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sexta-feira, 4 de março de 2022

A poesia é (d)ele: 41 anos de carreira de Luis Augusto Cassas

 


Por Rogério Rocha
 
 

Luís Augusto Cassas [São Luís – MA, 02 de março de 1953] começou a destacar-se no cenário de nossa literatura com a geração dos anos 70 do século passado. Ao seu lado estavam nomes como Cunha Santos, Chagas Val e Alex Brasil. Uma época que presenciou o aparecimento do movimento Antroponáutico e da nova poesia do Maranhão, trazendo nomes como Viriato Gaspar, Valdelino Cécio, Morano Portela e, posteriormente, Rossini Corrêa e Laura Amélia Damous.

A figura de Augusto Cassas ajudou a consolidar o modernismo na literatura maranhense, preparando, então, terreno para as mudanças que implicariam na recepção dos novos referenciais da linguagem que teriam lugar na poesia pós-moderna do século XXI.

Trata-se, na verdade, de um daqueles autores que cresceram ao ponto de não mais caber nos parcos limites de sua própria cidade. O abandono da vida provinciana (que em nossa terra teima em persistir) foi, quem sabe, a declaração de independência que ajudou a fazer de sua obra um monumento de requintada arquitetura, alçando seu nome ao âmbito nacional.

Com o êxito alcançado em face do reconhecimento – vindo tanto da parte dos críticos quanto de seus pares - afirmou-se como um escritor de DNA contemporâneo. Traço que, aliás, é elemento constitutivo de sua vasta produção, alinhada com o mundo, suas novidades e tendências, arriscando-se nos experimentos que entendeu necessários sem, contudo, perder a força das características de estilo, já demonstradas em seu “República dos becos” (1981, Civilização Brasileira).

Enquanto Cassas promovia a busca poética da essência do humano e o estabelecimento de um equilíbrio entre imanência e transcendência, sagrado e profano, carnal e espiritual, vimos surgir, por exemplo, trabalhos como “Rosebud”, “Liturgia da Paixão”, “Ópera Barroca”, “O Shopping de Deus & a Alma do Negócio”, “Deus Mix: Salmos Energético de Açaí c/ Guaraná e Cassis” e “Evangelho dos Peixes para a Ceia de Aquário”.

Poeta com mais de 24 livros publicados, cuja escrita apresenta efeitos ora psicoterapêuticos, ora cinematográficos, é astro de primeira grandeza, traçando, “a serviço da luz e do verso”, nas entranhas do seu mundo, a órbita de um lirismo que a si mesmo coube instituir. Eis aí Luís Augusto Cassas, numa definição que dá conta, não só, da importância de sua bibliografia e do seu percurso literário, mas também de sua filosofia de vida.

O escritor, que aniversaria este mês, traz na bagagem, além da existência – que, ao longo do tempo, tem-lhe deixado “mais leve e mais livre” – todo um conjunto de símbolos, imagens, eus, espaços, vivências, sentimentos e ideias.

Por fim, e para mostrar que a tarefa do autor está bem longe do seu encerramento, ao ponto de, inclusive, ainda render bons frutos, merecem destaque as obras “Paralelo 17” e a novíssima “Quatrocentona: Código de Posturas & Imposturas Líricas da cidade de São Luís do Maranhão”, lançada no ano de 2021 pela Arribaçã Editora.

São 41 anos de carreira dedicados ao ofício de compreender o mundo através da poesia (esse alimento de toda alma inquieta), em busca de verdades essenciais e da possibilidade imprevisível de um reencantamento do olhar, cuja via parece encontrar-se na simbiose homem-verso.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Os 70 anos de Belchior

