segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia de Drummond


Em homenagem à comemoração do aniversário de nascimento de nosso maior poeta, brindemos ao mesmo com poesias. Afinal hoje é dia D. Dia de Drummond.


Porque (Carlos Drummond de Andrade)

Amor meu, minhas penas, meu delírio,
Aonde quer que vás, irá contigo
Meu corpo, mais que um corpo, irá um'alma,
Sabendo embora ser perdido intento
O de cingir-te forte de tal modo
Que, desde então se misturando as partes,
Resultaria o mais perfeito andrógino
Nunca citado em lendas e cimélios
Amor meu, punhal meu, fera miragem
Consubstanciada em vulto feminino,
Por que não me libertas do teu jugo,
Por que não me convertes em rochedo,
Por que não me eliminas do sistema
Dos humanos prostrados, miseráveis,
Por que preferes doer-me como chaga
E fazer dessa chaga meu prazer?



A Verdade (Carlos Drummond de Andrade)

A porta da verdade estava aberta,
Mas só deixava passar
Meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
Porque a meia pessoa que entrava
Só trazia o perfil de meia verdade,
E a sua segunda metade
Voltava igualmente com meios perfis
E os meios perfis não coincidiam verdade...
Arrebentaram a porta.
Derrubaram a porta,
Chegaram ao lugar luminoso
Onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
Diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual
a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela
E carecia optar.
Cada um optou conforme
Seu capricho,
sua ilusão,
sua miopia.

domingo, 30 de outubro de 2011

A linguagem pomposa do "juridiquês"


Damásio Evangelista de Jesus
Damásio de Jesus é advogado, Professor de Direito Penal, Presidente do Complexo Jurídico Damásio de Jesus e Diretor-Geral da Faculdade de Direito Damásio de Jesus. Recebeu o Prêmio Costa e Silva e o Colar D. Pedro I, é Doutor Honoris Causa em Direito pela Universidade de Estudos de Salerno (Itália) e autor de livros na área criminal. 
Tornou-se uma característica própria do profissional do Direito e que o distingue dos demais profissionais. Daí falar-se até num idioma particular: o "juridiquês". Neologismo não incluído nos nossos dicionários, mas sobre o qual ninguém tem dúvida: é aquele linguajar rebuscado, pomposo, rico em citações latinas, nem sempre fiel à lógica visto juntar várias premissas que se abrem em várias proposições visando enriquecer a argumentação. É muito fácil, se o adepto do juridiquês não tiver uma base muito sólida de cultura geral e de conhecimento jurídico, que ele se perca no emaranhado de palavras que redundam sem nexo e, portanto, inócuo.
Mesmo quando o jurista é aquele considerado um dos melhores do País em todos os tempos, sua fala, em certos casos, pode induzir o interlocutor a uma confusão total. Acertou! Refiro-me a Rui Barbosa, o Águia de Haia, e à lenda que sobre ele se conta, misto de "causo" e piada. Dizem que certa noite Rui chega em casa e ouve barulho no quintal. Surpreende, então, já em cima do muro, para fugir com os objetos materiais do crime, um ladrão que tenta levar seus patos de estimação.
Rui, não se despojando da voz altiva, vocifera contra ele:
"- Ó bucéfalo anácroto! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos emplumados bípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito de minha residência, levando meus ovíparos à socapa e à sorrelfa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas, se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e altaneiro, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto de tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência do que o vulgo denomina partícula insignificante do átomo!"
O ladrão, sem pestanejar, respondeu ao mestre baiano:
"- Doutor, eu não entendi: levo ou deixo os patos?"
Ninguém, em sã consciência, duvidaria da proverbial cultura de Rui. Sabe-se que, na Conferência de Haia, quando perguntado em qual dos dois idiomas (Inglês ou Francês) falaria o representante do Brasil, ele teria dito: o representante do Brasil poderá falar na língua de seu interlocutor. É verdade que era poliglota. É fato que colocou à porta de sua casa em Londres, quando lá morou, uma tabuleta onde se lia: Ensina-se Inglês aos ingleses. Ninguém duvida de que era orador notável e jurista inconteste. Rui, entretanto, tinha, até mesmo por sua cultura, a dimensão plena do peso das palavras e do significado delas. É o que se deduz de outra história que sobre ele se conta e todo mundo conhece, segundo a qual, procurado por um fazendeiro que lhe pedia um parecer jurídico sobre contenda na qual estava envolvido, Rui, após tomar ciência do caso, emitiu parecer de meia página. Entregou-lhe a conta: 30 contos de réis. O cliente quase caiu de costas, reclamou. Rui, sem dizer palavra, pegou de novo o papel e rasgou com cuidado o seu nome e entregou o texto ao fazendeiro, dizendo: pode levar, é de graça. As palavras, no caso, por mais bem elaboradas que estivessem, nada valiam sem o peso de quem as validassem.
É isso aí, meus amigos. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Não se concebe um advogado que não domine a língua de maneira a elaborar uma petição, uma peça de acusação ou de defesa que não seja clara, precisa, correta e, se possível, rica na dose certa de elementos que substanciem o documento. Não se pode admitir um advogado que não consiga elaborar um pensamento lógico, corretamente expresso em língua nacional. Creio que é aí que reside o motivo mais forte para os desastres em que se transformam os Exames de Ordem.
Falar difícil, pomposamente, por manifestação escrita ou verbal, não se ensina nos bancos universitários. Um falar mais simples, mais conciso e mais direto também não se ensina nas salas de aulas. Ensina-se, ou dever-se-ia ensinar, a falar e escrever corretamente a língua portuguesa. Aprender de fato verbos, conjugação, concordância; estimular, se necessário, exigir leitura dos textos jurídicos e de textos da literatura universal. Muito do que se encontra na retórica dos advogados é bebido na cultura de todos os povos e isso não é possível passar num curso de cinco anos.
Daí que urge voltarmos ao bom Português, às leituras que podem enriquecer o nosso discurso e fundamentar nossa tese. Dessa forma, fatalmente sairá excelente peça. De outro modo, estaremos copiando seja um discurso empombado seja uma peça pueril, mas sempre pobre de qualidade.
Fonte: Jornal Carta Forense

