui agora mesmo!

Para evitar confusão naquele final de noite, pagamos a conta e saímos sem dizer mais nada. Literalmente escorraçados, como bêbados em uma crise de lucidez.

Lá fora, a cidade seguia o curso da madrugada silenciosa.

Raul acendeu um cigarro, expirou lentamente a fumaça e falou com ironia:

— Por quem os sinos dobram, meu amigo? Será que dobram por nós?

Ouvi aquilo intrigado. A cabeça pesada e o inebriamento alcoólico não me permitiram buscar uma resposta. Restou-me um silêncio sem graça.

Sorri e segui até meu carro. Perguntei se não vinha comigo, pois já era tarde. Daria-lhe uma carona.

- Obrigado, meu amigo, mas vou até a estação. Para onde eu moro, só de trem. Vou no trem das sete horas. Um abraço e até a próxima! – disse, virando-se e seguindo pela calçada, subindo a rua.

Despedi-me dele e percebi que aquele ‘tchau’ tinha um quê de adeus para sempre.


segunda-feira, 22 de abril de 2019

POR QUE NOS EUA NÃO TEM BATUCADA?

Por Cynara Menezes
Não é curioso que os Estados Unidos não usem tambores em sua música como todos os outros países que tiveram mão-de-obra escrava vinda da África? Eu sempre fiquei me perguntando isso. Por que a música dos negros norte-americanos é tão diferente da música brasileira, de Cuba, do Caribe? Onde foram parar os tambores? Cadê a batucada?
Pense em todos os grandes ídolos da música afro-americana: Charlie “Bird” Parker tocava sax. Louis Armstrong tocava trompete. Nina Simone tocava piano, assim como Stevie Wonder e Ray Charles. Miles Davis tocava trompete. E Wynton Marsalis, idem. Robert Johnson tocava guitarra. Chuck Berry, idem. Leadbelly tocava um violão de 12 cordas.
Os negros chegaram aos EUA vindos, em sua maioria, de regiões que hoje se conhecem como Senegal, Gâmbia, Nigéria, Camarões, Namíbia, Congo, Angola e Costa do Marfim. Os negros brasileiros vieram de Moçambique, do Benin, da Nigéria, e também de Angola, Congo e da Costa do Marfim. Com todas as diferenças existentes entre estas nações africanas, todas elas faziam uso de tambores com fins musicais e de comunicação. Por que então nós temos o samba e os gringos não? Por que não tem atabaque, agogô e cuíca na música afro-americana e sim saxofone, clarinete, trompete, instrumentos “de brancos” que os negros, aliás, aprenderam a tocar com maestria? Simplesmente porque os tambores foram proibidos na terra do tio Sam durante mais de 100 anos.
No dia 9 de setembro de 1739, um domingo, em uma localidade próxima a Charleston, na Carolina do Sul, um grupo de escravos iniciou uma marcha gritando por liberdade, liderados por um angolano chamado Jemmy (ou Cato). Ninguém sabe o que detonou a rebelião, conhecida como a “Insurreição de Stono” (por causa do rio Stono) e que é considerada a primeira revolta de escravos nos EUA. Conta-se que eles entraram numa loja de armas e munição, se armaram e mataram os dois brancos empregados do lugar. Também mataram um senhor de escravos e seus filhos e queimaram sua casa. Cerca de 25 brancos foram assassinados no total. Os rebeldes acabaram mortos em um tiroteio com os brancos ou foram recapturados e executados nos meses seguintes.
A reação dos senhores foi severa. O governo da Carolina do Sul baixou o “Ato Negro” (Negro Act) em 1740, trazendo uma série de proibições: os escravos foram proibidos de plantar seus próprios alimentos, de aprender a ler e escrever, de se reunir em grupos, de usar boas roupas, de matar qualquer pessoa “mais branca” que eles e especialmente de incitar a rebelião. Como os brancos suspeitavam que os tambores eram utilizados como uma forma de comunicação pelos negros, foram sumariamente vetados. “Fica proibido bater tambores, soprar cornetas ou qualquer instrumento que cause barulho”, diz o texto.
A proibição se espalhou pelo país e só foi abolida após a guerra civil, mais de um século depois, em 1866. Antes disso, o único lugar onde os negros podiam se reunir com certa liberdade eram as igrejas; daí o surgimento dos spirituals, a música gospel, com letras inspiradas pela Bíblia, que eles cantavam muitas vezes à capela (sem instrumentos) ou marcando o ritmo com palmas. As mãos batendo no corpo e os pés batendo no chão foram os substitutos que os escravos encontraram para os tambores, resultando em formas de dança e música conhecidas como “pattin’ juba”, “hambone” e “tap dance” (sapateado), ainda hoje utilizados por artistas negros (e também brancos) dos EUA.