      Por Paulo Cavalcanti

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Antonio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes nasceu no dia 26 de outubro de 1946, em Sobral, Ceará. Na década de 1970, houve a chamada “invasão nordestina”, com diversos artistas daquela região do país buscando um lugar ao sol no mercado nacional. O ex-estudante de medicina Belchior fez parte da "invasão cearense", ao lado de contemporâneos como Raimundo Fagner, Ednardo, Amelinha e outros. Mas para se tornarem conhecidos, precisaram de uma pequena ajuda. Em 1972, Elis Regina gravou “Mucuripi”, de Fagner e Belchior. A exposição beneficiou primeiro o parceiro dele na canção. Belchior ainda levaria um tempo para se destacar.
E foi também através de Elis que Belchior se tornou conhecido. Em 1975, a cantora interpretou “Como Nossos Pais” e “Velha Roupa Colorida”, duas criações de Belchior, no espetáculo divisor de águas Falso Brilhante. Ela gravou as faixas em estúdio no álbum resultante do show, que saiu no ano seguinte. Com isto, Belchior se tornou um nome comentado no meio artístico. Assim ele foi convidado a gravar o segundo LP – ele tinha lançado em 1974 um álbum chamado apenas Belchior pela Continental. Hoje, o raríssimo álbum é conhecido como Mote e Glosa por causa da faixa que abre o trabalho; ele também contém pré-versões de "Palo Seco" e "Todo Sujo de Batom". Mas o disco foi do nada ao lugar nenhum.
Só que em 1976, com Alucinação, Belchior estava no mapa. O álbum totalmente autoral lançado em março daquele ano pela Polygram foi um marco difícil de ser superado até mesmo por ele. Além de “Como Nossos Pais” e “Velha Roupa Colorida”, ele também tinha “Apenas um Rapaz Latino-Americano”, “À Palo Seco” e “Fotografia 3x4”. Produzido por Marcos Mazzola, o trabalho foi gravado ao lado de músicos de rock, mas o espectro era o de MPB, ou melhor, era uma música brasileira folk como nunca tinha sido ouvida antes. Tinha influência de música nordestina e um ou outro toque regional, mas o som era urbano, e urgente. As interpretações dele para as canções que haviam sido cantadas antes por Elis eram bem diferentes, tinham um toque próprio.
Belchior também era um astro pouco convencional: muito magro, com uma linguagem de corpo inquieta, cabelos esvoaçantes e um bigode que se tornou marca registrada. A voz dele também era difícil de ser classificada: anasalada, aparentemente anticomercial, mas bastante expressiva. Por causa do “canto-falado”, as comparações com Bob Dylan eram evidentes. Belchior não negava ou contestava isso.
O cantor tinha idade para ser considerado uma espécie de “irmão mais jovem" da geração de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e outros ícones. Mas a rigor, Belchior não tinha muito a ver esteticamente com aquele pessoal que veio antes. Ele não havia sido tropicalista, sambista ou seguidor da bossa nova. Ele até assimilava um pouco disso tudo, mas o samba canção (do qual a heroína dele, Elis Regina, também era discípula) era bem forte. Belchior também gostava dos Beatles e, obviamente, de música folk, o que deu lastro melódico a ele. Mas foi principalmente a mensagem temática e o conteúdo das letras que distanciaram Belchior do resto dos nomes já consagrados da MPB.
Na metade dos anos 1970, havia uma palavra que hoje está praticamente fora de moda. Era “desbunde”. Por causa do governo militar, o pais se encontrava politicamente e socialmente engessado. Já que não dava para fazer muita coisa, o jeito era se alienar, ou ir morar fora do pais, ou seja "desbundar". Todo mundo já estava acostumado com a censura e achava que lutar era inútil. A contracultura, que chegou tarde por aqui, se resumia a um bando de moleques fumando maconha escondido em alguma cachoeira no sertão. Havia um impasse ou desinteresse geral em meio à juventude.
