quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O mar congelado na Antártica bate recorde





O Ártico no Polo Norte bateu o recorde de derretimento no verão. Este ano caminha para fechar como o mais quente da história. Foi o verão mais escaldante no Hemisfério Norte. Por outro lado, do lado de cá do mundo, surgem outras notícias. Os pinguins da Antártica não devem estar tão preocupados agora. O mar congelado que cerca a Antártica, no Polo Sul, bateu o recorde de extensão no inverno. A camada de gelo flutuante (que aparece em branco na imagem acima) chegou a 19,44 milhões de quilômetros quadrados em 2012, segundo o Centro Nacional de Neve e Gelo (NSIDC), dos Estados Unidos. O recorde anterior, de 2006, era de 19,39 milhões de quilômetros quadrados.
O mapa acima mostra a maior extensão já registrada. Foi feito a partir de imagens de satélite. A área em cinza escuro é de terra firme. O cinza claro são as geleiras que saem da terra firme, mas estão flutuando.
O que houve com o aquecimento global? O recorde na Antártica indica que a Terra não está esquentando? Não é bem assim. Primeiro, embora seja um recorde, a extensão de gelo atual não está tão distante da média. A linha amarela mostra a média da extensão de gelo nos meses de setembro entre 1979 e 2000. Em alguns lugares, especialmente no Mar de Bellingshausen, o gelo este ano está menor do que a média histórica.
O gráfico abaixo mostra a oscilação da extensão de gelo flutuante na Antártica. Aparentemente, há um aumento ligeiro nas últimas décadas.
Em comparação, o histórico do Ártico é bem claro. A calota polar está desaparecendo década após década no verão. Este ano o Polo Norte bateu mais um recorde histórico de pouco gelo no verão. O gráfico abaixo mostra a retração no gelo ártico desde 1979. A linha preta é a variação na extensão do gelo, ano a ano. A linha azul mostra a tendência.
Segundo os cientistas, o inverno com muito gelo na Antártica e o verão com pouco no Ártico são fenômenos distintos. Para os pesquisadores Claire Parkinson e Donald Cavalieri, da Nasa, agência espacial americana, os hemisférios da Terra têm uma grande variabilidade de um ano para o outro. Pode haver mais gelo num e menos no outro. Ou mais gelo em ambos. E menos gelo em ambos”, afirmam. “Apesar disso, as tendências de longo prazo são claras: a magnitude da perda de gelo no Ártico excede consideravelmente os ganhos na Antártica.”
Para os pesquisadores da Universidade do Colorado, que fazem parte da equipe do NSIDC, comparar as tendências de gelo do verão e do inverno em dois polos é problemático porque são dois processos diferentes. “Durante o verão, o gelo flutuante derrete e a superfície escura do mar aumenta o aquecimento. No inverno, há outros fatores, como nevascas no gelo e o vento. Pequenas alterações na extensão do gelo no inverno são um sinal mais ambíguo do que a perda de gelo no verão. A expansão do gelo no inverno da Antártica pode ser efeito de variações nos padrões de vento e queda de neve. Já o declínio do gelo no Ártico é mais ligado ao aquecimento global”, escrevem os pesquisadores no blog do NSIDC.

(Alexandre Mansur)

Fonte: Blog do Planeta

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Em noite de 'casa cheia', Sampaio e Baraúnas decidem vaga na Série D


Confronto escudo - Sampaio Corrêa x Baraúnas (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Sampaio Corrêa e Baraúnas jogam às 20h30, desta
quarta-feira (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)






A decisão entre Sampaio e Baraúnas, por uma vaga para a final da Série D do Campeonato Brasileiro, deve contar com 40 mil torcedores no Estádio Castelão. Na noite desta terça-feira, os setores 1 e 4 já não tinham mais ingressos à venda. A partida está marcada para 20h30.
O primeiro jogo terminou com empate por 1 a 1, em Mossoró-RN. O gol marcado na casa do adversário é critério de desempate, por isso, um empate sem gols classifica o Sampaio para a final da Série D. Empate de 2 a 2 em diante garante o Baraúnas na final.
Para o confronto, o Sampaio terá duas alterações em relação ao primeiro jogo. Na lateral-direita, Roniery não joga, pois vai cumprir suspensão automática. Denilson está confirmado em seu lugar. No meio-campo, Robson Simplício está machucado e faz com que Dudu tenha uma chance no time titular.
O Baraúnas teve três problemas n o último treino em Mossoró, na segunda-feira. O atacante Maxwell, o zagueiro Michel e o lateral-direito Ezequiel foram vetados pelo Departamento Médico. Dos três, apenas Izaquiel foi titular no primeiro jogo. Maxwell foi o responsável pelo gol de empate.
Quem vencer estará classificado para a final e vai enfrentar o Crac-GO, quer venceu o Mogi Mirim-SP. As quatro equipes, no entanto, já estão classificadas para a Série C de 2013.
FICHA TÉCNICA
Árbitro: Wagner dos Santos Rosa (RJ)
Auxiliares: Marco Aurélio dos Santos Pessanha (RJ) e Wendel de Paiva Gouveia (RJ)
Quarto árbitro: Paulo Santos Moreira (MA)
SAMPAIORodrigo Ramos; Denilson, Mimica, Robinho e Deca; Arlindo Maracanã, Dudu, Eloir e Cleitinho; Pimentinha e Célio Codó. Técnico: Flávio Araújo.
BARAÚNASÉrico; Rafinha, Índio, Nildo e Lindon Jhonson; Romeu, Sorato, Richardson e Pedrinho; Gilmar e Alvinho. Técnico: Wassil Mendes.
Fonte: GE São Luís