“Os tambores ‘falantes’ africanos interagiam com os dançarinos utilizando diferentes ritmos, assim como comunicando mensagens através dos tons e batidas. Os tocadores de tambor podiam fazer seus instrumentos ‘falarem’ sons específicos, de forma que a percussão constituía um texto sonoro. A musicalidade de várias palavras africanas era tão precisa que elas podiam ser escritas como notas musicais. Os escravos levaram estes ritmos e o uso destas técnicas para a América”, diz o coreógrafo norte-americano Mark Knowles, autor do livro Tap Roots: the Early History of Tap Dance.
Os brancos sabiam que as rebeliões de escravos eram organizadas durante encontros que envolviam dança e que a cadência dos tambores podia ser um convite à insurreição, com o uso dos tambores falantes. “Proibidos os tambores, o corpo humano, o mais primitivo de todos os instrumentos, se tornou a principal forma de ritmo e de comunicação entre os escravos. Usando o corpo como percussão, em uma tentativa de imitar os sofisticados ritmos e cadências dos tambores, com o elaborado uso de batidas dos saltos e do bico do sapato, surgiu o que chamamos de ‘tap dance’. Mesmo hoje em dia, quando dois sapateadores mantêm uma conversação com seus pés, é como se estivessem telegrafando mensagens, como faziam originalmente os tambores africanos”, afirma Knowles.
Alguns estudiosos atribuem ao banimento dos tambores o fato de a música dos EUA em geral não ser tão rica em compassos como a sul-americana ou a caribenha. “Há uma coisa peculiar que quase toda a música norte-americana tem em comum: uma extensa ênfase em um mesmo ritmo, muito diferente da encontrada em qualquer outro lugar no mundo. É assim: Boom – Bap – Boom – Bap, com um bumbo na primeira e terceira batidas, ou em todas as quatro, uma caixa precisamente na segunda e quarta, e quase nada entre elas. Este ritmo é chamado de ‘duple’ (compasso binário) em teoria musical, e você pode encontrar variações dele em todos os estilos da música americana popular moderna: Blues, Motown, Soul, Funk, Rock, Disco, Hip Hop, House, Pop, e muito mais”, diz o DJ Zhao neste interessante artigo.
“O predomínio generalizado deste monorritmo simplificado, rígido e mecânico, minimizando elementos polirrítmicos na música para o papel de embelezamento, às vezes ao ponto de não-existência, é muito diferente do foco em polirritmos complexos que existe em várias formas da moderna música sul-americana e caribenha: o Son Cubano e a Rumba, a Bossa Nova brasileira, o Gwo Ka e Compas haitiano, o Calipso de Trindade e Tobago… Nenhum deles depende tão extensivamente do duple.”
Em sua autobiografia, To be or Not… to Bop, o trompetista Dizzy Gillespie atribui esta menor complexidade rítmica da música afro-americana em relação à música afro latino-americana à proibição dos tambores. “Os ingleses, ao contrário dos espanhóis, tiraram nossos tambores”, lamenta Gillespie (leia mais aqui). Em meados da década de 1940, muitos congueros (tocadores de conga, espécie de atabaque) migraram para os Estados Unidos e exerceram influência na música local, criando o jazz afro-cubanoGillespie colocou a conga do cubano Chano Pozo em sua música e a parceria resultou em Manteca (1947), canção pioneira por introduzir percussão cubana no jazz.
Nos rincões do Mississippi, driblou-se a proibição dos tambores com bandas de flautas e tarol (caixa), instrumentos que eram aceitos e inclusive tocados no Exército durante a guerra civil. Em 1942, o folclorista Alan Lomax gravou pela primeira vez gente como Othar Turner e Ed e Lonnie Young, cuja sonoridade esbanja ancestralidade, soa a África e foi comparada à música haitiana. É o mais próximo de uma batucada que encontrei na música negra dos EUA. Não parece meio maracatu?
Enquanto nos Estados protestantes os tambores eram banidos, na católica Louisiana eles foram permitidos até o século 19 e eram utilizados sobretudo nas cerimônias de vodu, religião afro-americana levada para os EUA pelos escravos do Benin, antigo Daomé – de onde vieram também a maioria dos negros da Bahia. Assim como em Salvador, havia muito sincretismo em New Orleans até começar a perseguição ao vodu e por conseguinte aos tambores.
A partir de 1850 o uso de tambores passou a ser restringido até mesmo na Congo Square, uma praça da cidade onde tradicionalmente os negros se reuniam para tocar tambores, dançar e entrar em transe espiritual ao som de música. Nos anos 1970 a praça foi reabilitada e até hoje rola um batuque de primeira por lá.
Apesar desta “percussofobia”, como alguns chamam, a música negra dos EUA é maravilhosa, sem sombra de dúvidas. Mas como seria ela se os tambores não tivessem sido proibidos? Mais parecida com a brasileira? Nunca saberemos.