Em que você acredita?


Natal é para a maioria dos brasileiros a principal data religiosa, mas, diante de uma sociedade cada vez mais materialista, muitos ignoram o lado espiritual dessa festa e a vêem apenas como uma época de trocar presentes. Há quem diga que as questões religiosas já não despertam tanto interesse, mas será que a sociedade não dá mesmo atenção à vida espiritual? Afinal, a fé é coisa do passado ou não? 

Uma pesquisa exclusiva de Seleções, realizada também em 14 países da Europa e na Argentina, investiga quais são as crenças do homem moderno no que se refere ao plano invisível e revela que 95,3% dos brasileiros crêem em Deus. 

No Brasil, a pesquisa foi realizada pela Internet com 2.600 pessoas maiores de 18 anos, das cinco regiões do país. A metodologia do levantamento permitiu aos entrevistados refletir sobre suas crenças e responder por escrito a algumas questões. 

"Há uma tendência de individualização da espiritualidade no mundo ocidental. As pessoas vivem suas crenças na intimidade, sem vínculos com instituições - por exemplo, lendo textos sagrados ou fazendo meditação em casa", afirma o professor Lísias Nogueira Negrão, coordenador do Centro de Estudos da Religião Duglas Teixeira Monteiro, da USP. E acrescenta: "Por aqui isso é mais acentuado: o brasileiro constrói o próprio cardápio religioso, combinando elementos de diversas religiões. É muito grande o número de pessoas com alguma duplicidade religiosa." 

A grande questão "Deus existe?", 95,3% dos consultados deram uma resposta firme e categórica: "Sim." 

"Deus, para mim, é uma certeza, um pai amoroso, zeloso, infinitamente justo e bom. Ele nos orienta, mas também nos chama à responsabilidade por intermédio de nossa consciência", diz o espírita Jessé Nunes Queiroz, 45 anos, do Rio de Janeiro. 