Produtos tecnológicos são comprados mais por desejo, aponta pesquisa


Até debaixo d'água: americanos fazem fila para adquirir novo modelo de tablet (Brendan McDermid/Reuters - 16/3/11)
Até debaixo d'água: americanos fazem fila para adquirir novo modelo de tablet


O novo modelo de um popular smartphone ainda nem esfriou nas mãos de seus ávidos proprietários e já há quem sonhe com o lançamento da próxima versão, no ano que vem. E passado menos de um mês, a novidade perde a graça e os tecnomaníacos não se sentem tão satisfeitos com a compra quanto nos primeiros dias. É possível que esse cenário não seja facilmente identificado no Brasil hoje, mas é dessa forma que um estudo realizado pela Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, descreve os consumidores de tecnologia na atualidade. Possuir um lançamento, indica a pesquisa, se tornou mais importante do que realmente usar todas as funcionalidades e possibilidades do aparelho.

Para os cientistas, as pessoas não compram mais um equipamento simplesmente por necessidade, mas por um desejo de ter as últimas novidades. Assim, elas acabam optando por aparelhos multifuncionais que não são aproveitados em sua totalidade. O professor de marketing e principal autor do artigo, Joseph K. Goodman, constatou, ao fim de cinco estudos e três pesquisas de produto, que os consumidores chegaram a um estágio em que não conseguem nem estimar a taxa de uso dos recursos existentes em um produto antes de adquiri-lo. O comportamento afetaria diretamente a satisfação com a mercadoria. “Concluímos que os consumidores se concentram em possuir as diversas funcionalidades de um aparelho em vez de racionalizarem quantas vezes uma delas realmente será utilizada. Quando fazem essa relação, tendem a comprar produtos com menos destaque e ficam até mais satisfeitos”, afirma Goodman. 

Al-Qaeda cresce a cada dia na Líbia, diz chefe de segurança dos EUA



Washington - A presença da Al-Qaeda na Líbia cresce a cada dia, disse esta quarta-feira (10/10) o ex-comandante de uma equipe de segurança especial em Trípoli aos legisladores americanos, durante audiência sobre o ataque de militantes ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi.

A presença da Al-Qaeda "cresce a cada dia. Eles estão certamente mais estabelecidos do que nós", disse o tenente-coronel Andrew Wood, que chefiou uma equipe de segurança de 16 integrantes em Trípoli.

Wood participava de uma audiência do Comitê de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara de Representantes dos Estados Unidos sobre o ataque de 11 de setembro contra o consulado de Benghazi, que se celebra em meio a acusações sobre possíveis falhas de segurança cometidas pelo governo.

O governo disse agora acreditar que o ataque, no qual morreram quatro pessoas, tenha sido praticado por grupos vinculados à Al-Qaeda. Inicialmente, os funcionários americanos tinham dito que o ataque havia sido provocado por um protesto contra um filme anti-islâmico.


No começo do ano, o presidente Barack Obama havia dito aos cidadãos americanos que o objetivo de derrotar da rede Al-Qaqda estava ao alcance, mais de uma década depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.

Em discurso presidencial durante visita surpresa ao Afeganistão, Obama assegurou: "o objetivo que me propus de derrotar a Al-Qaeda e negar-lhe a possibilidade de se reconstruir agora está ao nosso alcance".


