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terça-feira, 17 de julho de 2012

Na estrada com Jack Kerouac


Filme e livro sobre a obra do escritor americano lançam nova luz sobre o fundador do movimento beat e um dos autores mais influentes do século passado

Ivan Claudio
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SEM DESTINO
Sam Riley e Garrett Hedlund em "Na Estrada": viagem aos
confins dos EUA como gesto de rebeldia e autoconhecimento
Essa é apenas uma das muitas lendas que envolvem a criação do livro “On the Road”, a bíblia da geração que colocou os pés na estrada a partir dos anos 1950, e de seu autor, o “rei dos beatniks” Jack Kerouac (1922-1969). Tendo à frente o romance finalmente publicado após uma década de visitas a editoras, o escritor senta-se diante da máquina de escrever e redige uma longa carta com a mesma velocidade com que datilografara os 36 metros de rolo de papel que originaram sua obra mítica. O destinatário: Marlon Brando. “Estou rezando para que você compre ‘On the Road’ e faça dele um filme. Eu visualizo os planos magníficos que poderiam ser feitos com a câmera no banco da frente do carro mostrando a estrada através do para-brisa enquanto Sal e Dean jogam conversa fora.” Sal é Sal Paradise, seu alter ego nesse enredo à deriva em que dois amigos viajam de carro pelos EUA numa aventura regada a jazz, sexo, drogas e busca do autoconhecimento. Dean é Dean Moriarty, o seu parceiro de estrada, inspirado no ex-ladrão de carros e vagabundo com pretensões literárias Neal Cassidy. A ideia de Kerouac era que Brando interpretasse Dean e ele próprio, Sal. “Vamos lá, Marlon, arregace as mangas e responda”, termina a carta. O ator nunca lhe respondeu e, desde 1957, ano da correspondência, tentava-se levar para as telas esse clássico da contracultura que ainda faz a cabeça de jovens de sucessivas gerações. Eis alguns nomes: Francis Ford Coppola, Jean-Luc Godard, Joe Schumacher, Gus Van Sant. Quem conseguiu o feito foi justamente um brasileiro, Walter Salles, que lança o filme no País no dia 13. Antes, já nessa semana, chega às livrarias “Na Estrada com Jack Kerouac”, número especial da revista “Select”, feita em parceria com a publicação francesa “Trois Couleurs”. O dossiê de 194 páginas reúne um vasto material sobre o escritor, a gênese de sua obra cultuada e a realização do filme, que consumiu oito anos.
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MITO
A obra de Kerouac é analisada sob diferentes
ângulos no livro "Na Estrada com Jack Kerouac"
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Um dos raros documentos mostrados na revista é justamente a carta de Kerouac a Brando, descoberta em 2005. “Conseguimos muitos outros”, afirma Elisha Karmitz, editor-chefe da “Trois Couleurs” e filho de Marin Karmitz, produtor do filme “Na Estrada” em parceria com Roman Coppola. “Um dos nossos jornalistas teve acesso aos blocos de notas de Kerouac nos quais ele listava as garotas com quem teve contato e as estradas por que passou.” Os capítulos de making of são um luxo à parte, reproduzindo croquis dos cenários acompanhados das respectivas cenas, prova de como a realização do longa-metragem foi meticulosa. “Essa foi uma das partes mais difíceis dessa aventura”, afirma Walter Salles. “Os EUA tiveram sua geografia homogeneizada. Você roda 500 km e encontra o mesmo shopping, as mesmas lojas de fast-food. É desesperador. Isso nos obrigou a ir longe, cada vez mais longe, em busca daquela última fronteira americana que os personagens do livro tentam encontrar.” Enquanto procurava locações, Walter realizou o documentário “Em Busca de On the Road” totalizando 100 horas de gravação: “Queria entender melhor Kerouac, sua trajetória de filho de imigrantes, de escritor entre culturas, a geração que ele ajudou a fundar. E também as rotas do livro, os seus personagens.” Para isso, teve contato inclusive com as pessoas reais que inspiraram o autor, caso de Carolyn Cassidy, mulher de Neal Cassidy. Conheceu também o filho de Neal, John Cassidy. “Conversamos com ele durante seis horas, bebendo, tocando músicas juntos e rememorando histórias do passado.”
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Depois de seis anos de pesquisa, o cineasta rodou o longa em 69 dias, reproduzindo, de certo modo, a própria criação do romance “On The Road”. Outra lenda em torno do livro diz que ele teria sido escrito num jorro criativo em três semanas, depois de “sete anos de estrada”. Esse período de gestação da obra, entremeado à formação do grupo beatnik (que incluía o poeta Allen Ginsberg e o romancista William Burroughs), reserva os melhores textos de “Na estrada com Jack Kerouac”. O Brasil é o primeiro país a lançar a publicação, que repercute a importância do filme de Salles. “O enfoque multidirecional resultou em um belo mapeamento das influências do livro sobre áreas tão diversas quanto a literatura, a música, as artes visuais, a moda, o turismo e o comportamento de várias gerações”, afirma Paula Alzugaray, diretora de redação da “Select”.
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sábado, 12 de maio de 2012