*Artigo originalmente publicado no site Socialista Morena em 15.11.2015

domingo, 10 de junho de 2018

Por que a música de hoje não presta? (Matéria do site Blitz)

Se acha que a música que os jovens escutam hoje em dia não é menos que execrável, este vídeo é para si.
Em primeiro lugar, saiba que não está sozinho: há imensa gente que pensa o mesmo em relação à pop atual. Em segundo, saiba que é normal, e acontece ao longo de cada década.
É o ciclo da vida: cada geração odeia a música da geração que se lhe segue, e cada geração sente o direito biológico de pensar que a música da sua juventude é a melhor de todos os tempos.
No entanto, a ciência poderá validar as afirmações de quem julga que se fazia melhor música há cinquenta anos atrás do que hoje em dia. Um estudo do Conselho Superior de Investigações Científicas de Espanha, que analisou mais de 500 mil gravações, indica isso mesmo.
O estudo, que se incidiu entre os anos 1955 e 2010, analisou - através de uma série de algoritmos - a complexidade harmónica de cada canção, a diversidade de timbre e o volume.
Os resultados mostram que se tem assistido a uma queda abrupta no timbre das canções, cujo pico se encontra nos anos 60. O facto de a grande maioria das canções pop de hoje em dia serem construídas com recurso aos mesmos instrumentos - teclados, drum machinesampler e computador - não ajuda.
Originalmente publicado em: http://blitz.sapo.pt/principal/update/2018-06-10-Acha-que-a-musica-de-hoje-nao-presta--Este-video-tem-uma-resposta-para-si
Veja aqui a explicação completa:

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Estudo mostra porque a música nos deixa nostálgicos