Ladrões tentam roubar carro de campeão de boxe e são nocauteados



 (REUTERS/Steve Marcus)
 Uma quadrilha de ladrões de carros de luxo escolheu as vítimas erradas na Inglaterra. O grupo formado por seis bandidos bloqueou a passagem de um Range Rover na cidade de Birmingham, na tentativa de tomá-lo de assalto. Os bandidos, contudo, não sabiam que o veículo era dirigido por Amir Khan, 25 anos, boxeador profissional que ganhou medalhas nas duas últimas olimpíadas e se sagrou o mais jovem campeão mundial na categoria peso leve. O irmão dele, Haroon, que também é lutador, ocupava o banco do passageiro no momento da abordagem.
O grupo exigiu o Range Rover, avaliado em valor equivalente a R$ 325 mil, e um dos assaltantes chegou a dar um soco no rosto de Amir. O boxeador revidou, nocauteando o agressor. Os demais bandidos também tentaram atacar, mas os dois irmãos, embora estivessem em menor número, dominaram a situação e evitaram o assalto.

Amir e Haroon conseguiram deixar o local em segurança e tiveram prejuízo apenas com o vidro traseiro do Range Rover, que foi quebrado por um dos assaltantes. A polícia foi acionada, mas os suspeitos não foram identificados. A quadrilha não portava armas de fogo e apenas um dos integrantes estava munido de um cassetete.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Fox vai fazer filme sobre turma de Snoopy e Charlie Brown

A Twentieth Century Fox Animation adquiriu os direitos para transformar os quadrinhos "Peanuts" (também conhecidos como "Minduim" no Brasil) ", de Charles Schulz, em um novo longa-metragem. A informação foi anunciada nesta terça-feira (9) pelo estúdio.
O filme, que ainda não tem título definido, será lançado em 25 de novembro de 2015 --ano em que a turma de Snoopy e Charlie Brown completa 65 anos. A direção ficará nas mãos de Steve Martino, codiretor de "A Era do Gelo 4". O roteiro será assinado por Craig e Bryan Schulz --filho e neto de Charles respectivamente-- e Cornelius Uliano.
"Estamos trabalhando neste projeto há anos. Finalmente sentimos que a era a hora certa, em que a tecnologia estava no ponto em que precisamos, para criar este filme", afirmou Craig. Segundo ele, o filme será fiel aos quadrinhos e "continuará o legado" deixado por Charles.
Em comunicado, representantes do estúdio se disseram honrados por levar a história dos personagens para as telas.
As tiras de "Peanuts" --que têm personagens marcantes como Linus, Lucy, Patty Pimentinha e o pássaro Woodstock-- estrearam em sete jornais em 1950. A última tira inédita da série foi publicada em 12 de fevereiro de 2000, horas depois de Schulz morrer.

Divulgação
Turma de Snoopy vai virar filme
Turma de Snoopy vai virar filme

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1166922-fox-vai-fazer-filme-sobre-turma-de-snoopy-e-charlie-brown.shtml

sábado, 6 de outubro de 2012

Yngwie Malmsteen - "Fugue"(Concerto Live)

A Journey To The Edge Of Time - Studio Documentary

Elvis Presley - If I can Dream - '68 Comeback Special


If I Can Dream


There must be lights burning brighter somewhere
Got to be birds flying higher in a sky more blue
If I can dream of a better land
Where all my brothers walk hand in hand
Tell me why, oh why, oh why can't my dream come true
Oh why...
There must be peace and understanding sometime
Strong winds of promise that will blow away
The doubt and fear
If I can dream of a warmer sun
Where hope keeps shining on everyone
Tell me why, oh why, oh why won't that sun appear
We're lost in a cloud
With too much rain
We're trapped in a world
That's troubled with pain
But a long as a man
Has the strength to dream
He can redeem his soul and fly
Deep in my heart there's a trembling question
Still I am sure that the answer, answer gonna come somehow
Out there in the dark, there's a beckoning candle...oh yeah
And while I can think, while I can talk
While I can stand, while I can walk
While I can dream, please let my dream
Come true, right now
Let it come true right now
Oh yeah

Clip extraído do telefilme "Elvis - The Early Years" (2005), com a performance do ator Jonathan Rhys Meyers. Compare a interpretação dele com a do primeiro e único Elvis Presley. Uma grande e sempre emocionante homenagem.

MAYA




Na filosofia hindu, a palavra maya (माया/"māyā", em sânscrito "ilusão") é um conceito de caráter metafísico para a religiosidade hinduísta, qual constrói a verdadeira natureza do universo, de que tudo que é passageiro é ilusório, e só aquilo que é eterno é real.


