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domingo, 8 de julho de 2012

Calçada da memória: o rosto da decência (Gregory Peck)


Na primavera de 1939, Gregory Peck (1916-2003) cabulou a cerimônia de formatura em Inglês, em Berkeley, e foi de trem para Nova York com 160 dólares e uma carta de apresentação para tentar a carreira de ator. Teve êxito mais cedo do que esperava. Estreou na Broadway em 1942, na peçaThe Morning Star, e no ano seguinte em Hollywood, em Quando a Neve Tornar a Cair, de Jacques Tourneur.
Gregory Peck, o homem correto para quem era mais desafiador tornar um bom sujeito interessante nas telas do que um vilão
O papel de um padre em seu segundo filme, As Chaves do Reino (John M. Stahl, 1944), rendeu-lhe a primeira de suas cinco indicações ao Oscar, que acabaria vindo em 1962, por O Sol É para Todos, de Robert Mulligan.
De figura imponente (1,91 m) e austera, com uma voz grave que quase nunca subia de tom, Peck encarnou em geral o homem reto, de bons princípios, defensor da justiça e da verdade. Mas seu estilo econômico de atuação lhe permitiu representar também homens atormentados pela luxúria (Duelo ao Sol, de King Vidor), pela culpa (Quando Fala o Coração, de Hitchcock) ou pela obsessão (Moby Dick, de John Huston). Encarnou até o monstro nazista Josef Mengele, em Meninos do Brasil, de Franklin Schaffner.
Por conta de sua imagem séria, fez poucas comédias. Uma exceção notável foi A Princesa e o Plebeu(William Wyler, 1953), a deliciosa estreia de Audrey Hepburn.
Católico e progressista, Peck participou de passeatas contra a guerra e pelos direitos civis, e achava que a Igreja devia se abrir em questões como o aborto e a contracepção.
“Dizem que encarnar vilões é mais interessante, mas representar os bons sujeitos é desafiador justamente porque é mais difícil torná-los interessantes”, costumava dizer.
DVDs
Quando Fala o Coração (1945)
O novo diretor de uma clínica para doentes mentais (Peck) começa a ter um comportamento estranho, aos olhos de uma psiquiatra (Ingrid Bergman). Ele pode ser impostor,  assassino ou vítima de amnésia. Curiosa incursão de Hitchcock pela psicanálise, com sequência de sonhos desenhada por Salvador Dalí.

Círculo do Medo (1962)
Depois de passar oito anos na cadeia, Max Cady (Robert Mitchum) passa a atormentar a família do advogado Sam Bowden (Peck), que testemunhou contra ele no tribunal. O clima de crescente terror do filme de J. Lee Thompson é exacerbado no remake de Scorsese (Cabo do Medo, 1991), em que Peck vive o advogado de Cady.

O Sol É para Todos (1962)
Na época da Depressão, no Sul dos EUA, o advogado Atticus Finch (Peck) defende um negro acusado injustamente de estupro. Célebre libelo contra o racismo. Em eleição realizada pelo American Film Institute, Atticus foi escolhido “o maior herói do cinema em todos os tempos”, deixando para trás Indiana Jones e James Bond.

Fonte: www.cartacapital.com.br/cultura/0-rosto-da-decencia

terça-feira, 12 de junho de 2012

Rio+20 já tem a sucessora da menina de 12 anos que encantou a Rio-92


Loira, bonita, 17 anos. A neo-zelandesa Brittany Trilford tem tudo para ficar conhecida como o rosto da Rio+20. Vencedora de um concurso internacional, chamado “Encontro com a História”, ela foi escolhida para representar a juventude e as futuras gerações na conferência internacional, promovida pela ONU, que ocorre entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro.
Brittany é uma espécie de sucessora de Severn Suzuki, a jovem canadense de 12 anos que discursou na Rio-92 para os principais chefes de Estado do planeta. Fenômeno no Youtube, o discurso da menina entrou para a história do evento. Na ocasião ela cativou a plateia com palavras ingênuas, mas fortes:
“Estou aqui para falar para todas as futuras gerações. Estou aqui em nome das crianças famintas ao redor do mundo cujo choro não é ouvido. Estou aqui para falar para os inúmeros animais que estão morrendo porque não têm para onde ir...”

O concurso que elegeu a sucessora de Severn foi organizado por importantes ONGs de ação global, ligadas a questões de clima e meio ambiente. Brittany enviou um vídeo de três minutos, intitulado “O futuro que eu quero”, no qual alerta governos e empresas multinacionais para os riscos do desenvolvimento desenfreado.

Curiosamente, Severn Suzuki participou do júri que escolheu Brittany Trilford para discursar na Rio+20. A ex-ministra Marina Silva e o ator Sergio Marone também integraram a equipe de avaliadores, assim como Leonardo di Caprio, entre outros conhecidos ativistas da causa ambiental.
Severn Suzuki, o rosto da Rio 92, tem hoje 32 anos. Formada em Yale, desenvolveu uma carreira como bióloga e ambientalista. Chegou a ter um programa de televisão no Canadá, onde vive. Sua presença é esperada na Rio+20, mas foi cancelada no evento do TEDxRio. Em depoimento à Lisa Kaas Boyle, publicado no “Hunffington Post”, Severn deu o seguinte conselho a Brittany:
“Não tenha medo de dizer a verdade para o mundo. Mais do que nunca, precisamos da voz da juventude para quebrar a justificativa dos que continuam a colocar o lucro à frente da saúde das pessoas, da sustentabilidade e da justiça para o futuro. Lembre-se que você está representando aqueles que não são ouvidos.”
Fonte: UOL Notícias

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