AFP
kohlmann.sascha / Flickr
fones
música ativa diferentes funções cerebrais, o que explica porque a música gera prazer ou desprazer e nossa canção favorita nos faz mergulhar em lembranças, revela um estudo publicado nos EUA.
Neurologistas americanos recorreram a um escâner com imagens de ressonância magnética (fMRI) para fazer um mapeamento da atividade cerebral com 21 voluntários que ouviram diferentes tipos de música, incluindo rock, rap e clássica.
Eles escutaram seis temas com cinco minutos cada um, inclusive cinco considerados "icônicos" de cada gênero, uma canção que não era familiar e, misturado na seleção, um tema favorito da pessoa examinada.
Os cientistas detectaram padrões de atividade cerebral, que evidenciaram o agrado ou o desagrado com determinada canção. Também advertiram para a ocorrência de uma atividade específica quando se escuta a canção favorita.
Escutar a música que a gente gosta, sem ser a favorita, abre um circuito neuronal nos dois hemisférios cerebrais, denominado rede em modo padrão, que acredita-se, atua nos pensamentos "concentrados no interior".
Mas ouvir a canção favorita também desencadeou atividade no hipocampo, a região do cérebro adjacente, que desempenha um papel fundamental na memória e nas emoções vinculadas para a socialização.
A pesquisa, publicada na revista Scientific Reports, foi encabeçada por Robin Wilkins da Universidade da Carolina do Norte em Greensboro.
Os autores ficaram surpresos ao constatar que os padrões de fMRI eram muito similares, apesar de a preferência musical ser uma questão muito individual.
"Essas conclusões podem explicar porque estados emocionais e mentais comparáveis podem ser experimentados por gente que ouve música tão diferente como Beethoven e Eminem", acrescentam.
Jean-Julien Aucouturier, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS) destacou que o estudo completa a teoria sobre como a música afeta o cérebro.
"Até agora, tínhamos a hipótese de que as canções favoritas eram uma espécie de estímulo superlativo que o mesmo padrão de atividade cerebral desencadeia, embora mais intenso, comparado com outras canções", explicou o especialista à AFP.
"Este estudo mostra que não é uma atividade mais intensa em certas partes do cérebro o que se produz, mas uma conectividade entre partes diferentes".
Os resultados sugerem que ouvir a canção favorita pode ajudar a tratar a perda de memória, explica Aucouturier. Será preciso fazer novos estudos para avançar nesta direção, advertiu.
Fonte: Info Exame

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Os 10 Atores Mais Jovens a Concorrer ao Oscar


10. Saoirse Ronan

Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 13 anos e 285 dias
Nacionalidade: Irlandesa






Saoirse Una Ronan, nascida em 12 de abril de 1994, pode ser mundialmente pouco conhecida, mas, apesar de muito jovem, coleciona indicações e prêmios em festivais de cinema nos Estados Unidos e Europa. Saoirse começou a carreira cedo, ainda criança, mas obteve reconhecimento internacional em 2007, quando co-estrelou o filme "Desejo e Reparação". Por sua atuação, a atriz recebeu indicações ao BAFTA, ao Globo de Ouro e uma, em especial, ao Oscar, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante. Assim, aos 13 anos e 285 dias de vida, Saoirse desbancou o ator Brandon De Wilde, que era até então a 10ª pessoa mais jovem a ser indicada ao prêmio. Dois anos depois, ela recebeu um Prêmio Saturno e uma segunda indicação ao BAFTA por sua interpretação no filme "Um Olhar do Paraíso", de Peter Jackson.


09. Haley Joel Osment

Categoria: Melhor Ator Coadjuvante
Idade à época da indicação: 11 anos e 311 dias
Nacionalidade: Norte-americana






O jovem e precoce ator Haley Joel Osment (nascido em 10 de Abril de 1988) já prometia quando fez uma pequena participação no filme "Forrest Gump" (1994), interpretando o filho do personagem de Tom Hanks, papel que lhe rendeu seu primeiro prêmio. Após participações não muito significativas em filmes ao longo da década de 1990, Halley Joel ganhou fama mundial dando vida ao garoto Cole Sear no thriller de M. Night Shyamalan, "O Sexto Sentido" (1999). Além das inúmeras paródias feitas ao redor do mundo com a personagem de Haley, o papel também rendeu ao até então pequeno ator mais de 20 indicações a diversos prêmios, sendo a mais importante a do Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, isso quando ele contava com apenas onze anos! Depois de tanto sucesso, o ator mirim protagonizou outro sucesso de bilheteria "A.I.", produção de Steven Spielberg, de 2000 entre outros. É bem verdade que ele anda meio sumidinho, mas isso se deve à sua dedicação a espetáculos da Broadway e a trabalhos envolvendo dublagem em games.