Tudo no universo é passageiro, e na perspectiva da eternidade, todos os seres e objetos seriam como minúsculas gotas num imenso oceano inacabável. Isso quer dizer que embora todas as coisas nos pareçam reais, tudo é é ilusão, é maya. A condição de maya, de passageiro e perecível de alguma coisa, se dá ao fato de esta não ser eterna, logo, algo que o tempo apagará do universo. Somente aquilo que é eterno, a emanação e divindade do supremo criador, Brahma, seria real.


Maya é um fato, isso a torna uma verdade, só que não uma verdade eterna como aquela absoluta, o parabrahman, pois maya é a afirmação da ilusão daquilo que não é eterno. Essa ilusão seria de vermos as coisas como não são, como podermos ter a impressão de que algo, mesmo que dure muito, pode durar para sempre, o que é errado. Essas noções primárias são dadas pelos nossos sentidos, por vezes falhos e sujeitos ao engano. Deveria se entender que todas as coisas são apenas possuem uma natureza única, e considerar um dualismo entre corpo e alma já seria enganação.


Analogamente à vivência do homem, maya seria em nossas vidas tudo aquilo que nos parece satisfatório, que nos traga prazer, esclarecimento e conforto. Os valores hindus prezam pelo despertar das ilusões de nossas vidas, de nossos enganos, falsas convicções e verdades incorretas.


Uma narrativa hindu que tematiza maya se encontra no épico hindu "Mahabharata", se encontra a estória do casal Savitri e Satyavan. Savitri era uma jovem e bela mulher que ao chegar na idade de casar, seu pai pede para que ela encontre um marido por conta própria, e acaba conhecendo e se apaixonando por Satyavan, que era cego e descobre que ele estava predestinado a morrer em um ano. No dia de sua morte, Yama, deus da morte, toma a vida de Satyavan e pretende levar sua alma consigo, só que Savitri não aceita a morte do marido. Ela então começa a elogiar o serviço de Yama como deus da morte, como a de respeitar a lei do dharma por exemplo, e suas palavras são tão impressionantes que o deus da morte se admira com as palavras de Savitri e decide oferecer para ela qualquer benefício, exceto devolver a vida de seu marido. Ele propõe que possa conceder qualquer coisa para ela, só que a persistência de Savitri era mais forte, e sua dedicação faz com que Yama faça Satyavan voltar à vida. Com isso, Savitri concluiu que a morte é maya, é uma ilusão, já a vida do espírito é eterna e real.

Fonte: Blog Filosofia

Blind Guardian - "Sacred" (video).mp4

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

DA POESIA (POR VICENTE CARIRI)


DA POESIA

A poesia é o carnaval e o funeral da vida,
a dispersão febril das cinzas,
o aspergir sutil da consciência,
galáctica e puntual,
da metrópole ou da periferia,
a poesia é o sinal que reluz e ressuscita.

Contida, panfletária, flama e aço,
é o laço que prende e solta a asa,
e engole a paisagem imensa,
asfáltica, amazônica, essencial,
e sobrevive,e cresce e intumesce,
pulsando o imaginário sem tempo,
sonolenta, ácida e fugidia.

Poesia é o pão da alma,
é o elo humano do idílico, do esotérico.

Nela cabe o mundo, o fungo do cadáver,
a aura febril do recém-nascido,
a chave excitante da viagem erótica da palavra e do enigma.

A poesia ara o campo, reflete a senda e sua origem, semeia.

É um ir e voltar, sempre, como nuvem,
um escuro necessário e pesado sobre a luz do dia
ou um raio, um ritual sobre o desejo esparramado
e incontido dentro dela.

Irrequieta, arquiteta das emoções primeiras, das primazias,
confluência dos encontros e caminhos,
é arma que brande e tece a rima de novos caminhos,
peita a hipocrisia, a História e os sistemas.

É heresia a poesia, concreta, do dia-a-dia sombrio,
exala o sêmen da criação e o abortar da palavra não dita,
e cinge o nó que revigora a alma que escreve e ama.

Nela cabe tudo e extravasa e tudo pulveriza
Nela, lembrança e o pó do tempo tomam corpo sobre a mesa.
Nada cala um poema,
serena, a poesia clama a chama,
incendeia, é arma que atira e acorda a realidade
esdrúxula, descontrolada e sem lapso,
ao tempo engole e é compasso, é colapso.

E a alma do poeta é grande, elástica,
das divagações exóticas da sílaba aos rumores
eróticos da palavra.

A ele, poeta verdadeiro, não importa o tempo
nem a fantasia do sucesso,
poesia é sempre avesso,
nem sempre verso,
é a inquietação ante ao ultraje.

Resoluta e destra,
é santa ou puta, porém sempre certa,
é a hipocrisia das sensações,
caudal de lembranças que o dinheiro não compra
e não acaba,
é a grande vaga,
que varre a tentação, dá sobrevida,
e a cada passo, é liberdade ou ladainha sem fim
para os conformados.