Quando Elis e seus colaboradores montaram Falso Brilhante, tinham intenção a de radiografar a situação do Brasil. Mas precisava ser feito com certa sutileza, sem comentários políticos explícitos. As canções de Belchior se encaixavam com perfeição no arco dramático da peça/show. Outro conceito muito difundido na época era o “choque de gerações”. Nos Estados Unidos, ele versava sobre uma geração que havia crescido com o rock nos anos 1960 e não se entendia com os mais velhos. Já estes não entendiam o que havia acontecido e tinham saudades dos tempos menos complexos. Belchior foi o arauto brasileiro do choque de gerações. Ele o fazia com aprofundamento, inteligência e um verniz literato. Como cronista de comportamento, colocava um quê de análise psicológica nas letras que elaborava.
A letra de “Como Nossos Pais” já dizia tudo. Os erros das gerações anteriores seriam repetidos pelos filhos. E isso seria uma condição eterna. A falta de perspectiva de viver em um Brasil que não crescia economicamente era refletido em “Apenas um Rapaz Latino-Americano”. Já “Velha Roupa Colorida” citava os Beatles e os Rolling Stones para sentenciar que a euforia dos anos 1960 tinha ficado irremediavelmente para trás e era hora de mudar. Ele afirmava que “o que era novo, jovem, hoje é antigo” e falava “precisamos todos rejuvenescer”, mas não apontava como e quando isto seria feito.
O incrível é que o desencanto de Belchior se tornou algo comercialmente viável. Alucinação vendeu mais de 500 mil cópias e ele virou um ídolo de massa, cumprindo todo o ritual de aparecer com frequência na televisão, excursionar exaustivamente por todo o Brasil, etc. Mas depois de Alucinação, Belchior saiu da Polygram e assinou com a Warner. Lá, gravou outros grandes álbuns como Coração Selvagem (1977), Todos os Sentidos (1978) e Era uma Vez um Homem e Seu Tempo(1979). Teve outros hits como “Medo de Avião”, “Comentário A Respeito De John”, "Todo Sujo de Batom", “Paralelas” e “Galos, Noites e Quintais”.
Mas conforme a década de 1980 foi avançando, ele foi perdendo espaço. A obra ficou menos densa e menos tópica. O som se tornou pausterizado, uma praga que atingiu naquela época quase todos os ícones da música brasileira. Ele também já estava cansado de "problematizar". Como ele mesmo havia previsto, uma nova geração surgia e ele, Belchior, era quem agora ficava para trás. Ele ainda tinha um público fiel, mas os dias de grandeza artística e comercial haviam ficado para trás.
Ao completar sete décadas de vida, Belchior segue como um enigma. Antes de sumir, apesar de sempre agir como um cavalheiro, ele se mostrava um tanto arredio e desconfortável com a fama. Ele também nunca foi afeito a panelinhas. Em 2014, ganhou um disco tributo chamado Ainda Somos os Mesmos, com artistas independentes interpretando as músicas dele. Mas nem isso garantiu que ele fosse devidamente "redescoberto". Tirando as gravações feitas por Elis nos anos 1970, Belchior ainda é o melhor intérprete dele mesmo. Talvez porque a obra dele seja muito pessoal e singular. Os mais jovens no geral não conhecem quase nada de Belchior – talvez “À Palo Seco”, isso porque foi regravada pelos Los Hermanos.
Neste momento, a Universal lança a caixa Três Tons de Belchior, contendo reedições em CD de três álbuns do cantor. Um deles é o lendário Alucinação, que estava fora de catálogo em CD há um bom tempo. A nova edição reproduz, no tamanho reduzido do CD, o encarte do LP original de 1976. O som foi remasterizado. A caixa é completada por Melodrama (1987) e Elogio da Loucura (1988), ambos até então inéditos no formato digital.
O fato é que hoje a profecia se cumpriu. No momento, Belchior não é nada além de um rapaz (bem, nem tão rapaz) latino-americano. E a julgar pelos fatos recentes, sem nenhum dinheiro no banco.
Fonte: site da revista Rolling Stone