08. Anna Paquin


Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 11 anos e 200 dias
Nacionalidade: Canadense






A atriz nascida no Canadá e criada na Nova Zelândia, Anna Paquin (24 de julho de 1982), pode ser mais conhecida do grande público pelas suas atuações na no cinema na série X-Men, como a Vampira e na TV como Sookie Starkhouse em True Blood. Mas um fato que nem todo mundo sabe é que ela já venceu oOscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 1994, aos 11 anos de idade, pela sua interpretação no drama "O Piano". Com isso, ela se tornou a segunda vencedora mais jovem da história do prêmio. Depois do feito, a carreira da atriz entrou em um hiato de dois anos e posteriormente participou de filmes como "Amistad" e "Quase Famosos".

07. Patty McCormack

Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 11 anos e 181 dias
Nacionalidade: Norte-americana






Sabe aquelas crianças assustadoras com quem a gente vez ou outra se depara em filmes de terror? Pois é, a primeira desse naipe e que acabou influenciando outros personagens do tipo foi interpretada pela atriz Patricia McCormack, nascida em 21 de agosto de 1945. Ela obteve grande sucesso com a malévola criança em "A Tara Maldita" (The Bad Seed - 1956). No filme, Patty dá vida a Rhoda, uma menina de oito anos terrivelmente má, que, apesar de ter carinha de anjo e pertencer a uma família feliz e bem estruturada, elabora planos diabólicos, inclusive mortes. Por esse papel, ela recebeu uma indicação para o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, aos 11 anos de idade.


06. Abigail Breslin

Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 10 anos e 284 dias
Nacionalidade: Norte-americana






Quem assistiu ao filme "Pequena Miss Sunshine", de 2006, pôde perceber como a atriz Abigail Breslin (14 de abril de 1996), mesmo tão pequena já era dotada de muito talento. Aos 10 anos, ela se tornou a mais jovem atriz a ser nomeada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo seu papel no filme. Além disso, ela também concorreu ao BAFTA, ao Screen Actors Guild (SAG) e ao MTV Movie Awards, dentre outros prêmios pelo mesmo papel. Sua carreira começou cedo, aos três anos, fazendo comerciais para a TV e aos cinco, fez sua primeira atuação no cinema, contracenando com nomes de peso, como Mel Gibson e Joaquin Phoenix, quando participou do filme "Sinais", em 2002. A indicação da pequena atriz ao Oscar lhe abriu muitas portas. De lá para cá ela não parou mais e até se aventurou na Broadway


05. Quinn Cummings

Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 10 anos e 192 dias
Nacionalidade: Norte-americana






A ex-atriz norte-americana, inventora e empresária Quinn Cummings, nascida em 13 de agosto de 1967, iniciou sua carreira cedo, logo após ser descoberta pelo cineasta James Wong Howe. Ela estrelou então alguns comerciais de televisão e acabou ganhando o papel de Lucy McFadden, filha de Marsha Mason no filme de 1977 "A Garota do Adeus". Por seu desempenho, Cummings foi indicada para um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e para um Globo de Ouro na mesma categoria aos 10 anos. Com carreira irregular no cinema, ela só fez aparições nas telas em 1978. Em meados dos anos 80, ela passou a trabalhar como agente de elenco e na década seguinte parou de atuar porque ela não se sentia "confortável vivendo sua vida aos olhos do público".


04. Mary Badham

Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 10 anos e 141 dias
Nacionalidade: Norte-americana







Mary Badham (nascida em 7 de outubro de 1952) é uma atriz norte-americana conhecida, principalmente, pelo seu papel de Scout Finch no clássico "O Sol é Para Todos" (To Kill a Mockingbird - 1962), interpretação que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. À época de sua indicação, quando Mary contava com apenas 10 anos, ela era a atriz mais jovem a ser indicada àquele prêmio. Mary acabou perdendo o prêmio para outra atriz mirim, Patty Duke, por sua interpretação em "O Milagre de Anne Sullivan". Durante as filmagens de "O Sol É Para Todos", ela fez amizade com o protagonista Gregory Peck, que fazia o advogado Atticus Finch, seu pai na trama, e manteve contato com o ator até sua morte, em 2003. Ela ainda fez pequenas participações na TV e mais três filmes antes de se aposentar definitivamente como atriz.