Poetas, os casaldáligas, os thiagos, os operários,
provocadores da construção de um novo tempo,
de um novo ritmo que todos dancem,
onde liberdade é ver-se outro no espelho,
ser parte da paisagem sem ser paisagem,
ter o pé na alma e no limo,
sem perder a brancura da viagem,
ou a escureza da sensação que mostra o caminho da luz que,
se não clareia, transforma.

(Vicente Cariri, Alma Assoreada, 2007)

ECOS D'ALMA (POR AUGUSTO DOS ANJOS)



Ecos d’Alma

 

Oh! madrugada de ilusões, santíssima,

Sombra perdida lá do meu Passado,

Vinde entornar a clâmide puríssima

Da luz que fulge no ideal sagrado!

 

 

Longe das tristes noutes tumulares

Quem me dera viver entre quimeras,

Por entre o resplandor das Primaveeras

Oh! madrugada azul dos meus sonhares;

 

 

Mas quando vibrar a última balada

Da tarde e se calar a passarada

Na bruma sepulcral que o céu embaça,

 

 

Quem me dera morrer então risonho,

Fitando a nebulosa do meu Sonho

E a Via-Láctea da Ilusão que passa!

IDENTIDADE (Por Mia Couto)


Identidade:
Preciso ser um outro
para ser eu mesmo

Sou grão de rocha
Sou o vento que a desgasta

Sou pólen sem insecto
Sou areia sustentando
o sexo das árvores

Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro

No mundo que combato morro
no mundo por que luto nasço

Homenagem ao dia do poeta


Hoje é dia do poeta. 

Poeta! Sim! Poeta.  Que escreve PO - E - SIA. 

Sim, o poeta! Aquele ser humano que verte lágrimas em forma de palavras, cria serpentes em forma de repentes, descreve planetas com os rabisco da caneta, decora os dias com tintas fugidias... 

Dia do poeta. Sim! Daquele que faz versos. Que brinca com o tempo e o espaço. Que habita o fundo de um abismo de onde brota, em silêncio, uma flor amanhecida... 

O poeta. Sim, o poeta. Aquele que caminha sobre a métrica, que passeia em noites tétricas, que espera o amor que vingue (mesmo que não vingue). O construtor de montes, castelos e deusas sem nome. Insano? Insensato? Sonhador? Solitário?  Nada disso! O poeta é um cultor do imaginário, um apaixonado incendiário, um profeta dos semanários.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Por que nos sentimos emocionados ao escutar música?


Por que nos sentimos emocionados ao escutar música? 
(Fonte da imagem: Thinkstock)

Já aconteceu com você de estar ouvindo uma música e, de repente, se sentir emocionado e ficar inclusive com o corpo todo arrepiado? De acordo com o pessoal do site Live Science, isso não ocorre somente com você, e muitos compositores tiram vantagem de determinadas notas musicais para conseguir “arrancar” essas reações da plateia.

Segundo a publicação, os compositores “brincam” com algumas alterações sutis — mas bastante complexas —, assim como com o ritmo dessas variações para conseguir obter diferentes emoções de quem os está ouvindo.

Dessa forma, alguns exemplos dessas alterações são quando uma sinfonia passa a tocar de muito alto a mais baixinho subitamente, quando um instrumento ou voz faz um solo ou quando dois cantores cantam com tons de voz contrastantes.

Santo remédio?


Além disso, pesquisadores alemães descobriram que as pessoas que normalmente mostram reações mais fortes à música também são aquelas menos interessadas em buscar emoções através de aventuras, e que a intensidade das reações depende muito da habilidade de cada um de interpretar e dar vida às melodias.

Aliás, ainda de acordo com a notícia, além de se tratar de uma atividade que estimula os ouvintes a recriar emoções, sentimentos e expressões, existem estudos que sugerem que a música pode aliviar as dores do parto, reduzir os sintomas da depressão, trazer fortes memórias à tona e inclusive ajudar a diminuir a necessidade de sedação durante alguns procedimentos cirúrgicos!

Fonte: Live Science


A evolução do armazenamento de músicas [infográfico]


Não é de hoje que a música é uma das formas de arte mais inspiradoras. As diferentes combinações de melodias e letras têm o poder de despertar em nós as mais variadas emoções, como alegria, tristeza, saudade, nostalgia, paixão, entre outras.
Embora o ato de fazer música seja milenar, o homem só conseguiu desenvolver tecnologias para armazená-las e reproduzi-las há “pouco tempo”. No infográfico acima, você confere uma linha temporal com o surgimento das mídias que serviram para guardar e executar canções. Agora, vamos explicar cada uma delas com mais detalhes.

