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domingo, 28 de outubro de 2012

Até mesário hostiliza Lewandowski em seção eleitoral de SP


O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski (centro) passou por constrangimento na saída do colégio Mario de Andrade, no Brooklin, em São Paulo, onde votou por volta das 12h deste domingo (28). Enquanto o revisor dava entrevista, uma eleitora se aproximou e disse: 'Que nojo!'. Em seguida, ela saiu do colégio 

ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
DE SAO PAULO

Após votar, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski foi hostilizado por eleitores, que o criticavam pela absolvição de réus do mensalão, como o ex-ministro José Dirceu.
Para diminuir os riscos de tumultos, o juiz Alexandre David Malfatti, responsável pela zona 258, na região sul de São Paulo, onde vota o ministro, determinou a expulsão de três repórteres do colégio estadual Mario de Andrade.
A imprensa, segundo o juiz, não pode acompanhar o voto do ministro. "Para fim de resguardo do voto do eleitor", afirma Cláudia Ciscolo, chefe do cartório, que falava em nome de Malfatti.
Ao longo da manhã, a menção ao nome do ministro, revisor do mensalão, provocou reações negativas entre os eleitores do colégio. O ministro votou pela absolvição de réus do processo, entre eles, José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil durante o governo Lula.
"Nunca vi isso, pelo contrário, só recebo cumprimentos. Muitas pessoas querem tirar foto comigo. Você vê aqui a tranquilidade. Entrei na fila como um cidadão comum, pela porta da frente."
No primeiro turno, Lewandowski entrou pela porta dos fundos da escola.
Enquanto se preparava para votar, o ministro foi hostilizado por eleitores, que disseram "nojo" e "vergonha nacional". Ao fim da votação, um dos mesários perguntou a ele se já havia dado "um abraço em José Dirceu".
Na saída, Lewandowski defendeu seu papel de revisor no mensalão. "É como alguém com um problema sério de saúde, que vai ao médico e depois pede uma segunda opinião."
O ministro, no entanto, estava sorridente e descartou que o julgamento dos processo possa influenciar no resultado das eleições.

Fonte: Folha de São Paulo Eleições 2012

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A ESPANHA NÃO É UMA OPÇÃO


Por Carlos José Marques, diretor editorial da revista Istoé

Brasileiros são hoje recebidos em todo o mundo com tapete vermelho, como um dos melhores turistas, dada a sua disposição para compras e gastos de alto valor agregado em hotéis, passeios, aluguel de carros, etc., movimentando a milionária cadeia de serviços que vive dessa demanda. Mesmo os EUA, percebendo o potencial desses turistas, reviram regras e movimentaram-se nos últimos tempos para facilitar sua entrada e atrair mais e mais visitantes brasileiros. A Espanha seguiu na direção contrária. Numa postura inarredável, mantém há anos uma política restritiva extrema, com práticas arbitrárias que beiram a intolerância, levando milhares de brasileiros ao constrangimento de serem barrados na fronteira em arrastados interrogatórios, quando não – como ocorre em muitos casos – deportados. Apelos seguidos vêm sendo feitos por autoridades diplomáticas brasileiras, que pedem um abrandamento do regime. Em vão. Na semana passada, finalmente, o País colocou em prática o “princípio da reciprocidade”, impondo o mesmo rosário de exigências para que os espanhóis entrem em território nacional. Numa atitude hipócrita, em declaração infeliz, o secretário de Assuntos Externos da Espanha, Gonzalo de Benito, antes mesmo de vigorar a nova regra, reagiu alegando não haver justificativas para que os espanhóis tivessem aqui restrições que “vão além do normal”. Ou o secretário finge desconhecer a situação de lá ou, na lógica torta de seu argumento, quis dizer que seus patrícios são superiores àqueles brasileiros que todos os dias chegam a seus aeroportos. As duas hipóteses são inaceitáveis. Curiosamente, hoje é muito maior o fluxo de espanhóis para o Brasil do que o inverso. E o índice de admissão não concedida aqui é inferior a 10% do praticado lá. A Espanha convive atualmente com uma das maiores taxas de desemprego da Europa, da ordem de 22%, enquanto o Brasil experimenta uma primavera de oportunidades e vagas, inclusive importando mão de obra. Seria natural nessas condições um maior empenho daquele país em estabelecer facilidades para esse fluxo e, inexplicavelmente, não é o que acontece. Turistas brasileiros deveriam daqui por diante adotar o velho princípio de só ir aonde é bem-vindo. E, nesse caso, a Espanha não seria uma opção.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Obrigada a fazer flexões, gerente é indenizada


(foto meramente ilustrativa)

O Unibanco - União de Bancos Brasileiros S/A foi condenado a pagar R$ 100 mil de indenização por danos morais a uma gerente submetida a situação vexatória e degradante num evento da empresa. No encontro, que reuniu 400 gerentes em Angra dos Reis (RJ), o desempenho de sua agência foi considerado ruim, e ela e outros colegas foram obrigados a fazer flexões "como soldados", sob as ordens de um ator caracterizado como sargento da Aeronáutica. A condenação, fixada pela Justiça do Trabalho da 2ª Região (SP), foi mantida pela Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho, para quem a fixação do valor "pautou-se pelo princípio da razoabilidade, obedecendo aos critérios de justiça e equidade". 

Entre outras funções, a bancária exerceu o cargo de gerente de agência de abril de 1978 a agosto de 2002, quando foi dispensada sem justa causa. Segundo relatou na inicial da reclamação trabalhista, dois meses antes da dispensa o banco realizou o evento em Angra dos Reis, em uma base da Aeronáutica. Os organizadores teriam anunciado que os gerentes das boas agências iriam de barco, os das médias de ônibus e os das ruins a nado.

Ainda de acordo com seu relato, no último ano de contrato, depois de receber prêmios por bom desempenho, a gerente foi transferida para uma agência considerada ruim e improdutiva pelo banco. Ali, foi apontada como péssima gerente e, segundo afirmou, o diretor chegou a lhe enviar pés de pato para que fosse nadando para o evento, e, para outro colega obeso uma boia de câmara de pneu de caminhão.

No encontro, os gerentes teriam sido obrigados a vestir camisetas com braçadeiras de cores diferentes conforme o desempenho de cada agência, e os responsáveis pelas agências de pior desempenho foram, segundo a autora da reclamação, humilhados e expostos ao ridículo no episódio das flexões. Por essa razão, pediu indenização por danos morais correspondente a 20 vezes o último salário, num total de cerca de R$ 109 mil.

O pedido foi deferido pela 3ª Vara do Trabalho de São Paulo e mantido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Com base no depoimento da bancária e de outras testemunhas, o Regional concluiu que a gerente sofreu humilhação e constrangimento na presença dos demais participantes ao ser colocada no centro das atenções como alvo de chacotas, fato que repercutiu na agência. "O empregador não pode, a pretexto de 'brincadeiras', expor o empregado a situação vexatória, indigna e atentatória à moral", afirmou o colegiado.

No recurso de revista do Unibanco julgado pela Sétima Turma, o relator, ministro Pedro Paulo Manus, afirmou que, diante dos fatos delineados pelo TRT-SP, o valor da indenização foi justo e razoável, pois o contrato de trabalho durou mais de 24 anos. Concluiu, então, não se justificar a "excepcional intervenção do TST" para reformar a decisão.

(Lourdes Côrtes/Carmem Feijó)



Fonte: Jornal Carta Forense

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