quinta-feira, 21 de abril de 2016

Retroatividade e irretroatividade da lei penal, afinal o que é isso?

Princípio da irretroatividade da lei penal

Imagine que hoje você comprou um computador. Depois de dois dias, vê na televisão que uma nova lei passou a considerar a compra de computadores um crime. Seria injusto você ser punido por ter comprado um computador antes de surgir a lei, certo?
Por isso, um dos princípios basilares do Direito Penal é a irretroatividade da lei penal, segundo o qual determina que ela não retroagirá, ou seja, não irá “agir para trás”. Esse princípio está previsto na primeira parte do inciso XL do art. 5º da Constituição, e parte do pressuposto de que seria injusto punir alguém por ações ou omissões que, no momento em que foram cometidas, não eram consideradas crimes.

Princípio da retroatividade da lei penal

Contudo, vimos que o inciso XL do art. 5º da Constituição tem uma segunda parte, que cria uma ressalva para a regra da irretroatividade: ele determina que nos casos em que a lei penal beneficiar o réu, ela poderá retroagir — essa exceção à regra é o que chamamos de princípio da retroatividade da lei penal.
Assim, se uma pessoa pratica uma conduta sobre a vigência da Lei A, ela será punida de acordo com essa lei; contudo, caso posteriormente surja uma Lei B mais benéfica a ele (por exemplo, diminuindo a pena do crime praticado), ela poderá retroagir e ser aplicada a fatos anteriores à sua existência.

Como se dá a sua aplicação?

Em grande parte das provas, o examinador costuma narrar uma situação envolvendo leis sucessivas no tempo, para confundir o candidato sobre qual delas seria aplicável ao caso. Outra pegadinha bastante comum é criar afirmativas misturando conceitos. Por isso, é importante ler a questão com bastante atenção!
Uma boa tática é seguir uma lista de passos para verificar qual lei será aplicada a um caso. Basta fazer as seguintes perguntas:

O fato foi praticado sob a vigência de qual lei?

Respondendo a essa pergunta, conseguimos visualizar qual lei, em tese, será aplicada a um caso. Afinal, as pessoas só devem obedecer às leis que já estão em vigência durante a época da sua conduta.

Existe uma lei posterior sobre o mesmo assunto e que beneficia o réu, de alguma maneira?

Já sabemos a lei que estava em vigência na época da conduta, mas sabemos que também devemos levar em consideração o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica. Assim, também é preciso verificar se existe uma lei editada após a prática do crime, mas que beneficie o réu de alguma forma.
Se a resposta for negativa, ótimo! Aplica-se a lei da resposta da primeira pergunta. Caso a resposta seja positiva, temos a exceção à regra da irretroatividade, e aplica-se a lei nova e mais benéfica.
Para questões de concurso, é importante ler também a jurisprudência, já que as bancas costumam cobrar o entendimento dos Tribunais Superiores sobre esse assunto.

*Publicado originalmente pela equipe do site AudioJus

sábado, 9 de abril de 2016

Atentados não reduzem turismo na França

Número de turistas no país sobe 0,9% em 2015 e chega a 84,5 milhões. França é o destino turístico mais procurado do mundo. Meta do governo é atrair 100 milhões de turistas até 2020.
Paris torre eiffel
Apesar dos ataques terroristas em Paris, em janeiro e novembro, o número de turistas na França aumentou 0,9% em 2015 em relação ao ano anterior, divulgou nesta sexta-feira (08/04) o governo francês. Cerca de 84,5 milhões de turistas visitaram a França no ano passado.
O crescimento se deve, principalmente, pelo aumento dos visitantes oriundos de países asiáticos. O país registrou um crescimento de 22,7% no número de turistas da Ásia. Somente em 2015, mais de 2 milhões de chineses visitaram a França.
"O número de turistas chineses passou a casa simbólica dos 2 milhões pela primeira vez e alcançou 2,2 milhões", ressaltou ministro francês do Exterior, Jean-Marc Ayrault.
Em 2014, o governo francês reduziu na emissão de vistos para cidadãos da China, Índia e Cingapura. A medida contribuiu para atrair visitantes dessas regiões.
Ayrault reconheceu, porém, que os atentados de 13 de novembro em Paris limitaram o crescimento nesse setor, principalmente, na capital. Os dados revelaram uma queda de 15% no número de turistas estrangeiros na cidade nos últimos novembro e dezembro.
Houve ainda uma redução de 1,5% no número de turistas europeus. A queda foi registrada entre visitantes oriundos da Alemanha e da Suíça.
Em 2105, a França foi o destino turístico mais procurado do mundo. O país deseja permanecer na liderança nos próximos anos. Segundo Ayrault, a meta é atrair 100 milhões de turistas por ano até 2020.
CN/ap/afp
Retirado do site: http://www.dw.com/pt/atentados-não-reduzem-turismo-na-frança/a-19175155