Cilindro fonográfico – 1877

O cilindro fonográfico foi a primeira mídia que obteve sucesso na gravação e reprodução sonora. A tecnologia era usada no fonógrafo, sendo ambos os dispositivos inventados por Thomas Edison em 1877.
O maior problema dos cilindros fonográficos era a sua durabilidade. As primeiras amostras eram feitas de folha de estanho e podiam ser reproduzidos apenas 3 ou 4 vezes. Apesar de serem praticamente descartáveis, na época essa mídia abriu novas perspectivas para a indústria fonográfica.
A evolução do armazenamento de músicas [infográfico]Foto de um fonógrafo. (Fonte da imagem: Wikimedia Commons/Norman Bruderhofer)
De acordo com algumas lendas, a primeira gravação feita por Edison no protótipo do seu aparelho de gravação foi a mensagem: “Mary tinha um cordeirinho”. Algum tempo depois, as folhas de estanho foram substituídas por metal ou cera na confecção dos cilindros – aumentando a durabilidade de reprodução da mídia. Embora tenha sido pensado para o registro apenas de fala, não demorou para que essa invenção fosse adotada para guardar músicas.

Disco plano (Gramofone) – 1887

Dez anos mais tarde, o alemão Emile Berliner criou o gramofone – equipamento considerado o sucessor direto do fonógrafo. A principal diferença entre essas tecnologias é que o gramofone passou a usar discos planos constituídos de cera, vinil, cobre e goma laca em vez dos cilindros de Thomas Edison.
Tendo maior resistência e uma capacidade maior para as gravações, o sucesso dos discos planos e do gramofone foi quase imediato e eles logo foram adotados pelos músicos para gravar e reproduzir as suas composições.

Disco de vinil – 1948

A indústria fonográfica viu outra revolução em suas tecnologias somente em 1948 com o surgimento dos discos de vinil, que ainda eram chamados de “Long Play”. No auge dos seus 64 anos de existência, muitas pessoas ainda preferem o som analógico dos LPs.
Produzida com um material plástico leve e flexível, essa mídia tem ranhuras espiraladas que conduzem a agulha do toca-discos – também conhecido como vitrola ou radiola. Tais sulcos microscópicos causam vibrações na agulha, as quais são transformadas em sinais elétricos que, quando amplificados, geram sons audíveis.
A evolução do armazenamento de músicas [infográfico](Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock)

Cartucho 8-track – 1958

Popular nos EUA nas décadas de 60 e 70, essa mídia foi a pioneira em gravar conteúdos sonoros em fitas magnéticas – técnica que mais tarde originou outros mecanismos que servem para o armazenamento de dados, como os discos rígidos.
O primeiro cartucho 8-track desenvolvido para o uso comercial foi lançado em 1958 e essa mídia foi a precursora no desenvolvimento de equipamentos sonoros portáteis – embora o aparelho que a tocava não fosse tão fácil de ser transportado como os dispositivos que temos hoje.

Fita cassete – 1963

As fitas cassete (ou K7 para os mais “chegados”) são a evolução dos cartuchos 8-track, com a vantagem de serem menores. No início, devido à baixa qualidade sonora, essa mídia era usada apenas para gravação de conversas, entrevistas e palestras.
Com os reparos das falhas mecânicas e de gravação existentes nas primeiras versões da tecnologia, as fitas cassete ganharam uma enorme popularidade em todo o planeta. O auge dessa mídia foi dos anos 70 até meados da década de 90 – quando foi desbancada pelo CD.

CD – 1982

O CD, ao menos até as atuais gerações, dispensa apresentação. Essa mídia óptica foi desenvolvida especificamente para armazenar e reproduzir arquivos de áudio. A tecnologia foi criada em 1979, mas os compact discs só começaram a ser comercializados a partir de 1982. Esses discos compactos dominaram as prateleiras ao longo dos anos 90 e início dos anos 2000.
Além de quebrar paradigmas na época de seu lançamento, essa mídia foi inspiração para o desenvolvimento de outros meios de guardar conteúdos digitais, como os DVDs e os discos de Blu-ray. É fato que os CDs estão perdendo espaço com o passar dos anos e a popularização de outras mídias, mas você ainda pode encontrá-los com facilidade no mercado.
A evolução do armazenamento de músicas [infográfico](Fonte da imagem: Reprodução/iStock)

Miniaturização

MiniCD – 1990

Os miniCDs são basicamente CDs menores e com sua capacidade de armazenamento reduzida. Embora tenha sido pensada para substituir o CD com foco na portabilidade, essa mídia não vingou e pouco foi usada para a reprodução de músicas.
Atualmente, eles ainda são usados, em baixa escala, para fornecer informações ou conteúdos de suporte para equipamentos eletrônicos, como drivers de MP3 players e webcams. O primeiro player específico para esse tipo de disco foi lançado em 1990.

