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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

OS 29 ANOS DA QUEDA DO MURO DE BERLIM

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Queda do Muro de Berlim (Fonte: História Zine)
Resultado de um complexo processo de tomadas de decisões, reuniões diplomáticas, esforços e distensões, o Muro de Berlim, ícone da Guerra Fria e símbolo da separação ideológica e política que imperou no mundo emergido do término da 2ªGuerra Mundial, "ruiu" em definitivo num dia como este, há 29 anos.

Construído pela República Democrática Alemã (socialista) no curso do que se convencionou chamar de Guerra Fria, ainda na década de 60 do século passado, constituía-se numa barreira com aproximadamente quatro metros de altura, com extensão de 155 quilômetros, circundando a capital bávara e separando a Alemanha Oriental (socialista) da Ocidental (capitalista). 

O mais importante de se analisar, para além do solidez física de um mero muro, seja lá qual for, é que aquele impôs ao mundo a criação e divisão em dois blocos radicalmente opostos.  De um lado o Ocidente, com todos os principais aliados dos Estados Unidos, e do outro um grupo de países socialistas irmanados forçosamente sob o punho de ferro da antiga URSS.  

Ferindo de morte o direito de ir e vir, assim como as preciosas liberdades e garantias constitucionais de dois milhões de habitantes da cidade de Berlim, o hoje destroçado muro, foi símbolo de tudo aquilo que o mundo não precisava (nem precisa): polarização político-ideológica.

Naquela dia de glória para o Ocidente, pra não dizer para o mundo, a estrutura físico-simbólica do projeto socialista começou a ser derrubada ainda pela noite, com uma multidão que, pouco a pouco, assomou ao lugar do obstáculo, golpeando-o em vários trechos, com martelos e picaretas, até que os primeiros vãos abertos permitissem mirar o sorriso, os gritos, o choro e os olhares de outros tantos alemães que há muito não podiam desfrutar do simples ato de locomover-se pelas cidades do seu próprio país.

Não devemos nos esquecer que nem sempre muros desmoronam por si mesmos, a não ser quando velhos, carcomidos e rachados. O de Berlim caiu quando presidia a URSS o líder Mikhail Gorbachev, mentor de dois processos concomitantes que influíram decisivamente na queda do anteparo separatista: os movimentos político-econômicos da Glasnost (transparência) e da Perestroika (reestruturação).

Ademais, um discurso do então presidente dos EUA, Ronald Reagan, em 1987, conclamando o presidente soviético a derrubar o muro, segundo entendem muitos historiadores e analistas políticos, deu o mote para tudo o que viria depois, com os mais que necessários ventos da mudança.

Por Rogério Rocha.

domingo, 9 de novembro de 2014

"O mundo está à beira de uma nova Guerra Fria", afirma Gorbachev

Ao participar dos festejos dos 25 anos da queda do Muro de Berlim, ex-líder soviético critica políticas adotadas pelo Ocidente desde o fim do bloco comunista e fala em "quebra de confiança" com a Rússia.
Em visita a Berlim para participar das comemorações dos 25 anos da queda do Muro, o último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, criticou duramente neste sábado (08/11) as políticas implementadas pelos países ocidentais desde o fim do bloco soviético.
"O mundo está à beira de uma nova Guerra Fria. Muitos dizem até que ela já começou", declarou Gorbachev, ao comentar a tensa situação atual envolvendo rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia.
Ele acusa o Ocidente, especialmente os Estados Unidos, de não cumprir as promessas feitas desde os tempos da bipolarização mundial. Para ele, os países ocidentais simplesmente se declararam vencedores da Guerra Fria e tentaram obter vantagem do enfraquecimento da Rússia.
"Os acontecimentos dos últimos meses são consequência de políticas de visão limitada, ignorando os interesses dos parceiros", afirmou, destacando um "quebra na confiança" na relação entre os países. "E agora que a situação está dramática, não vemos o principal organismo internacional, o Conselho de Segurança da ONU, desempenhar nenhum papel ou tomar qualquer medida concreta", criticou.
Gorbachev disse que o Ocidente cometeu muitos erros que irritaram a Rússia, como a expansão da Otan e suas ações na Iugoslávia, no Iraque, na Líbia e, mais recentemente, na Síria, além dos planos de um sistema anti-aéreo de defesa.
Audioslideshow Helmut Kohl Michail Gorbatschow
Em 1990, o então chanceler federal alemão, Helmut Kohl (d), e o líder soviético, Mikhail Gorbachev (e), celebraram acordos
Herói do fim do bloco comunista
Ao participar de um evento no Portão de Brandenburgo, Gorbachev mostrou compreensão com a política adotada pelo Kremlin em relação ao recente conflito envolvendo a Ucrânia. O ex-líder soviético pediu ainda a suspensão das sanções da Europa e dos EUA contra a Rússia.
Para ele, a relação de confiança do Ocidente com a Rússia, que levou à revolução pacífica na Alemanha e nos países do leste europeu, começou a ruir já nos anos 1990. Ele defende que essa relação seja restabelecida, especialmente entre alemães e russos. "Precisamos lembrar que, sem a parceria russa-alemã, não há segurança na Europa", afirmou, ressaltando que, se isso ocorrer, o continente passará a ser irrelevante como força global.
As reformas promovidas na então União Soviética por Gorbatchev, hoje com 83 anos, ajudaram a pavimentar o caminho para a queda do Muro de Berlim, seguida pelo fim do regime comunista no leste europeu. Por isso, muitos alemães que viviam no lado oriental do muro e participaram de manifestações naquele ano de 1989 consideram o vencedor do Nobel da Paz, ainda hoje, um herói.
Fonte: www.dw.de

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