"Zoom", um filme brasileiro que critica Hollywood e não é chato

O longa-metragem do diretor novato Pedro Morelli mescla três narrativas diferentes para satirizar, com inteligência, os clichês do cinema

NINA FINCO
Emma trabalha numa fábrica de produtos eróticos. Inspirada pelos bustos avantajados das bonecas que produz, ela faz plástica nos seios, mas se arrepende do resultado. Enquanto bola um plano nada convencional para conseguir dinheiro e desfazer a cirurgia, ela dá continuidade a uma história em quadrinhos, de sua autoria, sobre Edward, um diretor de cinema cansado de blockbusters. Em uma tentativa de provar seu valor para Hollywood, Edward produz um filme de arte sobre Michelle, uma modelo que quer ser mais que um rostinho bonito e decide ser escritora. Ela se refugia numa cidadezinha litorânea do Nordeste do Brasil. Enquanto tenta fugir de um namorado pedante, envolve-se em um romance lésbico e rascunha a história de uma garota que trabalha numa fábrica de produtos eróticos e está insatisfeita com o tamanho de seus seios...
No filme "Zoom", os personagens Emma, Edward e Michelle contam as histórias um do outro (Foto: Época)
Parece confuso, mas o cineasta brasileiro Pedro Morelli, de 28 anos, em seu primeiro filme solo, Zoom (produção Brasil-Canadá que estreou dia 31 de março), conseguiu conectar essas três histórias, sem que o espectador,  mesmo sendo conduzido sem aviso prévio de uma trama a outra, se sinta, ao final de uma hora e meia, perdido em Marte. Ao final dessa babilônia, Zoom mostra seu verdadeiro propósito: satirizar os clichês comerciais da indústria do cinema. O ataque aos padrões de Hollywood é outro clichê do cinema “de autor”, mas o filme de Morelli faz essa crítica com frescor, sem ser pretensioso e entregando ao público um espetáculo divertido de assistir, com uma pegada pop.
A principal inovação de Zoom é o uso de várias linguagens: live action (o filme como o conhecemos, gravado com atores reais), animação clássica e histórias em quadrinhos. A história de Edward (o ator mexicano Gael García Bernal), o diretor de Hollywood cansado de blockbusters, é contada inteiramente por desenhos. Quando está entre os rascunhos na mesa de Emma (a americana Alison Pill), a funcionária de uma fábrica de produtos eróticos, Edward surge em formato de histórias em quadrinhos. Ao virar protagonista do filme, ele se transforma em uma animação criada por rotoscopia – técnica em que animadores criam desenhos baseados em movimentos de atores captados em vídeo. As cenas gravadas com Gael no papel de Edward foram transformadas em 20 mil desenhos supercoloridos.
Zoom (Foto: Época)
Entre uma história e outra, Morelli brinca com Hollywood. A produtora de Edward exige que a modelo Michelle (Mariana Ximenes) deixe de ser desleixada e ostente um penteado impecável, use salto alto e mostre a barriga chapada, tudo enquanto dirige um carro de última geração (que entra no filme graças a uma exigência do patrocinador) e é sequestrada pelo namorado em um helicóptero. Não importa se não faz sentido, o importante é apelar para a audiência. “Zoom é uma paródia, um tapa na cara sobre como tentar alcançar padrões é um esforço sem sentido”, diz Morelli.
Zoom (Foto: Época)
O caminho de Zoom começou a ser traçado em 2008, quando Morelli foi assistente nas gravações de Ensaio sobre a cegueira, adaptação de Fernando Meirelles do romance de José Saramago. Mesmo novato, com 21 anos, Morelli chamou a atenção do produtor do filme, o israelense Niv Fichman. Há cinco anos, Fichman convidou Morelli para participar de seu programa para filmes de novos diretores. A ressalva era que a história fosse fora da curva. Morelli criou então uma história dentro de uma história dentro de outra história, inspirando-se no diretor e roteirista americano Charlie Kaufman, o autor da trilogia formada por Quero ser John Malkovich (1999),Adaptação (2002) e Sinédoque, Nova York (2008).
Zoom (Foto: Época)
As três histórias de Kaufman têm em comum a quebra da “quarta parede” (divisória imaginária entre a ficção e a audiência, que permite ao espectador aceitar tudo o que acontece na tela como verdade). A derrubada desse muro acontece quando o personagem toma conhecimento de que suas ações não são reais e a plateia se lembra de que está vendo uma obra de ficção. O dramaturgo alemãoBertolt Brecht (1898-1956) foi um grande entusiasta desse recurso, por acreditar que ele encorajava a plateia a assistir às peças de forma mais crítica. O espectador se mantém atento  para tentar descobrir se aquela história é real ou está acontecendo na cabeça de alguém. “Kaufman brinca com a lógica do mundo que cria e instiga o público a questionar as regras que ele estabelece em seus roteiros”, diz Morelli.
Fugindo de todos os arquétipos, e correndo o risco por sua ousadia,Zoom consegue lançar um olhar divertido, original e brasileiro sobre a indústria do cinema.
Originalmente publicado em: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/04/zoom-um-filme-brasileiro-que-critica-hollywood-e-nao-e-chato.html