MiniDisc – 1992

Criado pela Sony, o MiniDisc visava transformar conteúdos analógicos em digitais a partir de equipamentos de gravação. Em suma, ele é um miniCD regravável com a intenção de guardar e reproduzir músicas.
De acordo com a empresa que a criou, essa mídia é capaz de ser regravada até 1 milhão de vezes. O MD foi anunciado pela multinacional japonesa em 1991, mas só começou a ser vendido no ano seguinte. Apesar da capacidade, a tecnologia teve grande sucesso apenas no Japão.

MP3 Player – 1998

O MP3 player chegou para revolucionar a forma como as músicas eram armazenadas e ouvidas no ano de 1998 com créditos para a empresa coreana Saehan. Ele praticamente liquidou com todas as tecnologias antecessoras por ser facilmente transportado em qualquer bolso ou mochila e pela sua longa vida útil se comparado às outras mídias existentes até então.
A evolução do armazenamento de músicas [infográfico](Fonte da imagem: Reprodução/iStock)
O primeiro aparelho lançado tinha meros 32 MB de memória (espaço irrisório para os padrões atuais). Um ano depois, a Samsung lançava o primeiro celular com suporte para esse tipo de funcionalidade.

Memória flash

Pendrive – 2000

Embora não tenha sido criado com o intuito de ser um repositório de canções, a popularização de eletrônicos com portas USB, como PCs, TVs notebooks e aparelhos de som – inclusive automotivos –, deu aos pendrives mais uma utilidade: ser um dispositivo para o armazenamento de músicas.
As memórias flash USB começaram a ser vendidas em 2000 (tendo suas patentes registradas em 1999 pela empresa israelense M-Systems) e ofereciam míseros 8 MB de espaço para guardar dados – mesmo assim esse espaço era cinco vezes maior do que o dos disquetes.
Essa limitação inicial foi um dos principais motivos por essa mídia demorar muitos anos para ser adotado como equipamento para salvar canções. Atualmente, presenciamos a terceira geração dessa tecnologia, que disponibiliza modelos muito mais velozes e “espaçosos”.
A evolução do armazenamento de músicas [infográfico](Fonte da imagem: Reprodução/iStock)

Cartão de memória microSD – 2005

Variação desses primórdios da memória flash, o padrão microSD de cartões de memória foi usado inicialmente em celulares. Mas as suas medidas reduzidas e enorme espaço de armazenamento logo foram adotadas por outros tipos de aparelhos eletrônicos – incluindo GPS, som automotivo e câmeras digitais. Quando anunciados em 2005, os cartões dessa categoria tinham no máximo 128 MB.

Streaming

O streaming no formato que o conhecemos tomou forma no final da década de 80 e começou a se desenvolver nos anos 90, sendo que a primeira rádio online surgiu em 1994. Contudo, a infraestrutura precária e a baixa disseminação da internet nesse período fizeram que esse tipo de mídia demorasse para se popularizar.
Há aproximadamente três ou quatro anos é que o streaming ganhou força. Atualmente, existem inúmeros serviços em que você pode escutar música sem baixar nada, quando e onde estiver. Mais do que isso, você já pode assistir a filmes completos em alta definição diretamente do seu PC sem fazer o download de nenhum arquivo.



Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/infografico/30658-a-evolucao-do-armazenamento-de-musicas-infografico-.htm#ixzz28AvcVKKd

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Eric Hobsbawm 1917-2012: not the end of history