Dos 16 países pesquisados, a porcentagem dos brasileiros crentes em Deus só é menor do que a registrada na Polônia (97%). A média dos europeus que crêem em Deus é de 71%. (O índice mais baixo é o da República Checa - com apenas 37% - e Portugal é o segundo mais fervoroso - 90% acreditam em Deus -, seguido surpreendentemente pela Rússia, que tem 87% de fiéis, 15 anos após o desmantelamento do regime comunista.) Na Argentina, o índice chega a 74% e nos Estados Unidos, país de tradição cristã, outra pesquisa apurou 79% de crentes em Deus. 

Apenas 1,3% dos brasileiros pesquisados foram enfáticos ao responder "Não" à pergunta sobre a existência de um ser supremo. "Deixei de crer há cerca de dez anos, quando me dei conta da realidade do mundo. Não acredito em espiritualidade, e sim na ciência. Acho que para tudo existe uma explicação lógica", defende o ex-católico Danilo Neder, 21 anos, representante de vendas em Friburgo (RJ). 

De acordo com o IBGE, nos últimos 40 anos o número dos sem-religião no Brasil saltou de 0,5% para 7,4% da população. A falta de uma religião, no entanto, não significa que o brasileiro esteja se tornando ateu. De acordo com o estudo Mudança de religião no Brasil - desvendando sentidos e motivações, do Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (Ceris), dos brasileiros que se consideram sem-religião, menos de 1% se diz ateu. 

Quarenta e cinco por cento dizem ter uma espiritualidade própria, sem vínculos com instituições. "O estudo mostra que a discordância de princípios, normas e doutrinas leva ao abandono da religião. Dos sem-religião, 80,1% já haviam sido vinculados a uma. Hoje existe a valorização de uma religiosidade independente", ratifica a socióloga Sílvia Regina Fernandes, professora do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. 

Entre os sem-religião que responderam à pesquisa, Wilson Vidurrizaga Teles, 49 anos, não esconde sua decepção com as crenças tradicionais. "Acho que religião está virando um simples comércio. Não vejo necessidade de entrar numa igreja; para mim, é mais sensato me recolher e ler a Bíblia sozinho, na minha casa", afirma o inspetor de qualidade, que vive em Paranaguá (PR). 

Se deus tem muitas faces, as definições sobre o que Ele significa para cada pessoa também são infinitas. A maioria dos consultados (65,7%) acha que Deus é amor e, para 59,9%, Ele está presente na natureza. "Para mim, é um ser supremo, algo que não vemos, mas sentimos que existe. É como o ar", define a advogada Marivone Oliveira, 47 anos, de Recife (PE). A maioria também exalta Deus como um ser justo (59,7%); que dá livre-arbítrio (55,7%); que existe em nosso interior (46%); e é uma força impessoal (32,5%). 

"Deus é um pai que ama seus filhos e espera que eles um dia cheguem à perfeição, pois assim os criou", escreveu a nutricionista Celina Viezzer, 60 anos, de Porto Alegre (RS). 

Cada vez mais exercer a própria fé independe de pertencer a uma religião. Somos mais de 125 milhões de batizados na religião católica, segundo números do censo de 2000, mas, de acordo com estudo do Ceris, somente 29,3% declaram ir à missa pelo menos uma vez por mês. 

"Já freqüentei muito a missa, mas hoje meu contato com Deus é direto: a qualquer momento que quiser, posso orar", diz o jornalista Luiz Ari Teixeira, 49 anos, de Ponta Grossa (PR). 

Em outros países de grande tradição católica, como a Irlanda ou a Polônia, que também contam com uma significativa maioria de pessoas batizadas no catolicismo, mais de 60% delas vão regularmente à missa. 

Para os brasileiros, a vida cotidiana da fé se expressa em outro leque de possibilidades muito amplo, que se estende bem além das paredes de um templo. 