SÃO LUÍS PARTICIPA DO MOVIMENTO MUNDIAL "12 M"


São Luís participa do movimento mundial "12M" São Luís participa do movimento mundial "12M"

Há cerca de um ano, na Espanha, milhares de pessoas foram às ruas contra as políticas governamentais diante da crise financeira, iniciando um movimento que ficou conhecido como 15M, em referência à passeata do dia 15 de maio.
Este ano, o 12 de maio foi escolhido por ativistas dos movimentos "Occupy" de todo o mundo para a realização de uma mobilização global batizada de 12M. Os manifestantes criticam a concentração de poder de decisão nas mãos de políticos e corporações e reivindicam maior participação popular nas decisões.
No Brasil, ao menos 10 cidades participam do 12M, realizando ações neste sábado e São Luís está entre elas.´

Fonte: Suacidade.com

domingo, 8 de abril de 2012

Tuaregues: QUEM SÃO OS HOMENS QUE DIVIDIRAM O MALI




Margarida Santos Lopes - Público

Eles querem ser chamados tamasheq, o nome da sua língua, porque recusam ser os "abandonados por Deus". No Norte do Mali, já proclamaram uma nova pátria. Quem são os guerreiros de véu e turbante azul?

Referenciados pela primeira vez por Hérodoto, no século V. a.C., os nómadas do deserto têm uma cultura e uma identidade únicas.

Azawad

Situada nos vastos desertos do Sara e do Sahel, Azawad ou Azaouad é uma região na qual os tuaregues incluem o Norte do Mali (mas também o Norte do Níger e o Sul da Argélia). O Movimento Nacional para a Libertação do Azawad (MNLA) proclamou nesta sexta-feira um Estado independente após a rápida conquista ao exército maliano das cidades de Tombuctu, Kidal e Gao. Uma área que é supostamente um centro de tráfico de cocaína, Awazad foi cenário de várias rebeliões: em 1962-1964, em 1990-1995 e em 2007-2009. A revolta deste ano derrotou facilmente um exército, com poucas munições e muitos generais corruptos, incapaz de enfrentar milhares de antigos soldados e mercenários tuaregues que regressaram ao Mali bem treinados, financiados e armados, depois de terem servido Muammar Khadafi na Líbia, até à queda e morte do coronel em 2011. Obter o reconhecimento internacional será agora o objectivo da luta do secessionista ainda que "laico e democrático" MNLA. Mas tudo dependerá da sua vontade e capacidade de derrotar os radicais salafistas do Ansar Dine e da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), que querem islamizar todo o Mali.