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Stan Lee, gênio dos quadrinhos, completa 90 anos


Stan Lee
O dia 28 de dezembro de 2012 é especial para o mundo dos quadrinhos. Nesta sexta, Stan Lee, gênio das HQs, completa 90 anos bem vividos e aproveitados.
Quando Stanley Martin Lieber nasceu, em Nova York, o mundo não conhecia os super-heróis da forma que nós conhecemos hoje. A ordem mundial havia mudado após o encerramento da Primeira Guerra Mundial e o mundo se encaminhava para um segundo grande confronto. É graças a alguns gênios como ele que crianças e adultos de 2012 podem sonhar com um mundo cheio de superseres cujos poderes incluem andar pelas paredes como aranhas e ter força suficiente para arremessar tanques de guerra como se fossem bolinhas de papel.
A carreira de Lee nas editoras de HQs começou de forma pouco promissora, como uma espécie de faz-tudo da Timely Comics. Mas quando os editores Joe Simon e Jack Kirby deixaram a empresa, em 1944, Lee foi promovido a editor-interino, com apenas 19 anos.
Desde então, Lee só cresceu. Entre seus filhos mais queridos pelo público estão Quarteto Fantástico, Homem de Ferro, Homem Aranha, Hulk, Demolidor e os mutantes de X-Men.
Stan Lee seguiu também para televisão, em que apresentou um reality show de super-heróis reais. Mas sua participações mais divertidas são, sem dúvida, nos filmes com os heróis da Marvel, como um vendedor de cachorro-quente em X-Men, de 2000, ou um senhor que joga xadrez e não acredita que super-heróis estejam em Nova York, no recente Os Vingadores.
Fonte: Revista Rolling Stone

sábado, 8 de setembro de 2012

VAMOS REINVENTAR SÃO LUÍS!



Por Rogério Henrique Castro Rocha



Tenho uma ideia! Proponho reinventar São Luís!

Reinventemos, a partir desta data, a ilha em que vivemos!

Vamos todos refundá-la! Seu renascimento deverá, contudo, seguir determinados princípios, pautar-se por certos critérios!

Comecemos por riscar das páginas dos livros os falsos herois, os líderes de fachada, os usurpadores. Deixemos a eles apenas a memória daquilo que devamos saber para, assim, termos em mente o que não mais deverá ser repetido.

Tiremos do diário recluso do esquecimento as histórias e estórias dos perseguidos, dos banidos, dos mortos, dos massacrados. Ergamos monumentos àqueles que, solidária e solitariamente, contribuíram para a construção de nossa história.

Redesenhemos o nosso espaço, traçando novos caminhos, novas rotas, outras vias, mais simples e singulares, para que saibamos de fato de onde partimos e onde queremos chegar.

Vamos, todos, reconstruir os corroídos monumentos, levantar dos destroços as nossas velhas casas, tingir de novas cores as imagens de desgastados retratos. Tenhamos coragem, gana e garra, para destruir alguns inúteis ornamentos, trazer abaixo os palacetes fantasmagóricos, que nos contam coisas que não queremos mais ouvir. Somente assim, sem medo, sem peias, teremos a chance de moldar o novo.

Enriqueçamos, com multicultural felicidade, o nosso código genético, forjando os neoludovicenses, somando os sangues e as peles, recompondo fenótipos, para forjarmos o povo de amanhã.

Celebremos com aqueles que, vindos de todos os cantos do país, de vários recantos do mundo, escolheram morar nessas plagas, começar uma nova vida, empreender projetos de crescimento pessoal e social.

Tenhamos claro, de hoje em diante, que não é preciso apenas, como alguém já disse, “amar a cidade”. É necessário, é urgente, inadiável, agir pela cidade, intervir pela cidade, fazer acontecer aquilo que queremos que seja a cidade.

Convoco, portanto, a todos os irmãos e irmãs desta ilha, aos que a ela estão inexoravelmente ligados, a refundá-la. A recontar seus mitos originários, interpretando-os sob uma nova perspectiva. Para que, então, sucumba, de uma vez por todas, a serpente imaginária. E para que a ilha sobreviva. Para que a ilha permaneça. Para que a ilha enfim seja o doce lugar do nosso futuro.