"Raramente vou à missa, mas não vivo sem Deus. Agradeço a Ele ao acordar, várias vezes durante o dia e ao me deitar. Aprendi a não me queixar da vida: sei que Deus sabe o que faz e sempre nos favorece", afirma a universitária Goretti Andrighetti, 37 anos. 

Esse testemunho coincide com o de muitos outros consultados na pesquisa, que, embora não participem ativamente de um culto, dedicam parte de seu tempo à vida interior e espiritual. Basta ver que 93,7% acreditam no poder das orações. 

Mas se a pesquisa de Seleções não deixa dúvidas de que Deus existe para quase todos os brasileiros, ela também mostra alguns traços particulares de nossa religiosidade: num país 74% católico, somente 58,2% acreditam na vida após a morte. "Deus para mim é tudo, mas acho que a vida só tem significado se houver outra após esta aqui. As pessoas que a gente ama, e que já morreram, devem estar olhando por nós", pondera o católico Maurílio Pedro Leite, 39 anos, fiscal da Secretaria da Fazenda, de Penha (SC). Já o veterinário Marcos Paulo Pinheiro, 30 anos, de Salvador (BA), é como São Tomé: "Creio em Deus e agradeço a Ele tudo o que me acontece de bom, mas para mim a gente nasce, cresce, se reproduz e morre. Depois, acabou. Precisaria ver para acreditar que existe vida após a morte." 

A sondagem revelou ainda que mais da metade dos internautas consultados crê na força do destino (52,9%) e em mau-olhado (51,5%). 

"A fé dos brasileiros não está num Deus transcendental que protege e cobra um comportamento ético. Há uma expectativa mágica em relação a Deus, daí podermos coagi-lo com promessas, oferendas ou gestos como bater na madeira", explica o professor Eurico Gonzalez dos Santos, do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília. 

Metade dos participantes afirmou acreditar que o Céu, ou Paraíso, é uma realidade e que os espíritos do bem existem; e um número muito próximo (48%) crê também na existência de espíritos malignos. 

"Eu acredito em tudo: espíritos, feitiçaria, horóscopo e até em simpatias, que já fiz e funcionaram. Às vezes também acendo uma vela para meu anjo da guarda", confessa a artesã Verônica Quintana, 21 anos, de Foz do Iguaçu (PR). 

O rol de crenças não pára por aí: 38% dos consultados acreditam em passes (ato de passar as mãos repetidas vezes diante ou acima de uma pessoa, com o objetivo de magnetizá-la ou curá-la pela força mediúnica) e em previsões do futuro por meio de: horóscopo (22,6%), quiromancia (16,3%) e tarô (15,9%). 

Você crê em Deus? Sim. 
Polônia - 97% 
Brasil - 95% 
Portugal - 90% 
Rússia - 87% 
Áustria - 84% 
Espanha - 80% 
Suíça - 77% 
Argentina - 74% 
Finlândia - 74% 
Hungria - 73% 
Alemanha - 67% 
Reino Unido - 64% 
França - 61% 
Bélgica - 58% 
Países Baixos - 51% 
República Checa - 37% 

Você crê em vida após a morte? Sim. 
Polônia - 81% 
Áustria - 67% 
Suíça - 64% 
Espanha - 60% 
Brasil - 58% 
Reino Unido - 58% 
Portugal - 57% 
Finlândia - 51% 
Rússia - 51% 
França - 45% 
Países Baixos - 45% 
Alemanha - 43% 
Hungria - 43% 
Bélgica - 37% 
República Checa - 36% 

Eu creio num Deus que... 
É amor - 65% 
Está presente na natureza - 60% 
É justo - 59% 
Nos dá livre-arbítrio - 55% 
Está presente no interior do homem - 46% 
É uma força impessoal - 32% 
Recompensa os bons e castiga os maus - 14% 
É uma pessoa - 7% 

O brasileiro acredita em...? 
Poder das orações - 93% 
Mau-olhado - 51% 
Poder dos passes - 38% 
Horóscopo - 22% 
Bruxaria e feitiços - 21% 
Quiromancia - 16% 
Tarô - 16% 
Correntes de e-mails - 10%

São Luís sediará a Feira do Artesanato Mundial



A cidade de São Luís receberá pela primeira vez a Feira do Artesanato Mundial (Fam). Promovida pela Charph Eventos, a Fam será aberta nesta sexta-feira, 04, no Espaço Renascença, e ficará em exposição até o dia 13 de novembro. Em exposição a cultura e o artesanato de mais de 20 países, dentre eles, Índia, Japão, Síria, Líbano, Senegal, Marrocos, Equador, Indonésia, Egito, Turquia, Quênia, Peru e Tunísia.