Juízes sob ameaça

Por que está aumentando o número de magistrados vítimas de agressão física, pressão psicológica e perseguição no País

Fabíola Perez (fabiola.perez@istoe.com.br)
Em São Paulo, a juíza Tatiane Moreira Leite foi rendida por um homem, dentro de um fórum na Zona Oeste da cidade, que ameaçou atear fogo em seu corpo. No Rio de Janeiro, a magistrada Daniela Barbosa Assumpção de Souza teve a roupa rasgada e perdeu os óculos e os sapatos em uma visita ao presídio que fiscalizava. Em Bangu (RJ), o juiz Alexandre Abrahão ficou sob a mira de bandidos que invadiram o fórum para assassiná-lo. Odilon de Oliveira é um dos magistrados mais ameaçados do País e coleciona uma série de planos para matá-lo. Eles fazem parte de um grupo de 202 magistrados que já sofreram ameaças de violência física ou psicológica no País. Os dados são de uma pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e servem de termômetro para mostrar que está ficando cada vez mais perigoso ser magistrado no Brasil. Mesmo com um forte esquema de proteção, o aumento da criminalidade em algumas regiões e a falta de mecanismos de segurança em fóruns são os grandes responsáveis pelos ataques violentos e crescentes a esses profissionais.
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INSEGURANÇA
A juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, que teve a roupa rasgada 
durante uma visita a um presídio em Benfica, na Zona Norte
No dia 30 de março, a juíza Tatiane Moreira Lima, 37 anos, viveu os 30 minutos mais angustiantes de sua vida quando foi mantida como refém de um homem que ameaçava incendiá-la com um líquido inflamável e um isqueiro. O vendedor Alfredo José dos Santos, 36 anos, chegou a exigir que a cena fosse filmada na Vara de Violência Doméstica, do Fórum Regional do Butantã, em São Paulo. Réu na ação de agressão contra a ex-mulher e enquadrado na lei Maria da Penha, o agressor considerou Tatiane culpada por ter tirado a guarda do filho. Com isso, o vendedor arquitetou um plano para invadir o fórum correndo e passar pelos seguranças com uma mochila, munido de garrafas com líquido inflamável. Quando os guardas chegaram à sala da magistrada, ele já a segurava pelo pescoço e havia despejado o produto químico.
Um dia após a agressão, Tatiane disse que não deixaria de trabalhar em decorrência da violência. “Não vou deixar que um maluco impeça que eu faça o trabalho que amo tanto”, afirmou. “Não tenho sentimento de rancor nem de raiva, vi ali um ato de desespero, percebi que eu estava sendo vítima de violência assim como as minhas vítimas que vêm todos os dias nas audiências.” A Associação Paulista de Magistrados reforçou o pedido de mais proteção contra atos que atentem contra membros da magistratura. “O juiz está inserido no contexto social, no aumento da criminalidade organizada e isso se reflete na atuação do magistrado que trabalha em cima de conflitos e litígios”, diz Fernando César Baptista de Mattos, presidente do Comitê Gestor de Segurança do CNJ. “É preciso melhorar no controle de acesso aos fóruns, adotar um circuito fechado de televisão, contratar uma guarda própria e investir em um trabalho de segurança preventivo.” 
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ATAQUE 
Acima, o magistrado Odilon de Oliveira, que só anda com colete à prova de balas. 
Abaixo, Alexandre Abrahão Dias Teixeira, na mira dos criminosos desde 2005
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Há seis meses, outro caso de agressão recaiu sobre mais uma magistrada. A juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza foi hostilizada durante uma fiscalização no Batalhão Especial Prisional, em Benfica, na Zona Norte. Ela teve a roupa rasgada, perdeu os óculos e os sapatos. “Eles me cercaram e minha escolta me defendeu, o clima estava muito tenso”, disse. De acordo com as investigações, os autores da agressão foram policiais militares acusados de integrar uma milícia, tanto que o juiz titular da Vara, Eduardo Oberg, determinou o fechamento do Batalhão e a transferência de todos os policiais.
As ameaças e tentativas de assassinato deixaram marcas na vida do juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, de 48 anos. Ele teve de abandonar atividades corriqueiras como frequentar restaurantes, shows e planejar viagens. Um dos mais perseguidos do País, Teixeira está na mira de criminosos desde 2005, quando assumiu como titular da Vara Criminal de Bangu. A região em que atuava é conhecida por viver sob o domínio das organizações Comando Vermelho, Amigo dos Amigos e Terceiro Comando Puro. “Minha vida se tornou um inferno”, diz. Teixeira lembra um dos dias mais tensos de sua trajetória: em 2013, o Fórum de Bangu foi invadido para resgatar dois presos e assassiná-lo. Na ação, morreram um garoto de oito anos e um segurança da escolta, ambos alvejados por tiros de um fuzil. O magistrado, que até hoje é amparado por uma equipe de seis seguranças e possui carro blindado, conta que recebe ligações, cartas com fotos de familiares e é informado de planos malsucedidos para assassiná-lo. “São promessas eternas de perseguição.”
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PÂNICO 
Tatiane Moreira Leite, mantida refém por um homem que ameaçava incendiá-la dentro do fórum
Um dos primeiros juízes federais que teve de recorrer aos serviços de segurança permanente foi Odilon de Oliveira. O magistrado recebe ameaças há mais de 20 anos e conta com a proteção de escolta policial há 13. Ele sempre atuou em estados localizados em áreas de fronteiras, conhecidos por fazerem parte da rota do narcotráfico, como Mato Grosso, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Além da escolta policial, Oliveira utiliza colete à prova de balas para trabalhar e anda em carros que suportam até tiros de fuzis. “Não faço absolutamente nada sem proteção”, diz. Tudo isso porque, em 24 anos de carreira, diz ter condenado mais de 200 traficantes e confiscado bilhões de reais do crime organizado. “Minha liberdade ficou restrita.”
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Foto: Marcia Foletto/Ag. O Globo; Paulo Ribas; Masao Goto Filho/Ag. Istoé; GABRIELA BILO/ESTADÃO
Publicado originalmente em: http://www.istoe.com.br/reportagens/450540_JUIZES+SOB+AMEACA