BREVIÁRIO DOS 400 ANOS


Por Manoel Barros Rabelo Neto*



Ando sem rumo pela cidade antiga, passos inexatos, pelas ruas tortuosas e estreitas. A noção de tempo e espaço deixados para trás, caminho com passos vacilantes, incertos, desconexos... lembranças de um tempo que já passou, dos sobrados que murmuram lamentos, das pedras de cantaria que sentiram os pés dos negros sofridos com os açoites inclementes, os mirantes que observavam os contrabandos, os pontais de pombos açorianos que queriam voltar para a terra-mãe, as sacadas que tanto presenciaram os namoros de gargarejo, os frades de pedra que representavam a virilidade dos patrícios, ouço um tropel que de longe se anuncia, de cavalos pretos que soltavam fogo pelas ventas, um séquito de esqueletos, a carruagem de Nha Jansa. Os tambores ecoam no ar da ilha, afinados a fogo, tocados a murro, dançados a coice e chão. Envelheço na cidade que minha vida contém. Somos um, somos o todo, de todos os rostos que nela vagam, dos luminares do sol poente na Beira-mar, dos pregoeiros a gritar suas rimas de vendedores, dos amores havidos e desfeitos no largo do Carmo, da voz poderosa dos amos dos bois que enaltecem tua história em suas toadas. Terra das encantarias, ilha da magia, dos amores, dos azulejos, dos poetas e bardos que se encontravam em tuas vielas e se perdiam na boemia de tuas noites estreladas... vivo e sofro contigo, das dores que tu padeces de gente que não te ama e te engana, que deixa teus sobrados desabarem, tuas ruas sangrarem e tua beleza macular. 400 anos e muitos dos teus filhos ainda não aprenderam a te amar. Te acho sempre bela. Tua beleza se impõe ao escárnio e ao malfeito, meu coração sempre a ti pertenceu, meus sonhos se realizam ante tuas vistas, a tua história embalou versos de romances, de alegrias, de tristezas, de despedidas. Na medida exata tu me encantas, me abraças, me faz sorrir. Quero sempre voltar a ti, minha querida São Luís, te exaltar em cantos e versos e quando não mais aqui eu estiver, que minha posteridade renove esse amor, finque raízes profundas, receba tuas dádivas e ofereça uma prece de agradecimento a Deus pelo teu acolhimento sempre gentil. Ouvi guerreiros Timbiras, meu canto de vida, meu canto de vida, guerreiros ouvi, corram livres as lágrimas que choro, estas lágrimas, sim, que não desonram, são lágrimas de felicidade de alguém que sempre te ama, que clama por bênçãos que caiam sobre ti.


* Bacharel em Geografia (UFMA), servidor público, sindicalista.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Raul Seixas é homenageado em aniversário de 23 anos de sua morte


Do G1 BA
valdir toca raul (Foto: Divulgação)Público pode assistir ao show - Valdir toca Raul - de
forma gratuita.  (Foto: Divulgação)

O roqueiro baiano Raul Seixas é homenageado em Salvador nesta terça-feira (21), data em que completa 23 anos da sua morte. A Livraria Cultura promove o pocket show "Valdir toca Raul", às 18h, enquanto que a banda Arapuka, apoiada pelo Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), realiza às 20h o show "Raul Seixas - Sempre Vivo".
O show promovido pela livraria Cultura será realizado na Avenida Tancredo Neves, no Salvador Shopping, e conta com interpretações de músicas como 'Metamorfose Ambulante', 'Sociedade Alternativa', 'Gita' e 'Rock do Diabo'. A entrada é gratuita.

Já o evento realizado pela banda Arapuka também é gratuito e acontece no Largo Tereza Batista, no Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador. No repertório constam canções do homenageado, além de músicas de personagens do rock brasileiro que faziam parte do set-list de Raul Seixas.

Raul Seixas
Um dos pioneiros do rock no Brasil, Raul Seixas nasceu em Salvador em 28 de junho de 1948. Em 26 anos de carreira ele lançou 21 discos, e seu primeiro disco data do período em que integrava o grupo Os Panteras. Em 1973 saiu o primeiro álbum como artista solo, ‘Krig-ha, Bandolo’, no qual continha os hits ‘Metamorfose Ambulante’, ‘Ouro de Tolo’, ‘Al Capone’ e ‘Mosca na Sopa’.