Para o diretor presidente da Charph Eventos, Charlton Gallisa, os objetos étnicos dão um tom de personalidade e sofisticação aos ambientes. “Há objetos e móveis deslumbrantes que são a cara do lugar em que foram feitos :Bali, Índia, Tailândia e África. Misturar as peças étnicas ao que você gosta naturalmente, e ao que já existe na sua casa, é a melhor pedida”, disse Gallisa.
A diretora executiva da Charph Eventos, Hilda Alves,informa que a Feira do Artesanato Mundial proporcionará aos visitantes a possibilidade de “viajar” em busca de novas culturas. “Com este evento trazemos diversos artigos artesanais típicos de cada país, de cada cidade turística representada na Fam, com diversas matérias primas, que são utilizadas paracriar peças de artes”, afirma.
A Feira do Artesanato Mundial surge como alternativa de lazer para os turistas presentes na capital maranhense adquirirem produtos vindos de diversos países, com destaque para os trabalhos de marchetaria com chifres e madre-pérola, aplicados em objetos de decoração e utilidades para o lar, vindos da Índia. “São vasilhas, pratos, talheres eaparelhos de jantar que irão encantar o público”, finaliza Hilda Alves.
Fonte: Jornal Pequeno

Tempestade de neve mata 3 e deixa milhões sem luz nos EUA


Portal Terra
Pelo menos três pessoas morreram e cerca de 2,5 milhões ficaram sem energia elétrica por causa de uma tempestade de neve que atinge o nordeste dos Estados Unidos desde o sábado, de acordo com as autoridades citadas pela agência BNO News. O número de residênciassem luz pode aumentar, uma vez que o tempo deve continuar o mesmo neste domingo.
O local mais castigado é o Estado de Massachusetts, onde a Agência Nacional de Meteorologia registrou 58,4 cm de neve desde o começo da sexta-feira. Fortes nevascas também foram vistas em Nova York, Nova Jersey, New Hampshire, Connecticut e diversos outros Estados.
Nova York, Nova Jersey, Massachusetts e Connecticut decretaram estado de emergência
Nova York, Nova Jersey, Massachusetts e Connecticut decretaram estado de emergência
No sudeste da Pensilvânia, um homem de 84 anos morreu depois de sair do seu carro e tocar em uma cerca que foi eletrificada após ser atingida por linhas de alta tensão. Em Massachusetts, um jovem de 20 anos morreu após sofrer um choque de um poste caído. Finalmente, em Connecticut, uma pessoa ainda não identificada morreu após um acidente de trânsito, causado pela pista escorregadia.
Os governadores de Nova York, Nova Jersey, Massachusetts e Connecticut decretaram estado de emergências nas cidades mais castigadas pela tempestade. As pessoas estão sendo aconselhadas a ficarem em suas casas até que as condições melhorem.
Fonte: JB/Terra

Comunidade britânica concorda com mudanças de regras de sucessão



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Os 16 países membros da Commonwealth (Comunidade Britânica), que têm a rainha Elizabeth como chefe de Estado, concordam com a mudança nas regras de sucessão ao trono da Inglaterra, com o objetivo de acabar com primazia masculina de acesso à coroa, anunciou o primeiro-ministro britânico David Cameron.

Estas mudanças possibilitarão também que o herdeiro real possa se casar com uma católica, sem renunciar à coroa. "Terminaremos com a regra da descendência masculina e no futuro a ordem de sucessão será simplesmente determinada pela ordem de nascimento", acrescentou Cameron em Perth (sudoeste da Austrália), onde é realizada a 21ª reunião da Commonwealth. O primeiro filho do príncipe William e de sua esposa Catherine pode herdar o trono, seja qual for seu sexo.