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Duffy - Too Hurt To Dance (Live at Café de Paris, 2010)

"Please, Mr. DJ
Won't you turn the music down?
Why can't you understand?
I'm to hurt to dance tonight"




sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

10 tecnologias que estarão disponíveis até 2025

wearables (Foto: Thinkstock)
Carros autônomos, casas conectadas, inteligência artificial, impressão 3D – tudo isso faz parte de uma imagem de futuro que se delineia no horizonte. Mas como chegaremos até ela? Um estudo elaborado pelo Global Agenda Council, ligado ao Fórum Econômico Mundial, pode ajudar a vislumbrar esse processo com mais clareza, mostrando quais dessas tendências têm mais chance de se concretizar – e quando.A equipe à frente do estudo levantou 21 tendências em tecnologia e as apresentou a mais de 800 pesquisadores e executivos do setor de tecnologia da informação e comunicação, perguntando a eles quando cada uma daquelas mudanças deveria se tornar realidade. Confira quais são as apostas.
10º LUGAR: 90% DA POPULAÇÃO ADULTA USARÁ SMARTPHONE
Data prevista: 2023
Singapura, Coreia do Sul e Emirados Árabes são os países que estão mais próximos dessa realidade – nesses locais, mais de 85% da população adulta já dispõe do aparelho. A tendência é forte, principalmente, nos países asiáticos, onde o uso do smartphone superou o do PC. Mas esse movimento já é observado até em países da África, como o Quênia, e deve acelerar à medida que o preço dos eletrônicos cair.
Importância: Maior participação econômica de pessoas que moram em áreas remotas ou menos desenvolvidas; maior acesso à informação, à participação cívica, à educação e a serviços de saúde e de instituições governamentais; desenvolvimento de novas habilidades e aumento da empregabilidade e expansão do mercado de e-commerce.
9º LUGAR: 5% DOS PRODUTOS DESTINADOS A CONSUMIDORES SERÃO FEITOS EM IMPRESSORAS 3D
Data prevista: 2025
A impressão 3D traz a oportunidade de que alguns produtos, hoje à venda em lojas, passem a ser produzidos sob demanda, em casa ou no escritório. Segundo o estudo, mais de 130 mil impressoras 3D foram vendidas em 2014, um aumento de 68% em relação a 2013. A maioria delas custou menos de US$ 10 mil e é adequada para uso em laboratórios, escolas e pequenos negócios. Esse crescimento também turbinou o mercado de produtos e serviços voltados para impressão 3D, que chegou a US$ 3,3 bilhões.
Importância: Criação de produtos voltados para nichos específicos, que ainda assim sejam economicamente viáveis; redução dos custos com logística, o que pode trazer ganhos significativos em consumo energético.
8 º LUGAR: PRIMEIRO CELULAR “IMPLANTÁVEL” SERÁ DISPONIBILIZADO COMERCIALMENTE
Data prevista: até 2023
Dispositivos poderão ser implantados para monitorar aspectos relativos à saúde (como o nível de glicose no sangue de um diabético), assim como comportamento, localização e comunicação do usuário. Um exemplo citado no estudo é o BrainGate, projeto da Brown University, que busca conectar o cérebro diretamente a computadores, a partir de um implante de eletrodos. A meta é fazer com que o computador decodifique sinais neurais em tempo real, permitindo que o usuário opere dispositivos externos a partir do pensamento.
Importância: Redução no número de crianças desaparecidas; melhor gerenciamento da saúde.
7 º LUGAR: PRIMEIRO GOVERNO A SUBSTITUIR O CENSO POR FONTES DE BIG DATA
Data prevista: 2023
Contamos com cada vez mais dados sobre cada comunidade e, também, mais ferramentas para compreender e gerenciar esse enorme volume de informações. Isso pode levar os governos a trocar os métodos tradicionais de levantamento de dados por programas automatizados – uma decisão que traria riscos e oportunidades significativos. Nesse cenário, o desenvolvimento de algoritmos e estratégias para obter dados confiáveis é vital.
Importância: Mais facilidade para tomar decisões em tempo real; oferta de serviços públicos mais eficientes; redução de gastos; novas possibilidades de trabalho.
6 º LUGAR: PRIMEIRO CARRO FEITO EM IMPRESSORA 3D ESTARÁ EM PRODUÇÃO