No restante dos anos 70, a popularidade de Raul só fez aumentar. Já em 1987 surge a canção ‘Muita Estrela, Pouca Constelação’, a primeira música em parceria entre Marcelo Nova e Raulzito. Um ano depois, já em carreira solo, Marcelo convidou Raul para participar de um show que faria na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador. O que seria uma participação virou uma turnê de 50 shows por todo o Brasil, e terminou no lançamento de um dos discos mais importantes do rock nacional, ‘A Panela do Diabo’. O disco vendeu 150 mil cópias e rendeu a Raul um disco de ouro póstumo.
Outra grande importância na carreira e na vida do músico baiano, foi a amizade com o escritor Paulo Coelho, com quem compôs "Sociedade alternativa”, “Gita”, “Há dez mil anos atrás” e “Tente outra vez”. A parceira foi fomentada principalmente pela filosofia, metafísica, ontologia, psicologia, história, literatura e latim.

Em Salvador, uma lei municipal instituiu o dia 28 de junho, data de nascimento de Raul, como o Dia Municipal do Rock. Com a lei, Salvador se tornou a primeira capital brasileira a ter um dia dedicado ao gênero. O artista morreu em São Paulo aos 44 anos.
Cena do documentário sobre Raul Seixas, que estreia em São Carlos (Foto: Reprodução/EPTV)Cena do documentário sobre Raul Seixas. (Foto: Reprodução/EPTV)Fonte: G1 Bahia

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Homem-Aranha comemora 50 anos da primeira publicação


Da Folha.com

Que os super-vilões não nos ouçam. Vai que eles ficam sabendo e, malévolos, resolvem estragar esta festa.
É que, em agosto deste ano, o Homem-Aranha faz aniversário: 50 anos de publicação, desde a auspiciosa aparição no número 15 da revista "Amazing Fantasy".
"Amigão da vizinhança", "cabeça de teia" ou, para os íntimos, "Aranha". O herói colecionou, em cinco décadas de ação, epítetos vários.
Reuniu fãs, também, aos quais o aniversário traz novidades. A data motivará edições especiais, como a saga "Ends of the Earth" (fins do mundo) --em que o Aranha deve ganhar uniforme novo para enfrentar o Sexteto Sinistro, agremiação de seis de seus arqui-inimigos (Homem-Areia, Electro, Mistério, Camaleão, Rino e Dr. Octopus).
Também balangará nas telas do cinema, em "O Espetacular Homem-Aranha", novo candidato a recordista de bilheteria.
TRAÇO NACIONAL
Nesses 50 anos, diversos brasileiros foram os "parceiros" do cabeça de teia na árdua luta contra o crime.
Contratados pela editora Marvel, figurões do quadrinho nacional como Mike Deodato, Luke Ross, Joe Bennet, Paulo Siqueira e Adriana Melo já rabiscaram o herói.
Para um artista de HQ, a tarefa é honrosa. "É um personagem icônico", nota o paraibano Deodato, 48. Ele desenhou o aracnídeo em 2005. "Você quer deixar sua marca, a sua visão do personagem."
Ilustrador à época de J. M. Straczynski, roteirista polêmico da série, Deodato apostou na dimensão psicológica do super-herói, colocando seu foco mais nos "lábios sendo mordidos" do que na ação, afirma.
Do período, ele leva um feito de que se orgulhar: "Eu matei o Aranha!", brinca, referindo-se a uma saga desenhada por Deodato em que Peter Parker morre. Mas todo o fã de quadrinhos sabe: morte, nas HQs, não é definitiva.
Reprodução
Capa da primeira aparição do Homem-Aranha, na revista "Amazing Fantasy" nº 15
Capa da primeira aparição do Homem-Aranha, na revista "Amazing Fantasy" nº 15
O paraense Joe Bennet, 44, que o diga --uma das histórias que ele traçou foi justamente a volta de Mary Jane, ex-mulher do personagem, após ter sido dada como morta.
Bennet desenhou o Aranha de 1996 a 2000 e gaba-se de ter sido o brasileiro a fazê-lo pelo maior período.
"É divertido trabalhar com a anatomia", diz. O aracnídeo é famoso pelas poses es-drúxulas que faz ao saltitar.
"O chato", nota, "é a teia". Repleto de detalhes, o uniforme do Aranha é complicado e demorado de se desenhar.
Também preocupa, na tarefa, a opinião dos fãs. "Sempre pesa", afirma a paulista Adriana Melo, que desenhou o Homem-Aranha no final dos anos 2000 -uma das únicas mulheres com esse feito.
"Bate aquela ansiedade. Cada edição gera discussões em fóruns e em blogs de quadrinhos", afirma. "Confesso que fico preocupada e me esforço para sempre entregar um trabalho de qualidade."
Recentemente, fãs inundaram as redes sociais com paródias de uma ilustração do americano J. Scott Campbell. Eles reclamavam que ele havia desenhado Mary Jane excessivamente sexualizada.
ROCK'N'TEIA
Stephen Wacker, editor da Marvel, não esconde a admiração pelo cabeça de teia.
"O Homem-Aranha mudou tudo", afirma à Folha. "Se o Superman foi a música clássica, o Aranha foi o rock, o hip-hop e o jazz combinados."
Wacker afirma, ainda, que "você pode facilmente sustentar o argumento de que o foco nos problemas de Peter Parker e em seus sacrifícios pessoais mudou o modo com que os protagonistas de todas as espécies têm sido retratados, dos gibis aos filmes".
A respeito da contribuição de brasileiros ao amigão da vizinhança, o editor ressalta o traço de Deodato, caracterizado por "escuridão madura". "Ele fez uma carreira longa e memorável [na HQ]", diz.
Editoria de Arte/Folhapress