Berbere

O termo "berbere" advirá do latim barbarus (bárbaro), mas os berberes tuaregues - cerca de um milhão - preferem chamar-se Imazighen (homens livres). Originalmente brancos do Mediterrâneo, foram-se misturando com as populações do Sara e do Sahel e, hoje, podem ser louros ou ruivos (nas montanhas Atlas de Marrocos) ou de pele negra (na região subsariana). Não é possível determinar como os tuaregues chegaram ao Norte de África, mas confirma-se que são um grupo berbere com a sua própria língua (Tamashek) e alfabeto (Tifinagh). Quem primeiro registou a existência destes nómadas terá sido Heródoto, no século V a.C., na Líbia. Guerreiros de espada (takoba), lança (allagh) e escudo (aghar), os tuaregues controlaram durante séculos as grandes rotas comerciais que atravessavam o Sara. Só em 1917 é que a Legião Estrangeira - depois de anos de combates e massacres - conseguiu "pacificar" os tuaregues. Findo o período colonial, nos anos 1960, o território dos nómadas foi artificialmente dividido por vários países independentes: Argélia, Burkina Faso, Líbia, Mali e Níger.

Charles de Foucauld

Descendente de cruzados e oriundo de uma família aristocrata e próspera, Charles Eugène de Foucauld nasceu em Estrasburgo em 1858. Aos 26 anos, depois de "uma vida de luxúria e aventuras amorosas" como geógrafo e oficial de cavalaria do Exército francês, deixou de ser agnóstico e tornou-se padre eremita. Em 1905, foi viver entre os tuaregues, na região argelina de Ahaggar. Recentemente beatificado pelo Vaticano, foi durante muito tempo olhado como "espião disfarçado de monge", mas todos lhe reconhecem, agora, a divulgação, local e internacional, da língua e cultura tuaregues. A 1 de Dezembro de 1916, salteadores atacaram o seu refúgio e um deles matou-o a tiro. O "irmão universal" morreu aos 58 anos, mas tem hoje 15 mil discípulos, entre eles a Fraternidade das Irmãzinhas de Jesus, que chegou em 1939 a Portugal, onde as suas religiosas, que não são missionárias, vivem e trabalham com os mais pobres, em bairros degradados, fábricas ou prisões.

Dassine

Sultana do Deserto, Rainha do Amor ou Mensageira da Paz, é assim que os tuaregues reverenciam a sua grande poeta Dassine Oult Yemma. Dois versos que eles repetem: "A água murmura "Eu amo-te" quando toca os nossos lábios com o mais suave dos beijos"; "Que interessa esses véus sob os quais te escondes - eu afasto-os tal como o sol desvia as nuvens". A poesia ocupa um espaço fundamental na cultura tuaregue, e um tema recorrente é o dos corações destroçados. Na língua Tamasheq, a palavra "calor" (tuksé) deriva de "sofrimento". Veja-se este poema, composto em 1890: En ce jour que j"ai quitté Tella/ elle tenait une réunion galante pour les personnes présentes ; je suis parti/ l"âme brûlée de douleur, le cœur embrasé/ semblable à un tison enflammé/ sur lequel souffle le vent et qui brûle de tous côtés. / Je prie Dieu de me faire voire celle que j"aime/ pour que je ne meure pas ici de la douleur de son absence.

Feudal

Os tuaregues mantêm um sistema hierárquico feudal de clãs (tawshet), que consiste num pequeno número de famílias nobres e tribos de marabus ("homens santos, com poderes de abençoar, proteger e curar, mesmo depois da morte"); uma maioria de vassalos e três "classes inferiores" de antigos escravos. Os iklan apascentam o gado, cozinham (a alimentação básica dos tuaregues é queijo e manteiga de cabra com tâmaras - a carne é limitada a ocasiões festivas) e fazem outras tarefas domésticas; os inaden são sobretudo artesãos e ferreiros; os harratin, de pele negra, trabalham nos campos onde se cultiva milho, centeio e trigo.

