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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Argentina alerta bancos contra apoio a petrolíferas nas Malvinas


O governo argentino ameaçou com ações legais bancos britânicos e norte-americanos que ofereçam assessoria ou até mesmo que escrevam relatórios de pesquisa sobre companhias envolvidas na emergente indústria de petróleo das ilhas Malvinas, segundo o jornal britânico Sunday Telegraph.
Até 15 bancos receberam cartas de advertência em espanhol, enviadas pela embaixada da Argentina em Londres, informou o jornal.
As cartas visam cortar a ajuda financeira para cinco companhias de exploração listadas em Londres e que estão em busca de petróleo na região, entre elas a Rockhopper Exploration, a Borders & Southern e a Falkland Oil & Gas.
A Argentina já afirmou que penalizará as empresas que trabalharem com companhias de perfuração de petróleo que explorarem as águas situadas a alguma distância da costa, ao largo das ilhas do Atlântico Sul.
A disputa verbal sobre a soberania das ilhas se intensificou nos últimos meses, pouco antes do trigésimo aniversário da Guerra das Malvinas.
Os bancos para os quais a embaixada enviou as cartas incluem instituições que assumiram papeis de assessoria e financiamento para as empresas de exploração, como aquelas que escreveram relatórios sobre o tema, segundo o Sunday Telegraph.
As cartas, que não apresentam assinaturas, afirmam que os bancos, incluindo Royal Bank of Scotland, Barclays Capital e Goldman Sachs podem enfrentar ações criminais e civis em tribunais argentinos.
A embaixada da Argentina em Londres não respondeu a ligações feitas neste domingo, e de acordo com o jornal nenhum dos envolvidos quis comentar o assunto.
Arte/Folhapress
Fonte: Folha.com

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A tensão volta às Malvinas


Movimentação de navio de guerra e chegada do príncipe William revoltam argentinos e reacendem ameaça de conflito

Luciani Gomes
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FOGO 
Manifestantes queimam bandeira da Inglaterra: para a presidente
Cristina Kirchner, “ato de provocação” merece repúdio da ONU
Acostumado a ser tratado com reverência, o príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, se tornou uma espécie de pária na Argentina. Sua chegada às Ilhas Malvinas (Falklands, para os ingleses), como piloto de helicóptero da Força Aérea Real, e o envio à região de um navio de guerra desencadearam uma onda de indignação no país, a começar pela própria presidente Cristina Kirchner, que afirmou se tratar de “atos de provocação”. Em tese, William, filho de Lady Di e neto da rainha Elizabeth II, estaria em inocente missão de treinamento – ideia refutada pelos argentinos. Na semana passada, centenas deles foram protestar diante da Casa Rosada, a sede do governo em Buenos Aires, e alguns mais exaltados queimaram bandeiras da Inglaterra. Em discurso que mereceu aplausos de outros políticos, Cristina disse que vai denunciar o Reino Unido ao Conselho de Segurança e à Assembleia-Geral da ONU, pelo que chamou de “militarização do Atlântico Sul”. O caso preocupa por trazer à memória a guerra vencida pelos ingleses em 1982, que deixou um saldo de quase mil soldados mortos. 

Por ora, Cristina conseguiu um importante apoio de seus vizinhos. Durante a 11a Cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), realizada há uma semana, vários países da América do Sul declararam apoio à presidente e, em conjunto, adotaram uma medida hostil. Navios militares com bandeiras das Malvinas não serão recebidos em diversos portos do continente, entre os quais os brasileiros. “É o que se pode fazer”, diz Carlos Vidigal, professor de história da Universidade de Brasília. “Mais do que isso, configuraria um posicionamento belicoso em relação ao Reino Unido.” Vale lembrar que a posição oficial do Brasil diante da questão é a mesma desde 1982. O governo brasileiro defende a soberania da Argentina nas Malvinas, mas propõe uma solução pacífica para o problema.
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REALEZA 
Príncipe William (à esq.) analisa mapas nas Malvinas:
petróleo estaria por trás do renovado interesse inglês na região
Por que esse pequeno arquipélago de 12 mil metros quadrados ao sul do território argentino é tão disputado? “Até pouco tempo atrás, os ingleses ficavam pescando e administrando as ilhas”, diz o argentino Héctor Luiz Saint-Pierre, diretor do Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade Estadual Paulista (Unesp). “Agora, a possibilidade de existência de petróleo está tornando as Malvinas alvo de interesses econômicos.” De 1982 até 1990, Argentina e Reino Unido não mantiveram relações diplomáticas. Os laços só foram restabelecidos durante o governo argentino de Carlos Menem (1989-1999), que propôs um apaziguamento. “Uma vez que os dois países concordassem em não discutir soberania, iriam tentar aproximações em outros assuntos”, diz Maurício Santoro, professor de relações internacionais da Fundação Getulio Vargas. Os moradores das Malvinas não querem que a administração seja passada para a Argentina e é isso que dá respaldo ao Reino Unido em refutar negociações. “Os habitantes das Falklands são britânicos por escolha”, diz Santoro. “É mais interessante para eles permanecer como está.”
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Fonte: Istoé

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