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

200 anos do nascimento do escritor Charles Dickens

Charles Dickens (*07.02.1812  +09.061870)


"Se alguem me ofender, procurarei elevar tão alto a minha alma, de forma que a ofensa não consiga me alcançar!"


"Ninguém pode achar que falhou a sua missão neste mundo, se aliviou o fardo de outra pessoa."


"Cada fracasso ensina ao homem algo que ele precisava aprender."


"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."

domingo, 29 de janeiro de 2012

Hoje é o aniversário de Romário


Romário completa 46 anos
Romário completa 46 anos

Hoje é Dia do 'Peixe'!

Não, não é uma data do calendário nacional mas bem que poderia ser.
Hoje completam-se 46 anos do nascimento de Romário de Souza Faria, o ex-atacante Romário. Atualmente representando a população brasileira como Deputado federal, o ex-atleta completa neste domingo mais um ano de vida.

Com mais de mil gols na carreira – 319 deles pelo Vasco -, o Baixinho é um dos maiores ídolos da esporte do nacional.

Parabéns “Peixe”!

O Gênio da Grande Área

O gênio da grande área. Assim pode ser definido Romário, se é que é justo definir com tão poucas palavras este craque, este ídolo mundial. O Baixinho começou sua carreira no Vasco em 85, na época se destacava pelas arrancadas magníficas e a facilidade em fazer gols. Em 88 levou os seus gols e dribles para o Holanda, mais precisamente para o PSV. Disputou a Copa do Mundo de 90, na Itália, e perdeu. Em 94, já atuando pelo mágico time do Barcelona, se redimiu, e mais do que isso, voltou dos Estados Unidos com o título de campeão mundial com a Seleção, craque e melhor jogador do mundo. Após a Copa do Mundo dos EUA cometeu o seu maior erro, voltou ao Brasil para defender o Flamengo. Ao final de 99, após algumas passagens pelo Valência-ESP, entrou em litígimo com o time rubro-negro e acertou sua volta ao Vasco. Foi campeão e artilheiro do Brasileirão e da Mercosul de 2000 pelo clube, mesmo ano em que bateu o recorde de gols marcados por um jogador vascaíno em uma temporada, 66 tentos. Foi para o Fluminense em 2002 e só retornou a equipe cruzmaltina em 2005 para tentar alcançar outra marca, a dos mil gols. Feito que foi conquistado em 2007, depois de breves passagens pelo Oriente Médio e os EUA. Encerrou sua carreira no final do mesmo ano e chegou a treinar o Vasco por alguns jogos, mas desistiu de seguir a carreira.