Data prevista: 2022
A impressão 3D ainda apresenta problemas em termos de velocidade, custos e tamanho. Mas a expectativa é que, com o passar do tempo, esses obstáculos sejam superados e a tecnologia se torne mais disseminada, levando à produção de itens extremamente complexos.
Importância: Maior rapidez no processo de desenvolvimento de produtos; praticidade na fabricação de peças; demanda crescente por designers de produtos; novas possibilidades de educação que usem o 3D como recurso didático; democratização da atividade criativa; nascimento de uma nova indústria, que produza material para impressoras 3D; oportunidades inéditas de produção no ambiente espacial.
5 º LUGAR: 10% DOS ÓCULOS DE LEITURA ESTARÃO CONECTADOS À INTERNET
Data prevista: 2023
O Google Glass é apenas o primeiro de uma série de possíveis equipamentos capazes de transformar nossa visão em uma interface virtual. A companhia MagicLeap, por exemplo, está desenvolvendo um dispositivo que permita sobrepor imagens digitais 3D a objetos do mundo real. O acesso direto a aplicativos e dados por meio dos olhos pode mudar radicalmente a forma como nós aprendemos, navegamos no ambiente virtual, gerenciamos informações e nos entretemos.
Importância: Auxílio de dispositivos visuais na realização de tarefas como cirurgias; novas oportunidades de interação para pessoas com deficiências físicas.
4 º LUGAR: SURGIMENTO DO PRIMEIRO FARMACÊUTICO ROBÔ NOS EUA
Data prevista: 2021
A robótica já está influenciando diferentes áreas produtivas, da indústria à agricultura. De acordo com a Federação Internacional de Robótica, existem hoje 1,1 milhão de robôs trabalhando, e as máquinas respondem por 80% do trabalho feito na construção de um carro, por exemplo.
Importância: Eficiência e economia na cadeia de suprimentos e logística; mais tempo de lazer para trabalhadores.
3 º LUGAR: UM TRILHÃO DE SENSORES ESTARÃO CONECTADOS À INTERNET
Data prevista: 2022
Os computadores vêm se tornando cada vez mais potentes e os custos com hardware, cada vez mais baixos, o que torna viável a ascensão da IoT, sigla em inglês para internet das coisas.  Sensores inteligentes já estão disponíveis no mercado a preços competitivos e especialistas acreditam que, no futuro, cada objeto poderá estar conectado a uma onipresente infraestrutura de comunicação.
Importância: Maior eficiência no uso dos recursos disponíveis; aumento na produtividade; redução de gastos com sistemas de entrega; incremento da segurança (em diversas áreas, do transporte aéreo à qualidade dos alimentos); maior eficiência logística; surgimento de novos negócios; uso de “digital twins” para monitoramento e controle de equipamentos; sistemas capazes de reagir de maneira autônoma a mudanças ambientais; e ampliação do conhecimento, graças aos dados coletados por objetos inteligentes.
2 º  LUGAR: 90% DAS PESSOAS TERÃO ACESSO A ARMAZENDAMENTO ILIMITADO DE DADOS
Data prevista: 2018
A capacidade de armazenamento já evoluiu tremendamente nos últimos anos, numa tendência liderada pelo Dropbox e pela Amazon. Ainda assim, o serviço, cuja gratuidade está associada à presença de anunciantes, torna-se cada vez mais necessário. Segundo o estudo, estima-se que a quantidade de informação gerada pelas empresas dobre a cada 1,2 anos.
Importância: Impacto positivo no mundo jurídico, assim como no meio acadêmico; maior eficiência em operações empresariais; extensão da memória pessoal.
1 º LUGAR: 1 EM CADA 10 PESSOAS USARÁ WEARABLES
Data prevista: 2022
Diversas iniciativas já buscam integrar o guarda-roupa ao mundo digital. Exemplo disso é o Apple Watch, que conta com muitas das funções disponíveis em um smartphone. Uma pesquisa conduzida pela Accenture mostrou que, embora apenas 12% dos consumidores planejassem comprar um smartwatch ao longo do ano; 41% deles estavam dispostos a adquirir o produto dentro de um período de cinco anos.
Importância: Melhor gerenciamento de aspectos relativos à saúde; mais dados para subsidiar tomadas de decisão; redução no número de crianças desaparecidas.
Fonte: Revista Galileu online

