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domingo, 22 de janeiro de 2023

OS EFEITOS DA HIPERMODERNIDADE

 Da antiguidade arquetípica à hipermodernidade consumista - IJUSP

Por Rogério Rocha

 
A juventude atual está crescendo na era hipermoderna, o que significa que está exposta a uma quantidade maior de estímulos do que as gerações anteriores. Os centennials - aqueles nascidos entre 1995 e 2010 - são a primeira geração a crescer totalmente inseridos na era digital, e isso está mudando radicalmente seus comportamentos.

A hipermodernidade está caracterizada por uma grande diversidade de informações e estímulos, muitas vezes conflitantes, que nos chegam através das mídias tradicionais e digitais. Isso pode gerar um sentimento de sobrecarga mental, especialmente quando se trata de escolher o que é ou não importante.

É fato que temos acesso a mais informações, contudo, nem sempre conseguimos processá-las de maneira crítica. No plano comportamental, dadas as mudanças na nossa tábua de valores, observamos que o ideal deveria ser que nos tornássemos mais flexíveis em relação a opiniões e pontos de vista, visto que as 'verdades absolutas' são raras nesta era complexa.

Em que pese sabermos que a humanidade assimilou avanços civilizatórios que nos permitem ver a realidade com outro olhar, superando certos preconceitos, temos visto, por outro lado, o ressurgimento de crenças ultrapassadas e o recrudescimento de posturas antiéticas que ferem valores consagrados, como a dignidade humana, bem como as que afrontam as normas legais.

Outro dado a se anotar é o de que nem todos os aspectos do universo mental das sociedades de nosso tempo tem evoluído na mesma velocidade. Citemos, por exemplo, a capacidade de concentração, que tende a diminuir quando se é exposto à grande quantidade de informações disponíveis na Internet.

Isso é particularmente preocupante em relação aos jovens, cujos cérebros ainda estão em desenvolvimento e por serem mais vulneráveis à distração. Ainda assim, todos estamos suscetíveis a tais efeitos, visto que vivenciamos a mesma realidade, com nossos artefatos tecnológicos e múltiplas telas.

Além disso, o uso das tecnologias de conexão contínua pode ter um impacto negativo em nossa saúde mental. A pressão para manter uma "imagem perfeita" nas redes sociais e a busca desenfreada por views e likes pode nos levar a desenvolver distúrbios como depressão e ansiedade. 
 
Problemas com os quais teremos que aprender a conviver e a sobreviver.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A dignidade humana por Immanuel Kant

Immanuel Kant - 22/04/1724 - 12/02/1804


A dignidade humana

“Todo ser humano tem um direito legítimo ao respeito de seus semelhantes e está, por sua vez, obrigado a respeitar todos os demais. A humanidade ela mesma é uma dignidade, pois um ser humano não pode ser usado meramente como um meio por qualquer ser humano (quer por outros quer, inclusive, por si mesmo), mas deve sempre ser usado ao mesmo tempo como um fim. É precisamente nisso que sua dignidade (personalidade) consiste (...). Mas exatamente porque ele não pode ceder a si mesmo por preço algum (o que entraria em conflito com seu dever de auto-estima), tampouco pode agir em oposição à igualmente necessária auto-estima dos outros, como seres humanos, isto é, ele se encontra na obrigação de reconhecer, de modo prático, a dignidade da humanidade em todo outro ser humano. Por conseguinte, cabe-lhe um dever relativo ao respeito que deve ser demonstrado a todo outro ser humano.

Desprezar os outros, ou seja, negar-lhes o respeito devido aos seres humanos em geral, é em todas as situações contrário ao dever, uma vez que se tratam de seres humanos. (...) Contudo, não posso negar todo respeito sequer a um homem corrupto como um ser humano; não posso suprimir ao menos o respeito que lhe cabe em sua qualidade como ser humano, ainda que através de seus atos ele se torne indigno de respeito. Assim, pode haver punições infamantes que desonram a própria humanidade (tais como o esquartejamento de um homem, seu despedaçamento produzido por cães, o cortar fora seu nariz e orelhas). Não só são estas punições mais dolorosas do que a perda de posses e da vida àquele que ama a honra (que reivindica o respeito alheio, como devem todos fazê-lo); também fazem um espectador ruborizar-se de vergonha por pertencer à espécie que pode ser tratada desta maneira.”

KANT, Immanuel. A metafísica dos costumes: doutrina dos elementos da ética. Bauru: Edipro, 2003, p. 306-307, §38 e 39.


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