  • The Guardian

When future generations come upon the webpages and news bulletins of the last 24 hours, something may puzzle them about their contents. How was it, they may ask themselves, that the death of a venerable Marxist historian could be seen as such a large shared national loss by so many people whose assumptions and worldviews often had so little in common with his? Worthy of an obituary, of course. But a front-page news story?
It is not an unreasonable question. Part of the answer lies in the late Eric Hobsbawm's sheer academic productivity and prowess. He cast the net of his curiosity far wider than most historians. He knew so much about so many things in the history of so many countries. And he had an unrivalled ability to marshal them in clear prose. No wonder he was such a sage to so many.
Part of the answer also lay in his longevity. Mr Hobsbawm was still writing until within a few days of his death at 95. His final book of essays has yet to be published. He was lecturing and broadcasting until very late on. He was not just one of the master historians of the era but one of the last remaining first-hand witnesses of so many of its decisive events, too. Few historians were as interested as Mr Hobsbawm in explaining the politics and economics of the present in the light of the lessons of the past. He looked the facts in the eye and drew his conclusions – occasionally wrong ones. But it helped him progress from the communist rigidities of his youth – and it may explain why the Soviet Union never published his books. A few weeks before his death, Mr Hobsbawm remarked that he was amazed to have lived long enough to see another global capitalist crisis. But the existence of such crises was not a surprise to someone who had seen it all before.
Yet the one thing that, more than any other, accounts for Mr Hobsbawm's status in his own country was his readiness, at a crucial time in the late 20th century, to acknowledge the historical exhaustion of the dogma that industrial labour would overthrow capital and construct a socialist order. His essays in Marxism Today in the late 1970s and early 1980s – many of them reprinted and debated in this newspaper – marked the moment when the left painfully began to assess its failures and prospects. Some of it still has barely started to do so even now.
"We have no clear perspective on how the crisis can lead to a socialist transformation and, to be honest, no real expectation that it will," he wrote in 1978. More than 30 years on, we still live in that world today and that tough message is still true. Making sense of it requires tough reasoning. That was always Mr Hobsbawm's kind. It is needed more than ever now that he is no longer able to provide it.

Morre Eric Hobsbawm, um dos maiores historiadores do século 20


Getty Images
Hobsbawm, em foto de arquivo


O historiador britânico Eric Hobsbawm morreu em Londres aos 95 anos, segundo divulgaram seus familiares família nesta segunda-feira. 
A filha de Hobsbawn, Julia, disse que seu pai morreu no início da manhã no Royal Free Hospital, onde tratava uma pneumonia.
"Sua ausência será imensamente sentida não só por sua esposa de mais de 50 anos, Marlene, por seus três filhos, sete netos e bisnetos, mas também por muitos leitores e estudantes ao redor do mundo", informou um comunicado da família.
O intelectual é considerado um dos maiores historiadores do século 20 e escreveu "A Era das Revoluções" , "A Era do Capital" , "A Era dos Impérios" , "A Era dos Extremos" , traduzido em 40 línguas.
De família judia, Hobsbawm nasceu na cidade de Alexandria, no Egito, em 1917, o mesmo ano da Revolução Russa, que representou a derrocada do czarismo e o início do comunismo no país. 
Não por coincidência, a vida do historiador e seus trabalhos foram moldados dentro de um compromisso duradouro com o socialismo radical.
O pai de Hobsbawm, o britânico Leopold Percy, e sua mãe, a austríaca Nelly Grün, mudaram-se para Viena, na Áustria, quando o historiador tinha dois anos e, logo depois, para Berlim, na Alemanha. Hobsbawm aderiu ao Partido Comunista aos 14 anos, após a morte precoce de seus pais. Na ocasião, ele foi morar com seu tio.
Em 1933, com o início da ascensão de Hitler na Alemanha, ele e seu tio mudaram-se para Londres, na Inglaterra. Após obter um PhD da Universidade de Cambridge, tornou-se professor no Birkbeck College em 1947 e, um ano depois, publicou o primeiro de seus mais de 30 livros.
Hobsbawm foi casado duas vezes e teve três filhos, Julia, Andy e Joshua.
Na década de 80, Hobsbawm comentou sobre sua fuga da Alemanha. "Qualquer um que viu a ascensão de Hitler em primeira mão não poderia ter sido ajudado, mas moldado por isso, politicamente. Esse garoto ainda está aqui dentro em algum lugar - e sempre estará".
Obra
Entre as obras mais conhecidas de Hobsbawm, estão os três volumes sobre a história do século 19 e "Era dos Extremos", que cobriu oito décadas da Segunda Guerra Mundial ao colapso da União Soviética.
Já como presidente do Birkbeck College, ele publicou seu último livro, "Como mudar o mundo - Marx e o marxismo 1840-2011", no ano passado. O historiador afirmou que ele tinha vivido "no século mais extraordinário e terrível da história humana".
Marxista inveterado, ele reconheceu a derrocada do comunismo no século 20, mas afirmou não ter desistido de seus ideais esquerdistas.
Em abril deste ano, Hobsbawm disse ao colega historiador Simon Schama que ele gostaria de ser lembrado como "alguém que não apenas manteve a bandeira tremulando, mas que mostrou que ao balançá-la pode alcançar alguma coisa, ao menos por meio de bons livros".
Com EFE e BBC Brasil
    Fonte: Último Segundo IG

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