WHAT ROME CAN TEACH US TODAY

Ancient Lessons for 
Modern Politics

By 







Ancient Rome was a village that grew into a world empire. At the peak of its territorial reach, AD 117, it stretched from the British Isles to Mesopotamia and from the Rhine to the Sahara. Its history spans more than a millennium. Before the Western Roman Empire collapsed in the late fifth century, Romans enjoyed a standard of living not seen again in the West until the mid-nineteenth century. They had flush toilets, granite countertops, indoor heating, and even cosmetic dentistry. The government that safeguarded this way of life styled itself Senatus Populusque Romanus, or “the Senate and the People of Rome.” An advertisement for the link between Rome’s citizens and its elected leaders, the abbreviation “SPQR” was proudly displayed everywhere.
Rome’s classical era spanned the last two centuries BC and the first two centuries AD. At the beginning of that period, Rome already commanded a sizable empire, governed by democratic principles. By the end of it, Rome had become increasingly authoritarian but was still at peace internally. Engineering, literature, philosophy, theater, and the arts flowered; with lasting effects, Romans crucified Jesus and destroyed Jerusalem’s Second Temple. The events and personalities that populated this age are Rome’s most famous.
Historians usually justify the decision to write a new account of familiar events by emphasizing the discovery of sources that challenge or clarify the conventional understanding. That is not the case with SPQR, Mary Beard’s retelling of Roman history from its origins through the end of the classical period. What makes Beard’s effort so compelling nonetheless is the contemporary, politically charged idiom in which the Cambridge don recasts an old story. SPQR is a translation of Roman history into the English of today—into the phrases and patterns of thought that we absorb from mass media and that bring order and meaning to our lives—and Beard’s genius is in using this idiom alone, rather than outright comparison, to suggest ancient parallels with the politics and controversies of the twenty-first century. Her book thus offers insights into not only Rome’s history but also the challenges of the present.
ROMANS—THEY’RE JUST LIKE US!
Take Beard’s treatment of Romulus, Rome’s legendary first king. When his mother, a virgin priestess, first became pregnant, she accused Mars, the Roman god of war, of raping her. When Romulus and his twin brother, Remus, were born, their great-uncle, who had seized the throne from the boys’ grandfather and feared that they would grow up to threaten his hold on power, sent government agents to kidnap them and then abandon them in a reed basket in the Tiber River. But the government men botched their job: rather than dying, the twins were soon discovered by a she-wolf, who suckled them back to health. According to legend, Romulus went on to found Rome, establish its government, and, on his death, ascend into heaven.
Beard’s retelling does more than just conjure up the obvious biblical parallels with the Virgin Birth, Moses’ reed basket, and the Ascension. It evokes contemporary concerns, such as contentious accusations of rape (Beard uses that term rather than the euphemisms, such as “abduction” or “seduction,” preferred by some historians of Rome) and the incompetence of government officials. By describing the layers of telling and retelling in Roman sources that obscure the details of the Romulus story, Beard adopts a detachment from her subject that invites readers to share her skepticism. And when she points out that even many Romans disbelieved their city’s founding myths, she makes us wonder whether we today are any savvier than the men and women who lived two millennia ago.
She-Wolf Suckling Romulus and Remus, a 16th-century fresco by Ludovico Carracci.
She-Wolf Suckling Romulus and Remus, a 16th-century fresco by Ludovico Carracci.
Or consider the emperor Augustus’ clever use of institutional reforms toward the end of the first century BC to disempower potential rivals in the military and the Senate. Beard’s telling evokes the dangerous consequences of U.S. military interventions in the Middle East. “As is often the case in regime change,” she writes, “the new guard is more or less forced to rely on a carefully reformed version of the old guard, or—as we have seen in recent history—anarchy can result.” Beard does not need to explicitly mention Iraq or Libya to make her point.
Nor does she need to reference today’s U.S. Congress to make readers appreciate the subservience of a Roman senator who, when asked to vote on a matter in an open ballot by the emperor Tiberius, responded, “Could you tell me in what order you will cast your vote, Caesar? If you go first I shall have something to follow. If you go last of all, I fear I might find myself inadvertently on the wrong side.” The anecdote can’t help but make one think of the servility of some members of the U.S. Congress to powerful special interests such as the National Rifle Association. In similar ways, Beard’s discussion of the debate over 4,000 “stateless” sons of Roman soldiers and Spanish women in 171 BC conjures up the rancor surrounding so-called anchor babies today, and contemporary arguments about undocumented immigration lurk just beneath the surface of her discussion of a speech that Marcus Tullius Cicero gave in 62 BC to defend the right of Archias, an ethnic Greek, to Roman citizenship. We even hear echoes of the frequent denunciation of so-called political correctness by today’s conservatives in comments made by Cato the Younger the year before Cicero’s speech, in 63 BC. “Long ago we lost the real names of things,” Cato warned. “Giving away other people’s money is called ‘generosity.’ Flagrant misbehavior is called ‘courage.’ We’ve reached the tipping point and it’s killing our country.”