Islão

Muçulmanos mas não árabes, os tuaregues preservam rituais animistas, rezando a divindades do deserto, como pedras, água, fogo e montanhas. Na prática islâmica de lavar as mãos, a água, cada vez mais escassa, é substituída pela areia. No Norte do Mali, onde os tuaregues proclamaram agora um Estado independente, predomina a escola teológica maliquita do sufismo, corrente mística e tolerante da religião "revelada" a Maomé.

Kel Tamasheq

Ainda que divididos em várias tribos e clãs, os tuaregues fazem questão de afirmar a sua identidade única chamando-se a si próprios Kel Tamasheq, ou "Os que falam Tamasheq". Há uma campanha em curso para que sejam designados como tamasheq e não tuaregues - termo cuja origem tem suscitado várias interpretações: uns alegam que provém do árabe Tawariq, com o significado de "abandonados por Deus"; outros ligam-no a Targa, em Fezzan, actual Líbia. Os tuaregues/tamasheq têm o seu próprio alfabeto, Tifinagh, composto por símbolos geométricos, um total de 24, na forma de linhas, pontos, círculos e formas. Este alfabeto escreve-se da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, de cima para baixo ou de baixo para cima - por isso é de difícil leitura. A origem do Tifinagh é indefinida. Alguns sugerem que não há nada de implicitamente amazigh (língua berbere), mas os tuaregues insistem em que é indígena. Para eles, Tifinagh é um termo composto por "Tifi", que significa "descoberta", e pelo adjectivo possessivo "nnagh", com o significado de "nosso". Assim sendo, Tifinagh quererá dizer "a nossa descoberta". Outras teorias referem que o alfabeto provém do Egipto ou do Sul da Arábia; do grego ou do latim; dos cartagineses ou dos fenícios.

Mulheres

As mulheres tuaregues gozam de grande respeito e liberdade, participam nas decisões da família e da tribo, e podem manter relações com homens antes do casamento, rompendo a tradição ortodoxa islâmica. Um dos provérbios deste povo diz: "As mulheres e os homens são, uns e outros, para os olhos e para o coração; não apenas para a cama". São uma sociedade matrilínia (a liderança, a descendência e a herança são definidas pela linha da mãe), mas não matriarcal (o poder é detido pelos homens). São as mães que ensinam às filhas o alfabeto Tifinagh e arte de tocar o violino imzad - arte exclusiva das mulheres. Diz-se que, nos combates, os homens faziam tudo para demonstrar coragem, com medo que as noivas os privassem dos sons do imzad. O desejo de ouvir este instrumento incutia-lhes valentia e incitava-os a derrotar os inimigos.

Nómadas

Se inicialmente eram nómadas errantes do deserto, muitos tuaregues foram obrigados, para sobreviver, a render-se ao sedentarismo. Em todo o caso, muitos ainda vagueiam errantes em tendas móveis, um apertado círculo de 5 ou 6. Uma tenda é composta de 30 a 40 peles curtidas, tingidas de vermelho e cosidas umas às outras. As peles são suportadas por uma estrutura de estacas de madeira, fixadas ao solo. Cada tribo é governada por um chefe e uma assembleia de homens adultos. As tribos agrupam-se em três confederações, cada uma com um xeque e um conselho de responsáveis de clãs. As confederações, por seu turno, têm um líder máximo (amenokal) e um conselho de nobres. Entre as tribos mais importantes estão as de Kel Rhela, Dag Rhali, Issaqqamaren e Ait Laoin.

Oy ik?

Os tuaregues têm uma forma muito particular de cumprimentar os outros. No dialecto regional Air, por exemplo, começam por perguntar Oy ik? (Como está?), seguindo com Mani egiwan? (Como está a sua família?) e depois por Mani echeghel? (Como vai o seu trabalho?). A resposta mais educada a todas estas interpelações será Alkher ghas (Está tudo de boa saúde).