Ficha do CraqueRomário de Souza Faria
atacante, 29/01/1966, Rio de Janeiro-RJ

Pelo Vasco
1985 – 41 jogos e 24 gols
1986 – 67 jogos e 38 gols
1987 – 59 jogos e 33 gols
1988 – 29 jogos e 24 gols
1999 – 2 jogos e 3 gols
2000 – 72 jogos e 66 gols
2001 – 41 jogos e 42 gols
2002 – 25 jogos e 26 gols
2005 – 45 jogos e 30 gols
2006 – 17 jogos e 18 gols
2007 – 19 jogos e 15 gols
Total – 417 jogos e 319 gols

Primeiro jogo de Romário:
Vasco Da Gama 3 x 0 Coritiba (PR)
Data: 06/02/1985
Campeonato Brasileiro
Local : Estádio De São Januário (Rio De Janeiro – RJ)
Arbitro : Carlos Sérgio Rosa Martins
Público : 6.137
Gols : Roberto Dinamite (Vasco 6/2ºT), Roberto Dinamite (Vasco 40/2ºT) e Vítor (Vasco 44/2ºT)
Expulsão : Ivan (Vasco) e Lela (Coritiba)

Vasco – Acácio, Edevaldo, Nenê, Ivan, Aírton, Vítor, Geovani, Cláudio Adão, Mário Tilico (Romário), Roberto Dinamite e Rômulo (Donato) Técnico : Edu Antunes Coimbra

Coritiba – Rafael, André, Vavá, Gardel, Dida, Marildo, Tobi (Heraldo), Paulinho (Eliseu), Lela, Índio e Édson Técnico : Dino Sani
Primeiro gol de Romário:

Vasco Da Gama 6 x 0 Nova Venécia (ES)
Data: 18/08/1985
Amistoso Interestadual
Local : Estádio Zenon Pedrosa (Nova Venécia – ES)
Arbitro : Não Conhecido
Público : 2.708
Gols : Silvinho (Vasco 13/1ºT), Geovani (Vasco 32/1ºT), Newmar (Vasco 14/2ºT), Santos (Vasco 35/2ºT), Romário (Vasco 38/2ºT) e Romário (Vasco 40/2ºT)

Vasco – Roberto Costa, Edevaldo (Donato), Newmar, Ivan (Fernando), Paulo César, Vítor, Geovani (Dudu), Luís Carlos (Gersinho), Mauricinho (Santos), Silvinho e Romário Técnico : Antônio Lopes

Nova Venécia – ?????????

Jogo do milésimo gol:

VASCO 3 X 1 SPORT

Estádio: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 20/05/2007 – 18h10 (de Brasília)
Árbitro: Giuliano Bozzano (DF)
Auxiliares: César Vaz (DF) e Elenilson de Macedo (DF)
Renda/público: R$ 172.130,00 / 16.682 pagantes
Cartões amarelos: André Dias, Thiago Maciel, Alan Kardec (VAS); Vítor Júnior, Ticão (SPORT)
GOLS: André Dias, 3′/1ºT (1-0) e 37′/1ºT (2-0); Romário, 2′/2ºT (3-0) e Luciano Henrique (36/2ºT) (3-1)

VASCO: Silvio Luiz, Thiago Maciel, Júlio Santos, Jorge Luiz e Guilherme; Roberto Lopes, Amaral, Abedi (Wagner Diniz) e Morais; Andre Dias (Júnior) e Romário (Alan Kardec). Técnico: Celso Roth

SPORT: Magrão, Osmar, Du Lopes, Durval e Bruno (Dutra); Ticão, Éverton, Vítor Júnior (Luciano Henrique) e Fumagalli; Weldon (Washington) e Carlinhos Bala. Técnico: Giba.
Fonte: Vasco da Gama. Net.br

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