There is plenty to learn from the Romans—if we have the courage to entertain the possibility.
Not all of SPQR’s contemporary resonances relate to U.S. politics. Beard sees Rome’s early kings as warlords, foreign delegations to Rome’s imperial administration as ethnic lobbies, triumvirates as juntas, Rome’s masses as its “99 percent,” and the destruction of Cicero’s house by his enemy Clodius in 58 BC as a retributive demolition. She even writes about crimes against humanity—a category in which she includes the atrocities Julius Caesar committed during his conquest of Gaul.
Beard has written a kind of history as irony that makes comparisons between Roman and modern politics inevitable. Nowhere is this clearer than in when she chooses to start and end her narrative. Although Rome’s origins date to the eighth century BC, Beard begins SPQR in 63 BC, with Cicero—an Obama-like political outsider (he was the first in his family to achieve high office and was born in the provinces) with an Obama-like gift for rhetoric. That was the year Cicero took office as consul of Rome—a political position that resembled the U.S. presidency—and then discovered a terrorist plot to assassinate him and his co-consul and burn down the city. Relying on the word of informers, Cicero arrested a group of young men who admitted their involvement in the conspiracy. But despite the arrests, Rome was gripped by panic: no one knew how far the conspiracy extended, and its leader, Catiline, managed to slip away and joined his paramilitary supporters in Tuscany.
These events left Rome’s government in a bind. The conspirators had confessed, and there was evidence of their guilt, but because they had been stopped before they could carry out their plan, it wasn’t clear what should be done to them. Under Roman law, they were entitled to a trial, but with an unknown number of their coconspirators still at large, there seemed to be no time for such niceties. The Senate met to discuss its options; the ensuing debate is what Rome’s greatest historian, Sallust, later made the centerpiece of his account of the episode. “In the case of other offences,” thundered Cato the Younger, in the same speech in which he denounced his contemporaries’ tendency toward euphemism, “you can proceed against them after they have been committed; with this, unless you make sure it doesn’t happen, there’s no point appealing to the laws after it’s happened. Once a city has been taken, nothing is left to the vanquished.” The thing to do, Cato suggested, was to execute the plotters immediately; that was the best way for Rome to project strength and persuade the other conspirators to give up and go home. The problem with Cato’s idea, however, was that it was illegal.
If his argument nonetheless sounds familiar, that’s because it is. Days before the first anniversary of 9/11, Condoleezza Rice, then the national security adviser to U.S. President George W. Bush, appeared on television to sell the idea of invading Saddam Hussein’s Iraq. “The problem here,”she mused on CNN, “is that there will always be some uncertainty about how quickly [Saddam] can acquire nuclear weapons. But we don’t want the smoking gun to be a mushroom cloud.” Just like Cato’s, her implication was clear: speedy preemptive action was the only way to prevent an irreparable catastrophe.
Caesar, then a senator, answered Cato’s proposal with an objection that should be equally familiar. “Many mortals remember only what comes last, and in the case of heinous individuals, they forget their crime and talk only of the punishment they have received, if it was a little too severe,” he said—lines that echo the argument against torture made by U.S. Senator John McCain in 2005. “Prisoner abuses . . . inevitably become public,” McCain wrote, “and when they do they threaten our moral standing, and expose us to false but widely disseminated charges that democracies are no more inherently idealistic and moral than other regimes.”
Beard’s endpoint, in the third century AD, is also arresting. In 212, only around 20 percent of the free inhabitants of the Roman Empire were citizens. That year, the 24-year-old emperor Caracalla unilaterally granted citizenship to all those free subjects who had not yet received it—without asking old-stock Romans how they felt about the extension. Two decades later, Rome descended into a half century of economic depression, violence, and political anarchy that historians call “the crisis of the third century,” an upheaval that ended when the warlord Diocletian defeated his rivals and imposed a new and Orwellian political order on Rome. Because Beard alludes to this aftermath only briefly, it is impossible to know whether she considers it related to Caracalla’s decision. Yet the connections among immigration reform, prosperity, and stability are no less relevant today, and it is presumably these dynamics that Beard wants readers to consider.