"Eliminamos a regra que indica que quem se casar com uma católica não poderá ser monarca", acrescentou Cameron em uma coletiva de imprensa. Cameron tem o apoio político para fazer as mudanças, mas precisa da aprovação dos outros 15 países da Commonwealth, incluindo Canadá, Austrália, Nova Zelândia e pequenas nações do Caribe e do Pacífico.

As autoridades britânicas mostraram-se até agora reticentes em revisar as regras de sucessão por medo de que a reforma alimentasse os movimentos antimonárquicos. Mas o tema voltou à tona com o casamento em abril do príncipe William, segundo na ordem de sucessão ao trono, e as comemorações no próximo ano dos sessenta anos de reinado de Elizabeth II, dois acontecimentos que podem gerar apoios, segundo especialistas.

Fonte: Istoé

Rolls-Royce começa a vender modelos no Brasil

 
A Rolls-Royce começará a vender seus modelos exclusivos de carros no Brasil. O País torna-se assim o primeiro da América do Sul a receber uma representação dessa marca – e o último do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China). A estimativa é que se vendam 15 carros por ano. Cada um pelo preço médio de R$ 2,2 milhões. 

Fonte: Istoé

sábado, 29 de outubro de 2011

AC/DC - You shook me all night long



Judiciário congestionado: justiça tardia é injustiça



Por Luiz Flávio Gomes* e Mariana Cury Bunduky**

A chamada taxa de congestionamento tem como finalidade aferir anualmente o percentual de processos não baixados no Judiciário. Após divulgar que o congestionamento do Judiciário brasileiro (considerado em sua totalidade) foi de 70% em 2010, o CNJ publicou um relatório detalhado do estudo Justiça em Números acerca do congestionamento em cada esfera e instância do país[1].


Assim, a Justiça Estadual fechou o ano de 2010 com uma taxa total de 72% de congestionamento. Na Primeira Instância da esfera Estadual houve 60% de congestionamento em relação aos processos de conhecimento e Juizados Especiais e 85,6% relativamente aos processos de execução. Já na Segunda Instância, a taxa de congestionamento foi de 48%.


Na Justiça Estadual, de cada 100 processos de conhecimento que tramitaram em 1º Grau em 2010, 60 não foram resolvidos; de cada 100 processos de execução existentes, 85 não foram concluídos e de cada 100 recursos que chegaram aos tribunais estaduais, 48 não foram julgados.

Em relação à Justiça do Trabalho, em Primeira Instância houve uma taxa de congestionamento de 35,8% em relação aos processos de conhecimento e Juizados Especiais, 67,8% em relação aos processos de execução e em Segunda Instância o congestionamento foi de 27,7%.

Já na Justiça Federal a taxa de congestionamento em Primeira Instância foi de 58% em relação aos processos de conhecimento e Juizados Especiais, 84,6% relativamente aos processos em fase de execução. Em Segunda Instância, o total foi de 68,3%. 

O Poder Judiciário brasileiro encontra-se seriamente congestionado não só em sua totalidade, mas também em cada uma de suas esferas e instâncias. Considerando a fase de execução, a taxa de congestionamento ultrapassa todas as demais. O autor da ação ganha mas, depois, na fase de execução, não leva. E muita gente, que perdeu a ação, se vale do Judiciário para protelar o cumprimento da sua responsabilidade. Sobretudo o Estado. A sensação de ineficiência e ineficácia da justiça brasileira é cada vez maior. Isso é muito ruim para a imagem do Judiciário, visto que para ele a confiança é o eixo sobre o qual se ampara sua existência.

*LFG – Jurista e cientista criminal. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto de Pesquisa e Cultura Luiz Flávio Gomes. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). Acompanhe meu Blog. Siga-me no Twitter. Assine meu Facebook.
** Advogada e Pesquisadora do Instituto de Pesquisa e Cultura Luiz Flávio

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