03. Tatum O'Neal

Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 10 anos e 106 dias
Nacionalidade: Norte-americana







Talvez o talento da atriz norte-americana Tatum O'Neal (nascida em 5 de novembro de 1963) seja hereditário: ela é filha de Ryan O'Neal, protagonista do clássico romance "Love Story" (1970), e da atriz Joanna Moore. Tatum é notadamente conhecida pelos papéis que interpretou ainda na infância, nos idos dos anos 70. Fez sua estreia nas telonas em 1973, no filme que lhe renderia o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante: "Paper Moon". Na película, Tatum contracena com Ryan O'Neal, que assim como na vida real, interpreta seu pai. Com o prêmio, ela se tornou então a mais jovem atriz a a ganhar o prêmio em uma categoria competitiva, aos 10 anos (antigamente, a Academia concedia prêmios a atores mirins em uma categoria especial, não competitiva).  Ela ainda chegou a estrelar alguns filmes até meados dos anos 80, mas, infelizmente, fez seu último grande papel em 1985, quando sua carreira entrou em declínio.

02. Jackie Cooper

Categoria: Melhor Ator
Idade à época da indicação: 9 anos e 20 dias
Nacionalidade: Norte-americana






Um dos maiores atores mirins de sua geração, Jackie Cooper (15 de setembro de 1922 – 3 de maio de 2011) foi durante quase 50 anos o ator mais jovem a ser indicado a uma estatueta do Oscar em todas as categorias, sendo batido apenas no fim dos anos 70 pelo ator Justin Henry. Aos nove anos de idade, ele foi a primeira criança a receber uma indicação ao prêmio, ainda mais na categoria de Melhor Ator, pela sua atuação no filme "Skippy", de 1931 (foi inspirado em casos como os de Cooper que a Academia pensou em instituir um prêmio honorário para atores infantis, pois crianças não teriam chances de ganhar de atores adultos). Antes disso, ele trabalhou ao lado de Wallace Beery na primeira versão do filme "O Campeão" (1931), refilmado em 1979. Cooper soube administrar a sua carreira e conseguiu, com êxito, fazer a transição da carreira como ator mirim para uma carreira adulta, apesar de encontrar dificuldades ao chegar à adolescência, assim como muitos outros atores infantis. Mesmo assim, após a Segunda Guerra Mundial, ele conseguiu fazer alguns filmes, e nos anos 70 e 80 participou da franquia Superman, interpretando o editor Perry White, ao lado de Christopher Reeve. Além de ator, Jackie foi também diretor de TV e produtor.

01. Justin Henry

Categoria: Melhor Ator Coadjuvante
Idade à época da indicação: 8 anos e 276 dias
Nacionalidade: Norte-americana






A pessoinha que tirou de Jackie Cooper o título de ator mais jovem a receber uma indicação ao Oscar foi Justin Henry (nascido em 25 de maio de 1971). O pequeno fez uma interpretação memorável encarnando o filho de Dustin Hoffmann e Meryl Streep em "Kramer vs. Kramer", drama familiar de 1979. Assim como Tatum O'Neill e Anna Paquin, Justin Henry foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em sua primeira atuação no cinema, tornando-se a pessoa mais jovem a ser indicado a um Oscar entre todas as categorias. Além das indicações ao Oscar, Justin recebeu indicações ao Globo de Ouro de melhor Ator Coadjuvante e de Melhor Revelação Masculina. Fez ainda alguns papeis na TV e no cinema nos anos seguintes, mas desde 2000 ele vem se dedicando no ramo de mídias digitais.


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