Sedução

Os tuaregues têm um ritual a que chamam "código de sedução". No silêncio do deserto, de manhã até ao meio-dia, antes do pôr-do-sol, ou à noite, sob um céu estrelado, juntam-se para tocar o violino imzad e cantar poemas. Depois de recolherem o leite dos rebanhos e antes de irem para a cama, os homens pedem às organizadoras destas reuniões sociais ou encontros românticos (djalsa) se os voltam a convidar. Para saberem, discretamente, a resposta das mulheres que querem conquistar, usam linguagem gestual. Desenhar um círculo na palma da mão de uma jovem e depois apontar para lá com o dedo indicador é uma declaração de amor. Se a jovem pega na mão direita do pretendente e com o seu indicador traça uma linha diagonal para a frente e depois para trás, isto significa: "Deixa o resto das pessoas e vem para junto de mim". Se ela traça a linha diagonal numa só direcção, a mensagem é: "Vai-te embora, e não voltes." Se um homem notar que a rapariga é disputada por um rival, tem de recuar. Se dois pretendentes gostam da mesma mulher, o mais novo deve ceder o lugar ao mais velho - excepto se a rapariga fizer a escolha contrária.

Tin Hinan

Venerada pelos tuaregues como a sua primeira Tamenokalt (rainha), Tin Hinan ainda hoje é designada, por eles, como "Mãe de todos nós". Dizem lendas que, viajando com a sua dama de companhia, Takamat, deixou Tafilalet, nas montanhas Atlas de Marrocos, para se instalar no território desértico de Hoggar ou Ahaggar, no Sul da Argélia. Aqui, não hesitando em recorrer às armas, Tin Hinan uniu vários clãs dispersos e fez deles uma "nação". O seu túmulo terá sido encontrado, em 1920, por arqueólogos, em Abalessa, na Argélia.

Véu

Entre os tuaregues, são os homens, e não as mulheres, que ocultam o rosto. Há três tipos de véu-turbante, com um comprimento que oscila entre os 3 e os 5 metros, deixa à vista apenas os olhos, cobrindo a cabeça, a testa, quase todo o nariz e a boca - "uma zona de poluição e de desrespeito se exposta perante outros". Assim, temos o tagelmoust ou alechcho (azul-índigo), hoje quase exclusivo das classes mais altas; o khent, que pode ser usado em todas as ocasiões e no dia-a-dia; e o agora mais comum echchach (branco, negro ou azul-escuro, de custo e qualidade inferior). Não há dados concretos sobre quando é que os tuaregues começaram a usar o tagelmoust, porque até 1920, segundo várias fontes, era mais visível o tekerheit, véu-turbante de lã branca e riscas de cor, originário da Líbia. Só os homens de classe elevada podem deixar escorregar o véu-turbante, e apenas os que fizeram a peregrinação a Meca o podem remover completamente. De um modo geral, os homens jamais o abandonam desde que o começam a usar aos 18 anos, início da idade adulta, nem mesmo quando dormem. A tinta que caracteriza a maioria dos tagelmoust não é diluída em água, um bem cada vez mais escasso, mas aplicada com pedras em tecido de algodão. A pressão emite partículas ligeiramente metálicas que depois se transferem do véu para o rosto - daí os tuaregues terem ganhado o cognome de "Homens Azuis". Símbolo de masculinidade, protecção contra as tempestades de areia e os "maus espíritos" - mas também, dizem, forma de impedir o inimigo de ler o pensamento -, o véu-turbante nunca é lavado e é usado até que se rasgue. As mulheres, por seu turno, depois de se casarem, apenas tapam o cabelo com um lenço (ekahei). Envergam saias rodadas e blusas bordadas de várias cores, colares e brincos de ouro e prata, e ostensiva maquilhagem que realça sensualidade dos olhos e da boca.

Fontes:The Tuareg of the Sahara (Bradshaw Foundation); Sahara Man: Travelling With the Tuareg, de Jeremy Keenan; Le Voile chez les Touareg (Revue de l"Occident musulman et de la Méditerranée); La Solitude du Poète Touareg (Dominique Casajuz, in: Sentiments doux-amers dans les musiques du monde); Association Sauver l"Imzad; Toumast Press


Fonte secundária: Página Global

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