WHEN IN ROME . . .
In light of ancient Rome’s enormous influence on the development of European political and cultural thought in the centuries that followed its collapse, the study of Roman history can reveal much about the underpinnings of today’s West. It should come as no surprise, then, that in SPQR’s conclusion, Beard writes that “we have an enormous amount to learn—as much about ourselves as about the past—by engaging with the history of the Romans, their poetry and prose, their controversies and arguments.” Yet Beard’s disclaimer in the same passage, that “I no longer think, as I once naively did, that we have much to learn directly from the Romans,” should be judged more critically. It is true that the distance between the material and social conditions of ancient Rome and those of the modern West is enormous: ancient Romans, for example, no more contemplated abolishing slavery or enfranchising women than most twenty-first-century Americans contemplate abolishing marriage. But the outsize extent to which republican Rome’s political system served as a model for that of the United States nevertheless allows for the application of lessons from Roman history to the challenges of the present.
Tarquin and Lucretia, by Peter Paul Rubens (1577–1640).
Tarquin and Lucretia, by Peter Paul Rubens (1577–1640).
The founders envisioned the young United States as an heir to the Roman Republic, and the United States’ system of checks and balances; its freedoms of conscience, divorce, and speech; its competitive elections; its rule of law; and its enshrinement of peaceful transitions of power are all partly descended from the Roman example. Like the Roman Republic did, the United States governs overseas territories through republican institutions; like Rome, as e pluribus unum, the Latin motto on the U.S. dollar bill, suggests, Washington prefers national unity to imperial diversity, encouraging assimilation by choice. Such features are relatively uncommon in world history, and it is even more unusual to find them in a single country. From this point of view, the United States is more like republican Rome than it is like many of the past century’s authoritarian states.
Beard sees Rome’s early kings as warlords, foreign delegations to Rome’s imperial administration as ethnic lobbies, triumvirates as juntas, and Rome’s masses as its “99 percent.”
Like the contemporary United States, Rome was made up of a culturally and ethnically diverse population, and like some Americans today, some prominent Romans doubted the loyalty of certain minority groups. In the year 111, for instance, Pliny the Younger, then the governor of Bithynia, a Roman province in northwestern Anatolia, encountered the adherents of a strange and relatively new religion called Christianity, then still illegal under Roman law. Pliny felt bound to subject the Christians to loyalty trials, and he wrote a letter to the emperor Trajan asking whether the ad hoc procedures he had adopted, among them making use of an anonymously provided list of alleged local Christians, were acceptable. The emperor’s reply was remarkable. The Christians “must not be hunted out,” he wrote. “If they are brought before your court and the case against them is proved, they must be punished. . . . But anonymous lists must not have any place in the court proceedings. That would set a terrible precedent. It’s un-Roman.” Despite Rome’s official intolerance of Christianity, Trajan’s lesson is worth remembering: strong state values can be invoked to avoid setting particularly disastrous precedents in the treatment of marginalized minority groups. Nor is this the only lesson that Roman history offers the present. Rome’s difficult campaign against the North African kingdom of Numidia in the second century BC illustrates that protracted wars against distant, poorly understood enemies often bring military victories with crippling costs in blood, treasure, morale, and military overexpansion. The aftermath of Rome’s final victory over Carthage, in 146 BC is a reminder of the challenges of hegemony in a newly unipolar world: in Rome, domestic strife filled the void opened up by the disappearance of an external enemy, and minor threats took on the appearance of existential dangers. And the emperor Theodosius’ decree of AD 380, which required all Roman subjects to believe in the Christian Trinity and led inevitably to the persecution of religious dissidents, should remind us to be wary of politicians who seek to prohibit the expression of an unpopular belief or mandate the acceptance of a popular one.
There is in fact plenty to learn from the Romans—if we have the courage to entertain the possibility. Viewed in this light, SPQR is a broad introduction to the best thousand years of Roman history that proves why, as Beard writes on its first page, “Rome is important”—and reminds us why it is particularly important now.
Fonte: Foreign Affairs

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